terça-feira, 24 de abril de 2012

Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo Cria Polícia Judiciária

Fonte: Segurança nas Organizações

Ato GP nº 05/2012

Dispõe sobre a Polícia do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, prevista no art. 8º do Regimento Interno.

O DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA SEGUNDA REGIÃO, no uso de suas atribuições legais e regimentais, CONSIDERANDO a necessidade do constante aprimoramento das ações de segurança institucional;

CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar a abrangência do poder de polícia preconizado no art. 8º do Regimento Interno deste Tribunal, bem como os limites de atuação da unidade que prestará o apoio operacional ao seu exercício;

CONSIDERANDO a previsão de capacitação para os técnicos judiciários da especialidade segurança, definida pela Portaria Conjunta nº 03/2007 dos Tribunais Superiores e respectivos Conselhos, que contempla ações relacionadas a serviços de inteligência, segurança de dignatários, patrimonial, da informação, de pessoas ou correlatos e direção defensiva;

CONSIDERANDO as atribuições definidas pelo Ato CSJT nº 193/2008 para os ocupantes do cargo de técnico judiciário, área administrativa, especialidade segurança,

RESOLVE:

Art. 1º A Polícia do Tribunal, exercida pelo Presidente desta Corte, se efetivará com o apoio dos ocupantes do cargo de técnico judiciário, especialidade segurança, lotados no Serviço de Transporte e Segurança.

Art. 2º As atividades do Serviço de Transporte e Segurança, relacionadas ao exercício do poder de polícia do Presidente do Tribunal, compreenderão:

I. escolta do Presidente do Tribunal em todos os seus deslocamentos e acompanhamento da Corregedora Regional e da Corregedora Auxiliar quando em correições fora da Sede;

II. planejamento, execução e manutenção da segurança dos magistrados do Tribunal, dos servidores e das autoridades visitantes, quando no exercício de suas atividades profissionais e, em casos excepcionais, assim definidos pelo Presidente;

III. segurança dos usuários desta Justiça Especializada nos Fóruns e demais edifícios deste Tribunal;

IV. segurança ostensiva nas dependências dos Fóruns da 2ª Região da Justiça do Trabalho e, quando necessário, nas suas áreas externas contíguas;

V. coordenação das ações de segurança em eventos patrocinados pela Instituição;

VI. segurança dos bens patrimoniais, bem como fiscalização e controle de entrada e saída de materiais, equipamentos e volumes nas dependências do Tribunal;

VII. acompanhamento de audiências com réus presos ou de outras audiências indicadas pelo magistrado responsável;

VIII. apoio aos Presidentes das Turmas e das Seções Especializadas no exercício da competência estabelecida nos arts. 76, V, e 78, V, do Regimento Interno deste Tribunal;

IX. efetivação de prisão determinada por magistrado deste Tribunal, com o devido encaminhamento à delegacia de polícia competente;

X. adoção das medidas necessárias visando o encaminhamento às autoridades competentes de indivíduos que tenham praticado atos ilícitos nas dependências do Tribunal;

XI. acompanhamento e segurança de magistrados em situação de risco, quando determinado pelo Presidente do Tribunal;

XII. controle de acesso, saída e circulação de pessoas nos prédios do Tribunal, mediante procedimentos de identificação, monitoramento e outros;

XIII. planejamento de ações de inteligência com vistas a garantir a segurança institucional;

XIV. ações de prevenção e de combate à incêndio e outros sinistros;

XV. prestação de primeiros socorros às vítimas de sinistros e de outras situações de risco ocorridas nas dependências do Tribunal;

XVI. execução de outras atividades definidas pelo Presidente do Tribunal.

Parágrafo único. O Diretor responsável pelo Serviço de Transporte e Segurança apresentará à Presidência, bimestralmente, relatório circunstanciado de todas as ocorrências registradas nas dependências deste Tribunal, discriminando-as por tipo, relacionando as que foram encaminhadas aos órgãos responsáveis pela segurança pública e as que estão em processo de apuração internamente.

Art. 3º Todas as atividades previstas neste ato serão desempenhadas com a observância da legislação vigente, em parceria com os órgãos responsáveis pela segurança pública, resguardadas as devidas competências.

Art. 4º Os casos omissos serão resolvidos pela Presidência do Tribunal.

Registre-se e publique-se.

São Paulo, 19 de abril de 2012.
Enviado por: Canuto - UFRRJ

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Ex-chefe da PF em AL diz que combateu o roubo: ‘RESPONSABILIZEI QUEM DESCUMPRIA AS REGRAS’

POLÊMICA. Alguns policiais e servidores festejaram troca de comando.

Leia a entrevista com o ex-chefe da PF de Alagoas:

“Eu não sei exatamente do que estou sendo acusado, porque eu fiz um trabalho sério o tempo todo, totalmente responsável. E se há alguma insatisfação deve ser por que eu não deixei roubar e não roubei. Fui vigilante o tempo todo para que isso não acontecesse. E no menor indício de que poderia acontecer isso, ou descambar para esse ponto, eu já agi responsabilizando pela conduta, por menor que ela fosse. Outra situação: eu cobrei efetivo trabalho, e trabalho de qualidade o tempo todo. E responsabilizei todos, sem exceção, que descumpriram as regras. A minha equipe está muito satisfeita com o trabalho que realizou”.

‘HÁ 92 INVESTIGAÇÕES EM ANDAMENTO NO ESTADO’

“Nos dois anos que estive à frente da Polícia Federal em Alagoas, eu sempre ouvi dizer que o número de operações aumentou, o número de prisões aumentou, o número de indiciamento de pessoas responsabilizadas pela prática de crimes aumentou. O nosso trabalho, da minha equipe, não respeitou a posição de pessoas, a não ser para buscar o foro competente. Foi um trabalho altamente técnico, estratégico, porque algumas situações daí do estado de Alagoas... Eu infelizmente não posso revelar, por causa da questão do sigilo. Mas posso dizer que quando saí eu deixei 92 investigações a respeito de gestores públicos do estado de Alagoas. Essas investigações estão em andamento e elas terão frutos no seu tempo oportuno, independente de eu estar aí ou não. Quando elas estiverem maduras serão apresentadas à sociedade. Mas o trabalho sério foi realizado e está sendo realizado. E com certeza o novo superintendente está dando sequência a isso. Eu só fico imaginando que quem está reclamando deve ser um desses que foram colhidos aí na linha de responsabilidade”.

