terça-feira, 29 de outubro de 2013

Estudantes da USP fazem novo bloqueio no portão principal do campus Cidade

Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) fecham na manhã desta terça-feira (29) o Portão 1 do campus da Cidade Universitária, no bairro Butantã, na zona oeste da capital paulista. De acordo com a Polícia Militar, os portões 2 e 3 estão abertos e a situação no local é pacífica. Outro bloqueio foi feito pelos estudantes no dia 18 de outubro. Na ocasião, um motorista avançou sobre os manifestantes, mas ninguém se feriu.

Os manifestantes ocupam desde o dia 1º de outubro a reitoria da universidade. Eles reivindicam eleições diretas para reitor, votação paritária entre alunos, funcionários e professores e o fim da lista tríplice. Pelo sistema atual, o governador do estado escolhe o reitor a partir de uma lista com os três candidatos mais votados.

No último dia 21, estudantes e representantes da USP iniciaram negociações para desocupação pacífica do prédio. Decisão do desembargador José Luiz Germano, da 2ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), do dia 15 de outubro, concedeu prazo de 60 dias para os estudantes deixarem o local voluntariamente. “Esse tempo pode servir para que as partes negociem, dialoguem e cheguem a um entendimento, sob pena, aí sim, de ser feita a desocupação forçada”, determinou o desembargador.

Fonte: Correio de Uberlândia

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Técnico-administrativo que fraudou vestibular da UFU em 2012 é condenado à prisão

O Ministério Público Federal (MPF) obteve a condenação dos responsáveis pela anulação do vestibular do 2º semestre de 2012 da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Nilton Batista dos Santos, servidor da UFU, e sua sobrinha, a enfermeira Deborah Cristina Silva Maia, foram condenados pelo crime previsto no artigo 311-A do Código Penal. Nilton recebeu pena de 3 anos e 4 meses de reclusão, que foi substituída por prestação de serviços à comunidade e interdição temporária de direitos e Deborah Cristina foi condenada a 4 anos e 3 meses de prisão, em regime semi-aberto. Como ela é enfermeira da rede pública, o juiz também decretou a perda do cargo.

Os fatos aconteceram no primeiro semestre do ano passado. Deborah concorria ao curso de medicina e o tio repassou a ela várias questões das provas a que teve acesso quando prestava serviços no setor de impressão da universidade. A fraude foi descoberta porque a enfermeira, não conseguiu resolver sozinha as questões e pediu ajuda aos professores do colégio onde estudava para o vestibular. Aprovada na primeira fase, ela novamente procurou os professores para ajudá-la a resolver questões da segunda fase. Desconfiados, eles entraram em contato com as autoridades.

Na busca e apreensão realizada por ordem judicial na residência de Deborah, foram encontradas anotações referentes a 97 das 154 questões das provas do vestibular, com enunciados, resoluções de exercícios e gráficos, inclusive de provas que ainda seriam realizadas. Diante da situação e sem saber se outras pessoas haviam tido contato com as questões, a UFU se viu obrigada a cancelar o vestibular, o que resultou em prejuízo aos cofres públicos e também para milhares de estudantes.

Na sentença, o magistrado chama a atenção para a “dramática situação de muitos estudantes que, aprovados na primeira fase do vestibular, viram-se arrasados ao ter que realizar novo exame e não serem novamente aprovados. Não há como mensurar o abalo psicológico desses candidatos, muitos dos quais podem ter tido suas vidas alteradas para sempre por não terem conseguido repetir o sucesso da primeira fase do certame cancelado. Sem contar, é claro, os prejuízos financeiros que os candidatos tiveram, especialmente aqueles que foram obrigados a pagar novos deslocamentos de cidade para a realização das provas, incluindo transporte, hospedagem e alimentação”.

MPF recorre da sentença

Na sentença, porém, o magistrado deixou de decretar a perda do cargo público do servidor da UFU, por considerar que o réu praticou o crime no exercício de atividades que não faziam parte das atribuições do seu cargo. É que a impressão das provas, no âmbito da UFU, é uma atividade excepcional, para a qual são convidados servidores de qualquer setor da universidade, que, inclusive, recebem remuneração extra por esse trabalho.

