sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

UFU cumprirá normas emitidas pela justiça para realizar festas nos campi

Uma decisão judicial comunicada à Universidade Federal de Uberlândia (UFU) no último dia 10 definiu as regras para realização de festas dentro dos campi da instituição. A decisão decorre de uma ação civil pública movida em 2012 pelo Ministério Público Federal (MPF). Dentre os pedidos estão a fiscalização da venda de bebidas alcoólicas com exigência de identificação, controle da emissão sonora, contratação de seguranças e emissão de um relatório pós-festa com o cumprimento das regras e o fatos relevantes ocorridos no evento.
Diretor de logística da UFU, Wesley Marques, disse que a decisão não é muito diferente do que a universidade já cumpre a partir de resolução interna de 2010. (Foto: Cleiton Borges)
Diretor de logística da UFU, Wesley Marques, disse que a decisão não é muito diferente do que a universidade já cumpre a partir de resolução interna de 2010. (Foto: Cleiton Borges)
O diretor de logística da UFU, Wesley Marques, disse que a decisão não é muito diferente do que a universidade já cumpre a partir de resolução interna de 2010. “Temos um medidor de decibéis e vamos adquirir mais um ou dois para complementar a medição de emissão de som”, afirmou.
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Amauri Cassiano Costa e Igor Oliveira Felice, integrantes do DCE, afirmam que últimos eventos não geraram queixas (Foto: Leonardo Leal)
Os integrantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Amauri Cassiano Costa e Igor Oliveira Felice disseram que não tiveram queixas dos últimos eventos. “Vamos estabelecer um checklist com a presença de um fiscal do meio ambiente para apresentar o cumprimento das regras”, disse Costa.
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Raul Ropke e Camila Siqueira afirmam que medidas dificultam na arrecadação de verba para manter diretórios acadêmicos, associações e paletras. (Foto: Leonardo Leal)
Os integrantes da Associação Atlética do curso de Nutrição Raul Ropke e Camila Siqueira disseram que, com as normas, o número de pessoas nos eventos do campus Umuarama será reduzido e dificultará a arrecadação de fundos para manter os diretórios, a associação e a realização de palestras com convidados.
Vizinha do campus Santa Mônica há dez anos, a cabeleireira Ana Paula da Cunha disse que não tem sido incomodada com o som das festas na UFU há um ano. O procurador da República Frederico Pelucci disse que o MPF está satisfeito com a decisão judicial. “Todos os pedidos solicitados pelo MPF foram atendidos”, afirmou.
Pedidos do MPF
- Fiscalização da venda e distribuição de bebidas alcoólicas, com exigência de identificação para maiores de 18 anos
- Proibição de festas no campus Umuarama entre 22h e 7h até que seja feita a medição de emissão sonora
- Controle da emissão sonora, não podendo ultrapassar os limites previstos em lei e instalação de medidores de som
- Proibida a emissão de som automotivo
- Aviso prévio do evento ao Corpo de Bombeiros
- Controle de entrada de pessoas nos campi da UFU com revista pessoal e detector de metais
- Contratação de equipe de segurança
- Presença de servidores públicos, profissionais de saúde e da Polícia Militar
- Emissão de relatório noticiando fatos relevantes ocorridos nos eventos.
Fonte: Jornal Correio de Uberlândia

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Justiça restringe festas nos campi da UNICAMP

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está proibida de promover ou permitir a realização de qualquer festa no câmpus sem autorização do Conselho Universitário (Consu) da instituição. A decisão resulta de uma ação civil pública ajuizada em 2010 pelo Ministério Público Estadual (MPE), com base em eventos da época, caracterizados pelo “uso irregular do solo urbano, poluição sonora e incômodos aos moradores da região”. A multa por não obedecer à determinação é de R$ 50 mil por caso.

Na sentença - datada do dia 6, mas só tornada pública agora -, o juiz Mauro Iuji Fukumoto, da 1.ª Vara da Fazenda Pública de Campinas, argumenta que, além de autonomia didático-científica, a universidade também tem poder administrativo e de gestão patrimonial. “Assim, é razoável que a autorização para eventos próprios da comunidade universitária - ainda que parte do público seja externa - se insira no âmbito da autonomia universitária.”

A sentença também obriga a universidade a criar um plano de atuação, em até 90 dias, que inclua apreensão de equipamentos e mercadorias relacionados a esses eventos e corte de energia elétrica nos casos não autorizados. A universidade ainda deverá fazer a fiscalização das festas, do nível de ruído emitido dentro e fora do câmpus, além da divulgação do evento com cinco dias de antecedência.