A CAUSA DO “MOTIM” DOS SERVIDORES DA PF

“Outra questão que talvez seja motivo de grande descontentamento, principalmente por parte dos [servidores] administrativos, que não são policiais, é que na superintendência da Polícia Federal em Alagoas existia um depósito onde nós tínhamos pólvora. E pólvora todo mundo sabe que pode explodir a qualquer momento. A existência dessa munição justificava o pagamento de adicional de periculosidade da ordem de 30%. Como administrador, era minha responsabilidade minimizar o risco. Eu eliminei o risco. Ou seja, tirei a pólvora, tirei o risco e consequentemente todos os funcionários administrativos e os terceirizados já não faziam mais jus ao recebimento desse adicional. Consequentemente, eles acabaram perdendo algum dinheiro. Eu não poderia agir de outra forma como administrador e responsável. Porque poderia haver uma explosão, seriam vidas que estariam em jogo, e entre a vida e a redução do ganho, é claro que eu preferi a segurança, tirando a pólvora dali. Então, eu atribuo toda essa movimentação aí a esse fato financeiro. E também ao fato de eu ter sido bastante rigoroso no cumprimento de horário, na efetiva execução do trabalho com qualidade”.

‘CORTE DE RECURSOS TROUXE PREJUÍZOS’

“O contingenciamento de recursos [na Polícia Federal] trouxe alguns prejuízos. Mas o nosso trabalho teve como prioridade ser estratégico. Então, se eu tinha que movimentar um agente para determinada região, ele ia para executar aquele trabalho e mais uns três ou quatro outros. Ou seja, a equipe de administração otimizou os trabalhos. Só que o resultado disso foi que o servidor acaba fazendo mais trabalho com menos recursos. Ele recebe menos e aí há um impacto financeiro pra ele [o servidor]”.

O CURSO NA ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA

“O curso aqui reúne alunos de diversos órgãos como a Marinha, Exército, Aeronáutica, Ministério Público, Judiciário Federal e Estadual. São lideranças de diversos órgãos que estão aqui reunidas no Rio de Janeiro sob o patrocínio do Ministério da Defesa, para estudar problemas do Brasil. Da Polícia Federal são três superintendentes que foram indicados diretamente pelo diretor-geral da PF, para contribuir nesse estudo. Foram os superintendentes de Alagoas, da Bahia e do Pará. Nós três estamos fazendo esse curso”.

PROCESSOS DISCIPLINARES NA PF EM ALAGOAS

“Pra mim, é indiferente o número de processos administrativos. Se o número é significativo ou não significativo. Se o evento ocorreu, se o servidor descumpriu a regra, cometeu a infração, ela então tem que ser apurada. Não interessa se existem dez ou vinte [processos], isso pouco importa. Esses números podem ser obtidos porque eles são dados estatísticos. Eles podem ser levantados a qualquer tempo. Tem todos os registros no próprio sistema da Polícia Federal, inclusive quantos procedimentos administrativos foram instaurados e quantos resultaram efetivamente em punição. Porque procedimento disciplinar é instaurado para verificar uma situação, que pode se comprovar ou não. Se comprovado, o servidor foi responsabilizado. Disso não tenha dúvida”.

SOBRE O PANAMERICANO, RODOLEIRO E AFINS

“As investigações estão em andamento, posso garantir isso. Mas não posso entrar em detalhes por causa do sigilo necessário”. 

Fonte: Gazeta de Alagoas
Enviado por: Paulo Prestes - UFPEL

domingo, 22 de abril de 2012

Servidores das universidades federais vão parar na quarta-feira, 25 de abril

Brasília – Os funcionários técnico-administrativos das universidades federais decidiram paralisar as atividades na próxima quarta-feira (25) e, também, nos dias 9 e 10 de maio. A categoria reivindica aumento do piso salarial, atualmente R$ 1.034,59, reajuste do auxílio-alimentação e valorização da carreira.

Segundo a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), a falta de resultados em relação à última greve foi o principal motivo que levou a categoria a decidir por uma nova paralisação. Os servidores técnico-administrativos pedem aumento do piso salarial para um valor correspondente a três salários mínimos (cerca de R$ 1,9 mil), além de efetivar o acordo firmado em 2007 com o governo.

De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o diálogo com os representantes dos servidores é constante. As reivindicações estão sendo analisadas pelo secretário de Recursos Humanos, Sérgio Mendonça, que na próxima terça-feira (24) se reunirá com a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

A última greve dos servidores técnico-administrativos das universidades públicas federais ocorreu no ano passado e durou quatro meses. Durante esse período, o governo manteve a posição de não negociar com os grevistas. A paralisação foi considerada ilegal pelo Superior Tribunal de Justiça depois de ação da Advocacia-Geral da União (AGU). De acordo com o calendário da Fasubra, 30 de maio é a data-limite para cjegar a um acordo com o governo. 

Fonte: Agência Brasil - 22/04/2012 
Enviado por: Antonio Santana - IF Sertão Pernambucano - Campus Petrolina-PE

sábado, 21 de abril de 2012

Deputado quer revogar Estatuto do Desarmamento e garantir direito de defesa aos brasileiros O Projeto de Lei já está tramitando

O deputado federal ROGÉRIO PENINHA MENDONÇA (PMDB/SC) apresentou, nessa quinta-feira (19), projeto de lei que prevê regulamentar a aquisição e circulação de armas de fogo no país. O PL 3722/2012 revoga a lei atual, popularmente conhecida como “Estatuto do Desarmamento”. Extenso e cujos termos demonstram uma profunda análise técnica da matéria, o projeto estabelece uma nova sistemática regulatória para armas na sociedade brasileira, alinhada à realidade e, sobretudo, ao resultado do Referendo de 2005, quando 60 milhões de eleitores rejeitaram a ideia de se extinguir o comércio de armas e munições no Brasil.