O juiz entendeu que o réu, ocupante do cargo de assistente administrativo, então no exercício das funções de secretário da Coordenação do curso de Química, não violou dever inerente ao seu cargo, já que, na impressão das provas, não exerceu atividades relacionadas a ele.

Para o Ministério Público Federal, no entanto, a sentença deve ser reformada nesse aspecto, pois Nilton, no momento do delito, ainda que no exercício de atividade eventual, prestava serviço para a Administração Pública, exercendo, portanto, uma função pública, conforme determina o artigo 327 do Código Penal, segundo o qual “funcionário público é todo aquele que, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública”.

Além disso, o artigo 92, I, do CP, impõe a perda do cargo se o réu for condenado por crimes praticados com violação de seu dever para com a administração pública, quando aplicada pena privativa de liberdade igual ou superior a um ano.

O recurso do MPF referente à perda do cargo de Nilton Batista dos Santos será julgado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília/DF.

*Ministério Público Federal em Minas Gerais

Fonte: Jornal Correio de Uberlândia

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Vigilante reage à tentativa de assalto e é baleado no campus da UFRGS

Quadrilha com 5 homens roubou uma arma e um colete à prova de balas.
Homem de 24 anos foi encaminhado ao HPS e não corre riscos.

Um vigilante foi baleado na noite de sexta-feira (11) em uma tentativa de assalto no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no Bairro Agronomia, em Porto Alegre. Conforme a Brigada Militar, uma quadrilha formada por cinco homens invadiu o local e abordou uma dupla de vigilantes. Eles roubaram um colete à prova de balas e um revólver calibre 38.

Um dos seguranças reagiu e levou um tiro no peito. Como ele estava com colete à prova de balas, foi encaminhado ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), mas não corre riscos. Ninguém foi preso.

Fonte: G1

MPF entra com ação para instalação de postos da PM na Universidade Federal de Uberlândia

O medida foi tomada devido o aumento da violência dentro da universidade

O aumento da violência na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) no Triângulo Mineiro e o pedido da mãe de um aluno para que sejam tomadas medidas de segurança no local, levou o Ministério Público Federal (MPF) a ingressar uma ação civil pública para a criação de postos das Polícia Militar (PM) dentro do Campus universitário. Conforme o órgão, há ocorrências de uso e tráfico de drogas, além de constantes furtos e roubos. 

Na ação, o procurador da República Cléber Eustáquio Neves, afirma que é necessário que a UFU permita o policiamento ostensivo, a qualquer hora do dia, no local. A medida seria para coibir e reprimir as práticas criminosas e garantir a integridade física das pessoas que frequentam a universidade. Também pediu que o Estado de Minas Gerais, que também é ré, disponibilize pessoal e estrutura necessárias para o cumprimento das ações. 

O EM.com.br entrou em contato com a UFU, mas ninguém foi encontrado para comentar o assunto. Conforme o MPF, a Universidade informou ao órgão que está adotando medidas para controlar as práticas ilícitas, como melhor orientação de seus vigias, realização de campanhas de segurança e a instalação de monitoramento por vídeo de vários locais. Para o procurador, as ações não são suficientes. “É evidente que tais providências nem de longe atendem à necessidade de segurança da comunidade acadêmica”, afirma. 

Na ação, o MPF pediu que a Justiça Federal obrigue a UFU a disponibilizar, no prazo de 30 dias, em cada um de seus campi, espaço destinado à instalação de um posto permanente da PM.

Fonte: Estado de MInas

Ao mestre com carinho (To sir with love)

Cena do filme "Ao mestre com carinho", de 1966, em que alunos fazem uma homenagem ao professor Mark Thackeray (Sidney Poitier) cantando "To sir with love":


Esse vídeo é para os que atuam como parte integrante da área de educação e os seguranças das IFES fazem parte desse rol de profissionais, empenhados em propiciar segurança para toda comunidade acadêmica.

Para os que não assistiram ao filme, esperamos que se detenham um pouco ao vídeo acima e o apreciem.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Nível de segurança possível com um colete à prova de balas

Entenda como os materiais resistentes a impactos podem influenciar no grau de proteção para quem os utiliza
Qual é o nível de segurança possível com um colete à prova de balas?