Vida universitária

O coordenador do Diretório Central de Estudantes da Unicamp (DCE) Ronald Alexandre Ghiraldeli afirmou que ainda não recebeu deliberação para mudanças e as festas poderão continuar ocorrendo. Para o estudante, que cursa o 4.º semestre de Ciências Sociais, é preciso entender o funcionamento desses eventos estudantis.

“O que mais se procura dentro da universidade é psicólogo para tratar de depressão. A cobrança vai aumentando e o aluno não tem como extravasar”, afirma.

A Unicamp ressaltou, em nota oficial, que não foi informada sobre a medida judicial, mas, assim que isso ocorrer, tomará as providências cabíveis.

Morte

Em 2013, o aluno Denis Papa Casagrande, de 21 anos, foi assassinado durante uma festa clandestina no câmpus da Unicamp, na madrugada do dia 21 de setembro. O jovem morreu após receber uma facada no peito e golpes de skate.

Maria Tereza Pelegrino, de 20 anos, e Anderson Mamede, de 21, foram responsabilizados pelo crime e tiveram a prisão temporária decretada no ano passado. Um inquérito apontou que Casagrande levou uma facada no coração dada por Maria Teresa e foi espancado por punks que não eram alunos da universidade. Segundo testemunhas, Maria Teresa teria confundido Casagrande com um rapaz que a assediou.
Fonte: em.com.br

Unicamp prevê Bombeiros e botão do pânico em novo plano de segurança

Um ano e dois meses após a morte do estudante Denis Papa Casagrande durante uma festa realizada por alunos no campus de Barão Geraldo, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) apresentou, nesta terça-feira (25), um novo plano de segurança para alunos, professores e funcionários. Entre as ações previstas estão um acordo para instalar uma unidade dos Bombeiros no local, além da capacitação de vigias, melhorias na iluminação e o uso do recurso "botão do pânico", para que a vigilância interna seja acionada em situações de risco.

Segundo a assessoria da instituição, o plano foi apresentado pelo coordenador-geral da universidade, Alvaro Crósta, aos integrantes do Conselho Universitário (Consu), órgão máximo de deliberação. O documento elaborado após 25 reuniões, incluindo a participação de alunos, docentes e funcionários, também menciona discussão para convênio entre a universidade e a Central Integrada de Monitoramento de Campinas (CIMCamp), seção da Prefeitura responsável pela disposição de câmeras na cidade. O objetivo é melhorar o monitoramento por câmeras das portarias, para identificar eventuais veículos furtados ou roubados.

"A cultura da paz proposta pela ONU, a prevenção primária e a vigilância comunitária foram adotadas como premissas do programa e ao longo dos debates as diferentes proposições foram consolidando um tripé de sustentação da proposta: prevenção, informação e convívio", informa a nota da Unicamp.

De acordo com a universidade, parte das ações já começaram a ser implantadas, entre elas, a revisão e divulgação de procedimentos como a escolta no período noturno e paradas intermediárias do ônibus noturno até a Moradia Estudantil. A Unicamp disse que as outras ações serão realizadas nos próximos meses, contudo, não deu detalhes do plano de execução e os prazos, já que algumas medidas dependem de negociação de outras instituições.

A Prefeitura de Campinas, por exemplo, informou, em nota, que não houve formalização de convênio, mas que a administração está disponível para colaborar. Já a assessoria dos Bombeiros não comentou até a publicação a possível instalação de uma unidade no campus.

A diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) Margarida Barbosa considerou que o plano "Campus Tranquilo" está adequado às expectativas da comunidade. Entretanto, defendeu que a universidade priorize melhorias no transporte coletivo interno. "A quantidade de carros que vem para a Unicamp é absurda. Isso certamente facilitaria o controle", resumiu.

Comunicação

Segundo a instituição, um dos focos do programa Campus Tranquilo está na ampliação da conexão sem fio e a criação de aplicativos para aparelhos móveis, que permitam melhorias na comunicação entre as pessoas e com a universidade. Sobre o recurso "botão do pânico", em fase de desenvolvimento, a previsão é que ele seja integrado aos serviços da Unicamp.
Pais durante audiência sobre morte de estudante
na Unicamp (Foto: Fernando Pacífico / G1)

Morte no campus

O estudante Denis Papa Casagrande, de 22 anos, morreu após ser esfaqueado durante uma festa no campus de Barão Geraldo, em setembro do ano passado. Segundo a Polícia Civil, ele foi confundido com outro jovem que teria assediado uma jovem, de 20, à época integrante de um grupo autodenominado “anarcopunk”.