Pela proposta, ainda que se prestigie a opção popular pelo acesso legal às armas, mantém-se um rígido controle do estado sobre sua comercialização, posse e, especialmente, porte. Além disso, o sistema de regulação é ampliado, preservando o controle central com a Polícia Federal, mas atribuindo às polícias estaduais atuar em conjunto no Sistema Nacional de Armas – SINARM.

O texto ainda traz para a própria lei a regulamentação de matérias que hoje se encontram esparsas, a exemplo das atividades dos atletas do tiro desportivo e dos colecionadores, categorias que, por desconhecimento ou preconceito, muito sofrem com um estigma injustamente sobre elas lançado. A proposta garante o exercício racional dessas atividades e as reconhece como verdadeiramente são, isto é, prática esportiva e preservação histórica.

Autor da proposta, o Deputado Peninha explica que sua elaboração partiu do clamor popular. 

“Minha atividade parlamentar se caracteriza pelo contínuo contato com a população, pessoalmente e nas redes sociais, onde a insatisfação com a lei atual é muito forte e de onde partiram pedidos sucessivos para que fosse mudada. A proposta que apresentei é fruto disso e tem como objetivo aliar a vontade popular ao controle efetivo e racional das armas pelo Estado”, afirma.

Para o deputado, “desde o resultado do referendo de 2005, o Estatuto do Desarmamento perdeu o sentido, pois todos os seus termos partiam da ideia da proibição do comércio de armas no país, e como a maioria esmagadora da população reprovou essa ideia, a lei acabou se distanciando da realidade”, pontua. “Além disso, se olharmos as estatísticas desde 2003, quando a lei atual entrou em vigor, vemos que ela não conseguiu reduzir as mortes e muito menos a criminalidade no país, sendo necessário se pensar em um modelo novo, a exemplo do que vêm fazendo os países com maior sucesso na redução da violência”, conclui o parlamentar.

Um dos maiores críticos da atual legislação, Bene Barbosa, presidente da ONG Movimento Viva Brasil, comemorou a apresentação do projeto. “O que temos assistido nos últimos anos é a insistência em manter uma legislação feita de afogadilho, baseada no falso clamor popular de que o desarmamento era um desejo da população. O novo projeto de lei trará enormes benefícios para segurança pública e para a garantia do direito à legítima defesa do cidadão brasileiro”, afirma.

A íntegra da proposta pode ser consultada neste link e as discussões prometem ser acaloradas.

Este texto pode ser publicado livremente desde que mantido em sua íntegra.

Maiores informações exclusivamete para imprensa: Rafael Pezenti - Assessor de Imprensa - Deputado Federal Peninha (PMDB/SC) (61) 3215 5656

Deputado Peninha agradece o MVB
O Movimento Viva Brasil se orgulha de ter contribuído decisivamente para que esse PL virasse realidade. Recebemos inclusive o agradecimento do Deputado peninha por isso. Um grande orgulho para nós!

Enviado por: Sílvio Salustiano - IFETPB

sexta-feira, 20 de abril de 2012

20 de abril de 1962: Darcy Ribeiro se une aos operários a um dia da fundação


Reitor da Universidade foi flagrado em plena madrugada de sexta-feira entre os trabalhadores que corriam contra o tempo para finalizar obras do novo campus.
João Campos - Da Secretaria de Comunicação da UnB
Enviado por: Renato - UFRRJ 

Vinte de abril de 1962, um dia antes da inauguração da UnB, uma hora da manhã. Um homem caminha entre operários, arquitetos e engenheiros que trabalham febrilmente para entregar as obras do campus na data prevista. É Darcy Ribeiro, antropólogo e educador que, aos 39 anos, recebeu do presidente JK a missão de construir um novo conceito de universidade na jovem capital. “Revivemos ali os tempos heróicos do pioneirismo de Brasília”, dizia nota do dia na imprensa local. 

Naquela madrugada, Darcy não estava apenas acompanhando os últimos detalhes de sua obra. Também admirava a espécie de mágica que aqueles operários, sob o comando de sua equipe, haviam realizado em 50 dias: entregaram seis prédios prontos para a fundação da Universidade. Entre eles, o bloco central (hoje Faculdade de Educação), dois blocos de residência para professores e alunos, um prédio para a administração e o auditório Dois Candangos, com capacidade para 250 pessoas. 

O auditório – que homenageia a dupla de operários que morreu soterrada em 5 de abril de 1962 – ficou pronto apenas 20 minutos antes da cerimônia de 21 de abril. “Juntei-me aos operários para apertar os parafusos das cadeiras que receberiam os convidados para a inauguração. Trabalhávamos com prazos inimagináveis para um padrão normal de obra. Foi o maior desafio da minha vida como profissional”, avalia o engenheiro civil Felix de Almeida, responsável por erguer o auditório em 59 dias.

O embalo dos trabalhos no campus naquela sexta-feira inspirou um jornalista a contar a inusitada situação de uma firma contratada que, no dia 20, enviou os tapetes para o revestimento de uma das salas. Ao procurar o engenheiro para saber onde seria colocada peça, o entregador, espantado com o estado do local, ouviu: “O senhor espera um momento que estamos concluindo a parede”. Naquele lugar, depois de sessenta dias de fincada primeira estaca, alunos teriam aula na segunda-feira seguinte.

Tão grande quanto o empenho dos operários que pouco a pouco davam forma para UnB eram os planos de Darcy para ver a cria se expandir logo em seus primeiros anos de vida. Em declaração à imprensa naquela sexta-feira, o reitor afirmou que a UnB “não funcionará apenas para dentro, para seus alunos”. Durante a noite, o campus abriria as portas para comunidade, com cursos de música – com o maestro Cláudio Santoro – de cinema e um exclusivo sobre os “problemas brasileiros”.