Qual é o grau de proteção que um colete à prova de balas é capaz de oferecer e quais são os materiais mais resistentes de construção? Responder essa pergunta não é uma tarefa simples e, para entender o quão protegido você pode estar com um colete à prova de balas, é preciso primeiro conhecer o material do qual o equipamento é feito e qual é o grau de proteção que é capaz de oferecer.

Além disso, é preciso levar em consideração outros fatores. Há materiais mais resistentes do que o Kevlar, por exemplo, o mais amplamente utilizado em vestes do gênero, mas que não proporcionam a quem está equipado com eles o mesmo grau de mobilidade e flexibilidade de movimentos. No final das contas, tudo é uma questão de adaptar o uso do colete às necessidades de quem corre o risco de levar um tiro.

Armadura dos tempos modernos


Em linhas gerais, a proposta de um colete à prova de balas é a mesma das armaduras medievais: ser rígido o suficiente para evitar que ataques não cheguem até o corpo humano. Entretanto, diferente do que acontecia no passado, hoje há tecnologia para levar em consideração também a mobilidade de quem os utiliza.

Assim, materiais como placas cerâmicas ou estruturas metálicas mais espessas podem até ser mais eficientes, mas são mais desajeitados e menos macios. É praticamente uma unanimidade entre aqueles que utilizam produtos do gênero os coletes à prova de bala feitos em Kevlar. O entrelaçamento dos fios é o grande segredo do seu potencial de resistência a impactos.

O impacto de um projétil faz com que o entrelaçamento de fios do colete seja empurrado para trás, dispersando a energia do ponto de impacto para uma área ampla. Assim, não importando em que local aconteça, ele sempre terá sua energia distribuída ao longo de toda a estrutura.

Tipos de fibras


Embora seja o material mais utilizado, o Kevlar não é a única alternativa na construção de coletes à prova de bala. Outra fibra, chamada Vectran, é capaz de apresentar resistência até duas vezes superior à do Kevlar, chegando a ser até 10 vezes mais resistente do que o aço. A tecnologia hoje é propriedade da empresa norte-americana Kuraray, que fabrica 100% dos produtos comercializados no mundo nos quais o recurso é aplicado.

Por ser um pouco mais resistente, o Vectran é utilizado pela NASA na proteção de cabos e no revestimento de sondas, como as utilizadas nas missões Spirit e Opportunity, que foram enviadas a Marte.
Qual é o nível de segurança possível com um colete à prova de balas?

Além disso, há soluções mais curiosas que, por enquanto, ainda estão sendo estudadas em laboratório. Foi descoberto que a seda de aranha, por exemplo, pode ser até 20 vezes mais resistente do que um fio equivalente de aço. Para que ela seja produzida, os pesquisadores modificaram geneticamente bodes para que produzam o mesmo componente químico.

Esse material inusitado recebeu o nome de Bioaço, que, aplicado aos tecidos, pode manter características de leveza e resistência com muita facilidade. Por fim, os nanotubos de carbono são outra alternativa em estudo em laboratórios. Pesquisadores afirmam que os fios com essa característica podem ser ainda mais resistentes. O grande problema, ao menos por enquanto, é o custo: cerca de R$ 1 mil por grama.

Os limites da resistência


Como você já deve imaginar, os coletes à prova de bala ajudam bastante quem os utiliza, mas não fazem milagres. Há limites de impacto de acordo com o estilo de construção utilizado, independente do material. Quanto maior for o entrelaçamento de fibras, mais resistente ele será. E, obviamente, mais caro.