Ela confessou ao Setor de Homicídios ter dado a facada em Casagrande, mas alegou legítima defesa e disse ter sido agarrada pelo aluno. A versão foi rechaçada pelos investigadores após análise de provas.

Os três réus do processo respondem por homicídio triplamente qualificado, uma vez que para a promotoria houve motivo fútil, cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. O juiz da 1ª Vara do Júri, José Henrique Torres, decidiu que eles devem ir a júri popular, contudo, as defesas dos acusados discordaram do magistrado e ingressaram com recursos junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo, onde o processo está desde junho.

Fonte: G1

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Agência dos Correios no campus da Universidade Federal de Viçosa foi assaltada nesta madrugada

Durante a madrugada de hoje, quarta feira 03/12, cinco homens armados renderam o motorista de um veículo Corolla, quando ele seguia sentido Ervália/Muriaé.
O motorista foi obrigado a acompanhar os suspeitos até ao campus da UFV onde o bando rendeu mais dois vigilantes, em seguida eles arrombaram a agência dos correios, localizada no campus da UFV, obrigando as vítimas a carregarem o cofre da agência até o veículo Corolla.
Logo após o bando fugiu levando uma viatura da vigilância da UFV e o veículo Corolla, deixando para trás as vítimas, a viatura da vigilância foi encontrada abandonada na saída para a localidade dos Cristais.
Nota oficial da sobre assalto na agência dos Correios na UFV
A agência dos Correios no campus da Universidade Federal de Viçosa foi assaltada nesta madrugada (3), por volta das duas da manhã. De acordo com a Polícia, os assaltantes roubaram um carro na estrada de Ervália e fizeram o condutor refém. Depois vieram para a UFV e fizeram três vigias de reféns. Osassaltantes portavam armas de fogo, além de estarem com toucas que escondiam o rosto. Eles arrobaram a porta da agência com um pé de cabra, entraram na agência e, segundo a polícia, os bandidos obrigaram os reféns a ajudarem no crime. O grupo retirou o cofre e colocou dentro do carro. Osassaltantes deixaram os reféns no campus e saíram da universidade em direção à BR 120, de acesso às cidades de Coimbra e Cajuri, e deixaram o carro roubado na estrada. O gerente da agência não informou a quantia roubada.
A administração da Universidade esclarece que embora a agência esteja dentro do campus, a sua segurança é de responsabilidade da própria agência, e que o sistema de videomonitoramento da Universidade registrou a ação e as imagens estão contribuindo para as investigações da Secretaria de Segurança Pública.
A reitora Nilda de Fátima Ferreira Soares informou que já está em contato com o MEC para reforçar estratégias de segurança e garantir maior proteção para a comunidade acadêmica. Nesse sentido, a UFV tem sido atuante nas discussões junto a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que no último mês reuniu os reitores de todo o país para discutir a questão da segurança nas universidades. Na ocasião, foi definida a organização de um seminário, que acontecerá em março de 2015, a fim de apontar medidas e soluções para o problema.
Também de acordo com a Pró-reitoria de Administração da Universidade, a UFV tem realizado ações para alcançar mais segurança. Entre as várias medidas já adotadas, no Campus Viçosa, estão a contratação de mais vigias diurno e noturno, a implantação de um sistema de videomonitoramento, com 18 câmeras externas e a instalação de mais de 100 câmeras internas nos departamentos, pavilhões de aulas, Biblioteca Central (BBT), Reitoria e Edifício Arthur Bernardes.
Estão em fase de instalação mais 18 câmeras Speed dome de alta resolução e outras 90 câmeras para serem distribuídas em setores estratégicos do Campus. Também serão construídas 10 guaritas blindadas nos principais acessos do campus, serão adquiridas armas não-letais para os vigilantes da instituição e já foi expandido o sistema de alarme, com mais de 400 centrais que incluem 4 mil pontos de monitoramento. Outro reforço foi o aumento do número de porteiros nos alojamentos, que auxiliam no processo de segurança.
Além dessas medidas, desde 2013, há uma parceria firmada entre a Polícia Militar e a Universidade, que cedeu uma sala no prédio da Diretoria de Logística e Segurança (DLS) para a instalação de um ponto de apoio da polícia.
Enviado por: Edécio - UFV
Fonte: Vitoriosa