Darcy queria sempre mais para a UnB. Nessa mesma declaração, estampada na página sete da edição do dia do Correio Braziliense, ele afirmava que, em dois anos, a Universidade que abria as portas com 413 alunos matriculados teria dois mil estudantes em suas salas de aula. “Darcy era uma pessoa extraordinariamente rara. Ele começava a conversar e em pouco tempo você concordava com qualquer coisa que ele dissesse, por mais louca que parecesse”, conta o fotógrafo e pioneiro Luiz Humberto.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Começa hoje operação padrão da PF em aeroportos

A operação padrão de agentes da Polícia Federal desencadeada nesta quinta-feira, em todo o País, ainda não afetava os passageiros dos Aeroportos de Congonhas, na zona sul da capital paulista, nem sequer o Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, segundo o Sindicato dos Servidores da Polícia em São Paulo (Sindpolf/SP). 

Segundo o sindicato, em Congonhas, a operação padrão deve ocorrer no período da tarde. Já em Cumbica, que é um aeroporto de fronteiras, os passageiros devem sentir os efeitos da operação depois do meio-dia, considerado como horário de pico, com um aumento nas filas, principalmente no setor de imigração, de acordo com o Sindpolf.

O protesto dos servidores da PF é contra as terceirizações em funções exclusivas da Polícia Federal e também por conta da precarização em que se encontra a questão de segurança, de acordo com o Sindpolf. No dia da operação padrão, os policiais irão alertar a população para a insegurança dos aeroportos, checar documentações e bagagens de todos os passageiros que desembarcarem ou embarcarem no país.

Haverá mais rigor na checagem de documentos, como passaporte e bilhete de passagem, entrevista com o passageiro e a checagem no sistema da PF de procurados e impedidos de deixar o País, tanto na chegada quanto na saída. Até mesmo brasileiros serão interrogados na entrada.

Os servidores da Polícia Federal farão uma nova assembleia às 13h15 desta quinta-feira, na sede do Sindicato, na Lapa de Baixo, zona oeste de São Paulo, para discutir o rumo da operação.

Voos

Segundo boletim das 8 horas da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) o movimento nos aeroportos era considerado normal. Entre os 530 voos programados em todo o país no período, 26 voos registraram atrasos de mais de meia hora e 22 foram cancelados.

Em Congonhas, dois voos foram cancelados e nenhum teve atraso, entre os 32 previstos. Já em Cumbica, apenas um voo registrava atraso entre os 47 programados. Nenhum foi cancelado.

Fonte: ESTADÃO

quarta-feira, 18 de abril de 2012

RELATÓRIO DA REUNIÃO DOS VIGILANTES PRESENTES NO XXI CONFASUBRA

A reunião contou com a participação de aproximadamente 54 vigilantes.

Pontos de discussão:

1. Data para o próximo seminário nacional de segurança que será realizado em Belém – PA.

2. Defesa das propostas apresentadas pelos vigilantes, dentro do coletivo Tribo, que deverão ser lidas durante o plano de lutas.

Lima do Pará, começou a reunião falando sobre a organização do próximo seminário nacional de segurança que será realizado no Pará. Segundo ele a data que encontraram para realizar o seminário será novembro, a princípio dia 26 de novembro de 2012. Segundo ele o projeto do seminário foi aprovado em uma assembléia geral dos vigilantes e posteriormente também foi aprovado pelo reitor da UFPA que solicitou urgência nos encaminhamentos que deverão ser tomados pela universidade. Agora precisa que seja realizada uma reunião urgente com os demais coordenadores do seminário para definir pontos importantes como temário, que não competem apenas aos vigilantes da UFPA. No projeto do seminário, até o momento, estão trabalhando com um número aproximado de 400 participantes. Também não é possível alojar na universidade, as coordenações terão que ser feitas em hotéis da cidade, para tanto, estão fazendo diversas pesquisas para conseguir acomodações com valores mais acessíveis, até o momento a média dos valores tem ficado em torno de R$40,00. No momento ainda não chegou-se ao valor da inscrição, mas já estão trabalhando nisso. Também é praticamente garantido que será fornecido transporte dos hotéis para a universidade.

Perguntas:
Foi feito contato com a fasubra? A data do seminário já está fechada ou ainda vai ser discutido com a fasubra? A possibilidade de a fasubra dar ajuda de custo para que os coordenadores do seminário se desloquem para participar das reuniões dos coordenadores? Quando ocorrerá a reunião dos coordenadores regionais e nacionais?
Graça nos respondeu que até o momento ainda não houve contato com a federação. Lima nos disse que por enquanto todos os gastos devem ficar por conta da entidade sindical do Pará e da UFPA e que a data do seminário é essa sim, pelo menos a que foi possível de ser trabalhada junto a administração da UFPA e que se houver alteração de data, possivelmente o seminário ficará para o próximo ano.

Luizão nos informou que a data não pode estar fechada, pois têm que apresentar a proposta à Federação, para ser discutido e então aprovado, mas não acredita que haverão problemas. De modo que sugeriu que esta primeira reunião dos coordenadores, para decidirem sobre data e temário aconteça em Brasília, mais precisamente na segunda semana de maio, posteriormente, em outro momento, se fará uma nova reunião na base que irá sediar o seminário, onde os coordenadores poderão conhecer de perto a infra estrutura que será disponibilizada. Sugestão que após um rápido debate, foi aprovada. Houve, ainda, sugestão de que os convites sejam enviados para os delegados o mais rápido possível, para que possam agilizar com antecedência o custeio junto a suas administrações e entidades. Foi dito também que o seminário deve ocorrer dentro da instituição, privilegiando os trabalhadores que lá estão. Ainda, que custeia os coordenadores do seminário é a entidade a qual ele pertence, sendo que à Federação cabe ajuda de custos durante o seminário, como confecção de cartazes, envio de convites e custeio de diárias e passagens dos palestrantes.