Em linhas gerais, há seis níveis de proteção entre os coletes à prova de balas. O grau de proteção é mensurado de acordo com a velocidade de impacto (em metros por segundo) a que o conjunto é capaz de resistir. Confira quais são eles:




  • Proteção nível I – resiste a velocidades entre 259 e 320 metros por segundo. Armas com calibre 38 e 22 estão entre as que disparam projéteis com essas características. É o mais simples dos coletes e, por conta disso, aquele que é utilizado em maior escala.
  • Proteção nível II-A – resiste a velocidades entre 332 e 381 metros por segundo. Armas como as pistolas 9 milímetros e Magnum .357 estão entre as que disparam projéteis com essas características.
  • Proteção nível II – um pouco mais resistente em relação às proteções de nível II-A, os coletes com essas características aguentam disparos entre 358 e 425 metros por segundo. É utilizado como defesa para armas do mesmo calibre do nível anterior.
  • Proteção nível III-A – resiste a impactos com velocidades médias de 427 metros por segundo. Armas como as pistolas 9 milímetros e as Magnum .44 estão entre as que produzem impactos dessa natureza.
  • Proteção nível III – muito mais resistentes, os coletes com essas características absorvem impactos com até 838 metros por segundo. O rifle Winchester .308 é um dos principais representantes entre as armas que produzem impactos desse nível.
  • Proteção nível IV – resistente a impactos de até 869 metros por segundo, está entre os coletes mais resistentes comercializados. Essa proteção é capaz de resistir a impactos de M2 Armor Piercing .30, arma de grosso calibre e capaz de fazer muitos estragos.


  • Qual é o nível de segurança possível com um colete à prova de balas?
    Projéteis de armas .30 podem ser paradas por coletes de nível IV.(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)


    Outros fatores devem ser considerados também na hora de um disparo, como a distância da arma em relação a quem está utilizando o colete ou a trajetória do projétil. Os números não são exatos e se referem a uma probabilidade, que pode ser maior ou menor, de resistência a impactos dessa natureza.

    segunda-feira, 14 de outubro de 2013

    Tentativas de estupro à mulheres e de homicídio à vigilantes voltam a rondar os campi da UFRGS

    A ASSUFRGS recebeu a denúncia de duas tentativas de estupro a estudantes no campus do Vale da UFRGS e tentativa de homicídio a servidores vigilantes somente nesta primeira semana de outubro. No último dia 10, uma estudante de 15 anos apenas, do Colégio Aplicação, sofreu assédio sexual dentro do ônibus que faz a linha circular no Campus do Vale, por um sujeito não identificado.

    No dia seguinte (11), outra estudante de Ecologia da Universidade sofreu tentativa de estupro dentro da mata no Campus do Vale. O fato não foi consumado, pois a estudante gritou por socorro, fazendo com que as pessoas e os vigilantes no Campus escutassem e fossem até o local, assustando o estuprador.

    Ainda nesse mesmo dia, por volta das 20h, um vigilante da Rudder sofreu tentativa de homicídio também no Campus do Vale. Segundo o relato, três indivíduos armados atiraram no vigilante, que só não teve ferimentos mais graves, pois os tiros atingiram o colete à prova de balas. No entanto, os criminosos levaram a arma e o colete do vigilante. Segundo os trabalhadores, nos últimos três anos, 14 armas e cinco coletes à prova de balas foram roubados dos vigilantes terceirizados que trabalham nos campi da UFRGS.

    A situação dos terceirizados não é nova dentro da UFRGS. A ASSUFRGS também realizou reportagem sobre a questão dos terceirizados, que pode ser lida no jornal de Outubro do Sindicato, denunciando não somente as condições precárias de trabalho dos mesmos, como a própria falta de segurança, em que casos semelhantes sobre a segurança dos trabalhadores, principalmente as mulheres, rondam no trabalho cotidiano. Uma universidade que se exalta em estar nas posições mais altas quanto ao investimento em ensino, não pode se omitir frente aos ataques diretos às vidas dos trabalhadores e da comunidade acadêmica da própria instituição. Os trabalhadores, além de ter que garantir o ambiente seguro à comunidade acadêmica, tem de defender com suas próprias mãos a própria vida para trabalhar para a Instituição, em salários rebaixados em relação aos servidores e condições de trabalho degradantes.

    Vigilantes na mira da reitoria

    Em reunião com o reitor da UFRGS, a ASSUFRGS solicitou concurso público para segurança da UFRGS. Mas, de resposta ouviu que a quantidade de vigilantes, segundo a administração, “é suficiente”. O concurso para vigilante não ocorre desde 1994, e a reitoria prefere apostar na segurança privada, terceirizando o serviço, sob a justificativa de que o cargo para vigilante está extinto, e por isso a não necessidade de concurso público. No entanto, o GT de Segurança da ASSUFRGS já entregou os documentos à administração provando que o cargo não está extinto, e a necessidade de concurso público para Vigilância dos campi.

    Bandido é baleado por policial ao tentar assaltar motociclista

    O motociclista estava em uma em Hornet branca. Assista ao vídeo.

    terça-feira, 8 de outubro de 2013

    Fala da Coordenadora Geral do DCE-UFJF, durante o XXII SEMINÁRIO NACIONAL DE SEGURANÇA DAS IPES

    A Coordenadora-geral do DCE UFJF, Laiz Perrut, participou na manhã de ontem da mesa de abertura do XII Seminário Nacional de Segurança das Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES).

    Em sua fala, Laiz denunciou os problemas existentes em decorrência da falta de realização de concurso público para vigilantes e a terceirização do serviço de vigilância. Hoje, na UFJF, há apenas 32 servidores vigilantes, sendo todo o restante do pessoal necessário terceirizado, o que traz problemas como a falta de preparo dos e das profissionais por parte das empresas contratadas, a alta rotatividade de funcionários, a sua desvalorização - seguindo a lógica lucrativa das empresas privadas, o que reflete diretamente na queda da qualidade dos serviços prestados.

    Aliado a este problema, Laiz enfatizou que a solução para problemas relativos à segurança não consistem apenas em construir prédios com câmeras e diversos dispositivos eletrônicos, uma vez que não se investe no básico: educação, políticas públicas e pessoal qualificado.

    Laiz também afirmou que a falta de políticas públicas para a juventude, especificamente, é uma das grandes razões para o grande aumento da violência em Juiz de Fora, sobretudo entre jovens negros moradores dos bairros mais pobres. A cidade de Juiz de Fora e o estado de Minas Gerais possuem uma visão negativa do jovem como somente pessoas na transição da infância para a fase adulta, e representantes de perigo e risco à sociedade se não estiverem "ocupados", o que contribui à lógica mercantilista da exploração da mão-de-obra jovem e não do oferecimento de políticas públicas por parte do Estado e do Município.

    Aplaudida pelos e pelas presentes, Laiz encerrou dizendo que o DCE UFJF é solidário à pauta dos servidores sobre a necessidade de concurso público para provimento de cargos de vigilantes e, para além disso, cobrar do poder público a implementação de políticas públicas para a juventude como forma de se buscar uma solução para a questão da violência.

    Enviado por: Moacyr - UFJF

    sexta-feira, 4 de outubro de 2013

    Polícia diz que aluno da Unicamp foi morto por engano

    Denis Casagrande foi assassinado durante festa no campus de Campinas.
    Segundo delegado, 5 pessoas participaram do crime em 21 de setembro.


    A Polícia Civil de Campinas (SP) responsabilizou cinco pessoas pelo assassinato do estudante da Unicamp Denis Casagrande e afirmou, durante anúncio do esclarecimento do caso nesta quinta-feira (3), que a vítima foi morta por engano. Entre os cinco responsáveis apontados no inquérito, há dois menores de idade, que teriam participado do linchamento do rapaz. Dois suspeitos já estão presos e a prisão e apreensão dos outros três será pedida até o fim da próxima semana.

    Segundo o delegado Rui Pegolo, o aluno da engenharia mecatrônica esfaqueado durante a festa dentro do campus foi confundido com outro jovem que teria assediado Maria Tereza Peregrino, de 20 anos, que é integrante de um grupo autodenominado “anarcopunk”. Ela confessou ter dado a facada em Casagrande, mas alegou legítima defesa e disse ter sido agarrada pelo estudante. A versão foi rechaçada pelos investigadores após análise de provas e oitivas com testemunhas.

    Maria foi indiciada como autora do crime, e o namorado dela, Anderson Mamede, como coautor, já que ele admitiu ter agredido com golpes de skate a vítima, quando ela já tinha sido atingida pela faca. Os dois já estão presos temporariamente desde a última sexta-feira (27). O jovem André Ricardo de Souza Motta, de 22 anos, que foi indiciado na manhã desta quinta, também é apontado como coautor e terá a prisão solicitada pelo delegado do caso. Nenhum deles é estudante da Unicamp.