Logo após houveram alguns informes, sendo que o primeiro foi relatado por Edmilson, de Uberlândia, onde, segundo ele, o Reitor da UFU solicitou que o projeto do seminário seja apresentado a ele o mais rápidamente possível, pois haverá eleição para reitor na universidade e, logo após o meio do ano será praticamente impssível disponibilizar a verba necessária. Eduardo, da UFMS, informou que o reitor da UFMS solicitou ao MEC 35 vagas para contratação urgente de vigilantes. Noemi informou que o CONSUNI da UFRJ aprovou a solicitação de abertura de concurso público para vigilantes, além de aquisição de coletes e porte de arma institucional (leiam sobre isso no blog do GT Segurança da Fasubra). Por fim, Mozarte e Wesley informaram que no dia seguinte, na sexta-feira, seria distribuída uma tese dos vigilantes da Tribo, voltada especificamente para segurança nas universidades, e solicitaram o apoio dos vigilantes presentes e de suas bases, para que essas propostas possam ser aprovadas.
Poços de Caldas, 12 de abril de 2012

Seguem, abaixo, as propostas sobre segurança que foram aprovadas no XXI CONFASUBRA.

SEGURANÇA NAS UNIVERSIDADES

1) Orientar as entidades de base que reivindique, a inclusão nos Programas de Capacitação das Universidades, de cursos específicos na área de segurança, para todos os(as) trabalhadores(as) lotados nos setores de vigilância das IFES;

2) Que sejam fornecidos materiais e equipamentos adequados para o desenvolvimento da função e cumprimento do serviço de vigilância e segurança patrimonial, ara todos os trabalhadores que atuam como vigilantes nas IFES;

3) Trabalhar para que o governo pague o adicional de periculosidade ou GAS, conforme os vigilantes do Ministério da Justiça vêm recebendo, a fim de compensar o desempenho das atividades de risco que fazem parte das funções dos vigilantes das instituições. Lembrando que o cargo de Vigilante integra o Plano de Carreira e Cargos Técnico-Administrativos das Instituições Federais de Ensino, podendo a descrição de suas atividades ser encontrada no Ofício-Circular de 28 de novembro de 2005, expedido por órgão do Ministério da Educação;

4) Insistir junto aos parlamentares para que aprovem os PLS 179/08, 287/08 e 173/08;

5) Trabalhar junto ao MEC e ANDIFES para que o serviço de vigilância e segurança patrimonial das IFES seja realizado por vigilantes federais concursados e/ou quando for o caso de necessidade de contratação de vigilância terceirizada, que esta fique sob a fiscalização do setor de vigilância orgânica da Instituição contratante;

6) Que o PLP 554/10 sobre aposentadoria especial a servidores públicos que exerçam atividade de risco, seja estendido também aos vigilantes do quadro efetivo das Universidades públicas federais;

7) Trabalhar junto ao PRONASCI/MJ para que os trabalhadores lotados nos quadros dos setores de vigilância e segurança patrimonial das IFES sejam aceitos como trabalhadores em segurança pública e possam participar dos cursos oferecidos pelo sistema PRONASCI;

8) Que seja definida um Departamento dentro da estrutura da FASUBRA, que trabalhe os assuntos referentes aos trabalhadores ocupantes do cargo de vigilantes, motoristas, demais cargos considerados extintos e, ainda, assuntos relacionados a terceirização;

9) Que este departamento inclua em sua pauta, os relatórios aprovados dentro dos Seminários Nacionais de Segurança das IPES e, também, das reuniões do G. T. Segurança Nacional, possibilitando, assim, a possibilidade ou não de que assuntos e/ou temas tratados e aprovados nesses eventos possam vir a ser trabalhados pela coordenação da FASUBRA;

10) Trabalhar para que MEC exija que faculdades e universidades públicas federais disponibilizem informações completas sobre crimes violentos, drogas, delitos de álcool nos campi, além de fornecerem informações sobre os procedimentos de segurança em vigor em cada instituição;

11) Que o Projeto de Segurança, construído através do esforço coletivo dos vigilantes e coordenadores da FASUBRA, seja aprovado no Congresso da Federação e, em sendo aprovada, que a FASUBRA envide esforços no sentido de realizar uma discussão junto MEC e ANDIFES, buscando a aceitação e aplicação dessa Política, por estes Órgãos.
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Algumas fotos:

Alunos da USP fumam orégano na 'Semana do Baseado'

Organizado por estudantes da FFLCH, evento visava discutir a legalização da maconha
Por: Juliana Deodoro, Especial para o Estadão.edu


SÃO PAULO - Com cigarros de orégano e cerveja, um grupo de cerca de 20 alunos da USP realizou na noite desta terça-feira, 17, mais um encontro da Semana de Barba, Bigode e Baseado. O evento visa a discutir a legalização da maconha e a "autonomia sobre o uso do corpo", segundo os organizadores. Ontem, no primeiro dia do festival, aproximadamente 60 estudantes assistiram ao filme Maria Cheia de Graça e depois debateram o papel da mulher na sociedade.

O grupo estava reunido numa sala conhecida como Espaço Verde da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), na Cidade Universitária.

Também estava marcada para mesma noite a realização de "gincanas e concurso de paródias", mas os universitários desistiram da brincadeira. O cheiro de orégano é forte no local. "Para efeitos jurídicos afirmamos que será fumado apenas orégano, substância lícita", ressaltaram os organizadores no convite para o evento.

A 'semana do baseado' está sendo promovida por alunos ligados à Frente Uspiana de Mobilização Antiproibicionista (Fuma). A frente foi fundada no fim do ano passado, em meio aos protestos surgidos após a Polícia Militar flagrar três estudantes com maconha na FFLCH. Alunos invadiram o prédio da diretoria da faculdade e, depois, o da reitoria da USP.

Nesta quarta, a programação começa às 18 horas, no vão da História, com uma "intervenção libertária" regada a cerveja e ao som de samba. O objetivo do ato é "fazer os presentes refletirem sobre o direito que lhes é dado ao próprio corpo e ao uso deste que lhes é permitido fazer".

Na quinta, a partir das 18 horas, o Espaço Verde sediará oficinas durante o "plantão de cultivo". Às 21 horas será realizada uma "orgia poética".

Para encerrar o evento, na sexta, haverá um debate sobre "Travestis e drogados: (des)marginalizando comportamentos", no local onde a PM flagrou o consumo de maconha e houve confronto com estudantes no ano passado.

Depois vai rolar a festa "Queimando o bigode", uma cervejada com o objetivo de arrecadar dinheiro para a Marcha da Maconha, movimento que defende a legalização da droga no Brasil.
Enviado por: Renato - UFRRJ

terça-feira, 17 de abril de 2012

Polícia controla manifestação de movimentos sociais na UFU

Integrantes de movimentos sociais ligados a pelos menos cinco organizações sem-terra manifestaram nesta terça-feira (17), pela manhã, na porta da reitoria da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Durante a aglomeração, um dos seguranças da instituição disparou com um revólver para o alto e houve confusão, porém, ninguém ficou ferido. A Polícia Militar (PM) enviou mais de dez viaturas ao local para conter o tumulto.
O protesto, composto por representantes de organizações como MST, MLST, MSTB e MPRA, integrou o “Abril Vermelho”, uma campanha pela reforma agrária e pela punição dos policiais que participaram do assassinato de 21 sem-terra de Eldorado dos Carajás (PA) em 1996. Desde ontem, pela campanha, os movimentos rurais do Brasil têm realizados atos em todo o território brasileiro.

Entretanto, os manifestantes reivindicavam, especificamente, o suposto fim da assessoria jurídica popular oferecida pela UFU aos movimentos sociais na cidade. “Também estamos aqui para lembrar a morte de três líderes sem terra executados em Uberlândia em março deste ano”, disse Edvaldo Soares, representante dos manifestantes em Uberlândia.

Segundo apurou preliminarmente a PM, o tiro dado pelo segurança ocorreu para dispersar a massa quando alguns manifestantes tentaram impedi-lo a força de fechar o portão de entrada da reitoria. Pelo ato, o vigilante chegou a ser contido por militares. Depois, foi conduzido à delegacia da Polícia Federal (PF), ouvido e liberado. A arma, um revólver calibre 38, foi apreendida e um boletim de ocorrência sobre a situação foi confeccionado.

O delegado federal Ademir Clementino Soares esteve no local logo após o tumulto e afirmou que será instaurado um inquérito policial para apurar as circunstâncias do fato. “Ouvirei testemunhas de ambos os lados e arma será periciada. O que importa para nós é descobrirmos a verdade dos fatos”, disse.

Contestação

Uma sindicância administrativa para apurar internamente a situação também será aberta, segundo informou o vice-reitor da UFU, Darizon Alves de Andrade. “Eu não estava na reitoria no momento do tumulto. A ordem de fechar o portão não foi dada pelo gabinete”, disse.

O professor, que administra a universidade enquanto o reitor, Alfredo Júlio Fernandes Neto, está fora da cidade, contestou que a reitoria tenha intervido na assessoria jurídica popular oferecida aos movimentos. Até então, segundo ele, o atendimento estava funcionando normalmente. No entanto, afirmou que receberia representantes dos movimentos para ouvir quaisquer que sejam as reivindicações.

Pelo Brasil

O Abril Vermelho é promovido todos os anos, com manifestações e ocupações de fazendas, em várias partes do país, para lembrar o Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 17 de abril de 1996, no Pará.
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocupam, desde o início da manhã de ontem (16), a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no centro do Rio de Janeiro.

Já no Paraná, os manifestantes fecharam na manhã de hoje (17) duas rodovias, a BR-277 e a BR-116. De acordo com a assessoria do movimento, a ocupação foi pacífica e durou 21 minutos em cada local.

Em São Paulo, a rodovia Anhanguera, que liga a capital ao interior de São Paulo também foi bloqueada. Durante a manifestação, cerca de dois quilômetros de filas se formaram em cada um dos sentidos das pistas.
Fonte: Correio de Uberlândia

ESTUDANTE É ESTUPRADA NA UFJF - UNIVERSIDADE VAI REVER REGRAS PARA FESTAS

O estupro de uma adolescente paulista, de 17 anos, que teria acontecido durante festa de recepção aos calouros do Instituto de Artes e Design (IAD), na UFJF, na noite da última sexta-feira, leva a instituição a reativar uma comissão de discussão para a criação de regras mais rígidas para eventos e trotes no campus. A expectativa é de que comunidade acadêmica, polícias e Ministério Público participem da discussão. A ocorrência, considerada grave, não é a única que aponta para a violência contra acadêmicos da instituição. Em março, um calouro de arquitetura e urbanismo, 17, passou mal em via pública e precisou ser levado ao HPS após consumir bebida alcoólica durante o trote. Com o corpo pintado e as roupas rasgadas, ele foi encontrado caído na calçada, na Avenida Presidente Itamar Franco (antiga Independência), no Centro.

Os casos também reabrem a discussão sobre as festas regadas a bebidas alcoólicas nas instituições de ensino. No caso da adolescente, a suspeita é de que ela tenha sido induzida a tomar um drinque e ingerir uma substância que a teria deixado desacordada, sendo possivelmente abusada por um dos frequentadores do evento. A ocorrência mobilizou representantes da Câmara Municipal e do Ministério Público, que se reuniram às pressas, na noite de domingo, no Palácio Barbosa Lima, com os pais da vítima. Juntos, eles pretendem traçar ações que possam levar mais segurança aos eventos universitários.