    "Embora a facada tenha sido dada por Maria, nós entendemos que as agressões dos outros envolvidos impediram que testemunhas chegassem até Dênis, que estava esfaqueado, para socorrê-lo. Além do linchamento, havia punks ao redor da vítima rodando correntes para impedir a aproximação das pessoas.", conta Pegolo.

    15 minutos de linchamento

    Segundo o delegado, laudos e testemunhas comprovam que Maria foi a autora da facada. Ela também é acusada de incitar o grupo de pelo menos 30 amigos a agredir a vítima, afirmando que Casagrande a teria assediado enquanto ela urinava em um banheiro improvisado, nas imediações da festa.

    Testemunhas protegidas, entretanto, convenceram a polícia de que o assédio a ela foi apenas verbal, em tom de brincadeira, e foi cometido por dois joutros ovens que passavam pelo local, mas sequer estavam juntos da vítima.

    “De fato, quando Maria estava urinando, duas pessoas passaram por ela e mexeram. Mas foi um assédio comum, não foi nenhum assédio exorbitante. Maria revoltou-se e imputou ao Denis, que também estava urinando, a autoria deste assédio.”, disse o delegado. Pegolo explica que a Polícia apurou, ainda, que a vítima teria tentado explicar o que ocorreu, mas não foi ouvido por Maria, que acionou os colegas e iniciou um linchamento que durou até 15 minutos.


    Casal suspeito de envolvimento em morte de universitário na Unicamp foi preso em Campinas (Foto: G1 Campinas)Casal suspeito de envolvimento em morte de universitário na Unicamp durante prisão (Foto: G1 Campinas)


    Punição

    Os três suspeitos maiores de idade responderão por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil com o agravante de terem impedido a defesa da vítima. Caso condenados, a pena pode variar entre 12 e 30 anos. Já os dois adolescentes, de 15 e 16 anos, respondem por ato infracional análogo a homicídio e também deverão ser recolhidos em uma unidade da Fundação Casa. No caso deles, por terem menos de 18 anos, caso fique comprovada a participação no crime, a pena não pode passar de três anos.

    Faca usda por suspeita para matar estudante dentro da Unicamp, em Campinas (Foto: Wanderlei Duarte / EPTV)Faca usada por suspeita para matar estudante na
    Unicamp(Foto: Wanderlei Duarte / EPTV)

    Arma do crime

    A arma do crime, uma faca de aproximadamente 15 centímetros, foi exibida pela Polícia Civil nesta quinta e o delegado informou que o objeto agora, após reconhecimento das testemunhas, seguirá para o Instituto de Criminalística para ser periciada.

    O objeto, segundo Pegolo, foi encontrado parcialmente enterrado em um ponto de ônibus próximo à Unicamp. A própria suspeita do caso, após confessar ter dado a facada contra o estudante, indicou à polícia o esconderijo da arma branca.

    Pegolo explicou que o laudo do IML indicou que a facada foi desferida por um autor com altura inferior à da vítima, o que será usado como prova para incriminar Maria. Segundo o delegado, Casagrande mede 1,86 metro e a suposta autora, 1,55.


    Outras vítimas

    A Polícia informou que espera que, após a prisão dos envolvidos, outras possíveis vítimas do grupo apareçam para denunciar agressões. Uma jovem, após identificar o casal Maria e Anderson pela TV já entrou em contato com os investigadores, que apuram o crime de lesão corporal grave, que teria sido cometido pelos menos jovens. De acordo com Pegolo, a característica deste grupo é o uso de armas brancas e perfil agressivo de parte dos integrantes.

    Defesa

    O advogado Rafael Pompermayer, que defende Maria Tereza, reiterou que o assassinato ocorreu por legítima defesa e disse não acreditar que a cliente confundiu Casagrande com outra pessoa. Mamede não possui advogado, mas, antes de ser preso, entretanto, Mamede havia se defendido afirmando que o universitário “tentou agarrar ela [Maria] à força, bateu nela”.