A violência no campus aconteceu na mesma semana em que o Ministério Público Federal de Uberlândia ajuizou ação civil pública, solicitando a proibição do uso, porte, guarda e comercialização de bebidas alcoólicas em todos os campi da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O procurador da República, responsável pela ação no Triângulo Mineiro, Frederico Pellucci, diz que a atitude foi adotada após registros de ocorrências graves, envolvendo até morte, em 2009. "O problema é que o crescimento dos eventos (na UFU) não foi acompanhado de incremento das instalações para abarcar grandes públicos. E também, por parte da universidade, não houve o correspondente aumento da fiscalização para averiguar a regularidade das festas e coibir eventuais excessos. Digo isso para Uberlândia, mas acredito que, em outros municípios, a situação não seja diferente. Fazem as festas do jeito que querem, com bebidas, som alto, sem regras, e a segurança nas instituições, na maioria das vezes, é só patrimonial."

A UFJF informou que há seguranças espalhados no campus, além de 212 câmeras de monitoramento. A instituição adiantou, ainda, que, em 60 dias, será divulgado edital de licitação para aquisição de equipamentos com raio infravermelho. Em nota oficial, a universidade lamentou o caso e afirmou que a festa denominada "Calorarte" foi promovida pelos próprios estudantes do IAD, não sendo realizada por órgão institucional ou unidade acadêmica da UFJF. "O caso está sendo conduzido pelos órgãos competentes, e serão instalados procedimentos internos de apoio às investigações das autoridades policiais", informou a instituição.

O diretor do IAD, Ricardo Cristofaro, disse que, paralelamente, também irá desenvolver uma apuração interna acadêmica, já que o caso envolve alunos do instituto. "Está tudo muito prematuro, mas vamos apurar para, se for o caso, punir os responsáveis." O Diretório Acadêmico (DA) do IAD informou que "a festa foi realizada por alunos do segundo período, mas que foi organizada, com convite pago e contratação de três seguranças".

Até o fim da tarde, polícias Civil e Federal não haviam sido oficiadas sobre o registro do estupro. Conforme a Polícia Militar, que registrou o crime, no sábado, após ser acionada na Santa Casa de Misericórdia, a ocorrência foi encaminhada, na tarde de ontem, via ofício, para as duas instituições, para que decidam sobre a competência do caso.

Perícia médica constata violência sexual

A vítima deu entrada na Santa Casa de Misericórdia após acordar, no sábado, e sentir desconforto e dores nas partes íntimas. No hospital, foi verificado indícios de estupro, e a PM acionada. Uma colega de classe da vítima, 21 anos, relatou aos policiais que havia deixado a amiga no evento, por cerca de 40 minutos, na companhia de outros jovens. Ao retornar, teria encontrado a garota descomposta e com arranhões nos braços. Ela teria levado a estudante para sua casa e, no dia seguinte, acompanhado a adolescente na consulta médica, por já suspeitar que ela poderia ter sofrido abuso sexual.

Após o atendimento na Santa Casa, a adolescente foi submetida a exame de corpo de delito no Hospital de Pronto Socorro (HPS). Conforme a PM, o crime foi constatado durante a perícia médica. A ocorrência foi acompanhada pela conselheira tutelar Delfina Mônica Costa, já que os pais da jovem moram no interior de São Paulo.

"Fizemos o acompanhamento, inclusive no hospital. Ela recebeu atendimento ambulatorial, mas não precisou ser internada. Agora, vamos informar o ocorrido à Vara e à Promotoria da Infância e Juventude. Se o fato ocorreu mesmo na universidade, é muito preocupante, porque a festa tinha bebidas para adolescentes." Na manhã de ontem, ela e o vereador Noraldino Júnior (PSC) acompanharam os pais da vítima até a 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em Santa Terezinha.

"Fui acionado pelo Conselho Tutelar como presidente da Comissão Antidrogas da Câmara. Como ela teria tomado só essa dose e ficado desacordada, suspeitamos que fosse algum entorpecente. O fato é que ela desacordou e, quando voltou, estava com sangue nas pernas e muito grogue. O próprio laudo apontou que ela era virgem. Vemos com decepção o fato de eles (família) terem escolhido a cidade e voltarem com uma imagem tão negativa."

Pais vieram às pressas do interior de SP

Informados no final da noite de sábado sobre o estupro da filha mais velha, os pais da vítima viajaram às pressas do interior de São Paulo para poderem encontrar a jovem que mora há apenas 45 dias em Juiz de Fora. "Às 23h30, a conselheira tutelar me ligou e falou que havia acontecido um problema, que minha filha havia sido estuprada. Viemos imediatamente. Ela me disse que lembra de ter ido com uma pessoa para um lugar escuro atrás do prédio, mas estava completamente dopada e não tinha como reagir", disse a mãe da jovem, 40 anos.

A responsável pela garota acredita que o caso poderia ter sido evitado. "A UFJF, até agora, não entrou em contato conosco. As investigações nem começaram. Talvez, se agissem mais rápido, o culpado pudesse ser pego, já que eles têm o nome de todos os alunos. O que aconteceu com minha filha foi muito sério. Se tivesse mais segurança no campus, nada disso teria ocorrido. Ela me ligou e pediu para ir. Só deixei porque jamais pensei que isso pudesse acontecer no prédio e dentro da universidade em que ela estuda", disse a mulher no final da manhã de ontem, quando procurou ajuda na 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em Santa Terezinha. "Vou entrar com processo contra a instituição e contra o responsável pelo evento. Ela passou em três universidades e optamos pela UFJF. Mandei minha filha para a instituição que considerávamos melhor e mais segura. Ela era virgem e, agora, estou levando minha filha para casa desse jeito. Vai passar, mas vai demorar e vai ser difícil."

O ato foi considerado brutal pelos estudantes. Coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Felipe Fonseca, classificou o episódio como "violência bárbara". Ele ressaltou que a situação reforça o machismo da sociedade, problema que também afeta a universidade, evidenciado, principalmente, nos trotes e nas calouradas. "Vamos fazer uma campanha, por meio de um informativo, a partir de quarta-feira (amanhã), e o caso do estupro, com certeza, vai estar presente. Precisamos resgatar o debate dentro da UFJF."