    A EPTV conversou por telefone com o terceiro indiciado, que negou ser integrante do grupo punk e afirmou não ter participado de nenhuma agressão. Motta disse que conhece Anderson, o encontrou por acaso na festa e só entrou na confusão para proteger o conhecido de agressões. "Quando eu cheguei já tinha acontecido, o rapaz já tinha apanhado", falou.
    Fonte: G1

    quinta-feira, 3 de outubro de 2013

    Reintegração de posse de prédio da reitoria da USP

    A Universidade de São Paulo (USP) solicitou à Justiça a reintegração de posse do prédio da reitoria, ocupado por alunos desde a terça-feira, 01, em protesto por eleições diretas para a cúpula da instituição. O pedido deve ser analisado pela 12.ª Vara da Fazenda Pública da Capital ainda nesta quinta-feira, 03.

    Para deixar o edifício no câmpus Butantã, na zona oeste de São Paulo, o grupo de estudantes reivindica a anulação das decisões tomadas na terça pelo Conselho Universitário (CO), instância máxima da USP, que aprovou mudanças tímidas no sistema de escolha de reitor e vice-reitor, como a redução do número de turnos e a realização de consulta informativa à comunidade acadêmica antes do processo eleitoral.

    O Diretório Central dos Estudantes (DCE) também pede nova reunião do CO, adiamento das eleições e plebiscito sobre as propostas de mudança no sistema de escolha. O mandato do atual reitor, João Grandino Rodas, vai até 25 de janeiro de 2014.

    O DCE convocou para 18h desta quinta-feira, 03, uma assembleia geral para decidir os rumos da ocupação e da greve.

    Prisões.

    Em novembro de 2011, a ocupação da reitoria da USP terminou em 73 prisões. Após oito dias dentro do prédio, a Tropa de Choque da Polícia Militar desocupou o imóvel.

    O protesto dos estudantes era contrário à presença de PMs na Cidade Universitária, que iniciou patrulhamento no câmpus após convênio com a reitoria. A medida de segurança foi proposta após a morte do aluno Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, durante tentativa de assalto no estacionamento da Faculdade de Economia e Administração em maio do mesmo ano.

    Em maio de 2013, a Justiça não aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual de formação de quadrilha e mais quatro crimes contra os 73 manifestantes. No processo administrativo movido pela universidade, o grupo já havia sido absolvido.

    Fonte: ESTADÃO

    terça-feira, 1 de outubro de 2013

    Vigilantes da UFS e Deso têm armas roubadas por criminosos em Sergipe

    Eles foram rendidos por homens armados durante o plantão no sábado (28). Na UFS, vigilante foi ameaçado de morte e teve pertences roubados.

    Vigilantes que atuam na Universidade Federal de Sergipe (UFS), em São Cristóvão, e na Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), na Zona Oeste de Aracaju, tiveram as armas roubadas durante o plantão no último sábado (28). De acordo com o vigilante da UFS, que prestou queixa na Delegacia Plantonista, três homens fortemente armados com pistolas e escopetas chegaram até o galpão onde ele e outro segurança trabalhavam por volta das 5h da manhã.

    Os criminosos renderam um dos vigilantes, que estava nas imediações do galpão, e seguiram para dentro do espaço à procura do segundo, que percebeu a ação do trio e conseguiu fugir por um matagal nas imediações da barragem do Timbó.

    O vigilante rendido ficou o tempo todo sob a mira das armas e foi ameaçado de morte caso não entregasse o revólver calibre 38 e uma mochila com diversos pertences pessoais, entre notebook com carregador, modem de internet e a chave da motocicleta dele.

    Ainda segundo o vigilante, os suspeitos deram tiros para o alto e fugiram em seguida.

    O segundo caso registrado na Delegacia Plantonista ocorreu por volta das 16h30, na Rua Paraíba, no Bairro América, na área de beneficiamento de água da Companhia de Saneamento. Os dois vigilantes que estavam de plantão foram rendidos por um homem, que aparentava ter 35 anos, e estava armado com um revólver.

    Eles foram obrigados a colocar as mãos na cabeça e a deitar no chão. O suspeito pegou o revolver calibre 38 que pertencia à empresa de segurança e mandou os vigilantes correrem para outro local. Segundo o vigilante, o criminoso fugiu em seguida.

    Fonte: G1/SE
    Enviado por: Mozarte - UFRGS