Representantes do Coletivo Feminista Maria Maria - Mulheres em Movimento, núcleo da Marcha Mundial de Mulheres em Juiz de Fora, também repudiou o ato e disse que a discussão precisa ser mais ampla. "Como grupo de mulheres criado e organizado na UFJF para debater e promover ações que discutam a mulher na universidade e na sociedade em geral, é inaceitável que o caso seja tratado apenas como problema de segurança no campus, sem levantar o debate de violência contra a mulher, que deveria ser o foco do caso."

Fonte: Tribuna de Minas

Segundo seguranças da UFJF, os fatos ainda estão sendo apurados, pois estão mau contados.
1º - A vigilância da UFJF não foi acionada e nem tomou conhecimento do fato ocorrido;
2º - Tudo o que ficamos sabendo foi via imprensa;
3º - Até a presente data ainda não tivemos acesso ao boletim de ocorrência;
4º - E pior de tudo, até agora a Policia Federal e a Policia Civil estão verificando quem será a responsável pela apuração dos fatos.

Quanto a morte ocorrida em Uberlândia, esta ocorreu porque um vigilante terceirizado atirou contra um rapaz que tentava roubar uma moto.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

RELATÓRIO DA REUNIÃO COM OS VIGILANTES PRESENTES AO XXI CONGRESSO DA FASUBRA


A reunião contou com a participação de aproximadamente 54 vigilantes.

Os pontos de discussão foram essencialmente dois:
1. Data para o próximo seminário nacional de segurança que será realizado em Belém – PA.
2. Defesa das propostas apresentadas pelos vigilantes, dentro do coletivo Tribo, que deverão ser lidas durante o plano de lutas.

Lima do Pará, começou a reunião falando sobre a organização do próximo seminário nacional de segurança que será realizado no Pará. Segundo ele a data que encontraram para realizar o seminário será novembro, a princípio dia 26 de novembro de 2012. Segundo ele o projeto do seminário foi aprovado em uma assembléia geral dos vigilantes e posteriormente também foi aprovado pelo reitor da UFPA que solicitou urgência nos encaminhamentos que deverão ser tomados pela universidade. Agora precisa que seja realizada uma reunião urgente com os demais coordenadores do seminário para definir pontos importantes como temário, que não competem apenas aos vigilantes da UFPA. No projeto do seminário, até o momento, estão trabalhando com um número aproximado de 400 participantes. Também não é possível alojar na universidade, as coordenações terão que ser feitas em hotéis da cidade, para tanto, estão fazendo diversas pesquisas para conseguir acomodações com valores mais acessíveis, até o momento a média dos valores tem ficado em torno de R$40,00. No momento ainda não chegou-se ao valor da inscrição, mas já estão trabalhando nisso. Também é praticamente garantido que será fornecido transporte dos hotéis para a universidade.

Perguntas:

Foi feito contato com a  FASUBRA ?
A data do seminário já está fechada ou ainda vai ser discutido com a FASUBRA?
A possibilidade de a fasubra dar ajuda de custo para que os coordenadores do seminário se desloquem para participar das reuniões dos coordenadores?
Quando ocorrerá a reunião dos coordenadores regionais e nacionais?

Respostas:

Graça nos respondeu que até o momento ainda não houve contato com a federação. Lima nos disse que por enquanto todos os gastos devem ficar por conta da entidade sindical do Pará e da UFPA e que a data do seminário é essa sim, pelo menos a que foi possível de ser trabalhada junto a administração da UFPA e que se houver alteração de data, possivelmente o seminário ficará para o próximo ano.

Luizão nos informou que a data não pode estar fechada, pois têm que apresentar a proposta à Federação e a nova DN, para ser discutido e então aprovado, mas não acredita que haverão problemas. De modo que sugeriu que esta primeira reunião dos coordenadores, para decidirem sobre data e temário, aconteça em Brasília, mais precisamente na segunda semana de maio, posteriormente, em outro momento, se fará uma nova reunião na base que irá sediar o seminário, onde os coordenadores poderão conhecer de perto a infra estrutura que será disponibilizada. Sugestão que após um rápido debate, foi aprovada.

Houve, ainda, sugestão de que os convites sejam enviados para os delegados o mais rápido possível, para que possam agilizar com antecedência o custeio junto a suas administrações e entidades. Foi dito também que o seminário deve ocorrer dentro da instituição, privilegiando os trabalhadores que lá estão. Ainda, quem custeia os coordenadores do seminário é a entidade a qual eles pertencem, sendo que à Federação cabe ajuda de custos durante o seminário, como confecção de cartazes, envio de convites e custeio de diárias e passagens dos palestrantes.

Informes:
Edmilson, de Uberlândia, segundo ele, o Reitor da UFU solicitou que o projeto do seminário seja apresentado a reitoria o mais rápidamente possível, pois haverá eleição para reitor na universidade no fim ano e, logo após o meio do ano, será praticamente impossível disponibilizar a verba necessária. Eduardo, da UFMS, informou que o reitor da UFMS solicitou ao MEC 35 vagas para contratação urgente de vigilantes. Noemi informou que o CONSUNI da UFRJ aprovou a solicitação de abertura de concurso público para vigilantes, além de aquisição de coletes e porte de arma institucional (leiam sobre isso no blog do GT Segurança da Fasubra). Por fim, Mozarte e Wesley informaram que no dia seguinte, na sexta-feira, seria distribuída uma tese dos vigilantes da Tribo, voltada especificamente para segurança nas universidades, e solicitaram o apoio dos vigilantes presentes e de suas bases, para que essas propostas possam ser aprovadas.

Poços de Caldas, 12 de abril de 2012

Atraso em licitação causa demissão de vigilantes da USP em Piracicaba

Funcionários reclamam e dizem que a empresa não fez pagamento correto.
"Está tudo dentro da lei", disse representante da Albatroz nesta segunda.

O atraso na licitação para a escolha da empresa que vai cuidar da segurança da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP), causou a demissão de 210 vigilantes que trabalhavam no local na manhã desta segunda-feira (16). O contrato da universidade com a empresa Albatroz, que realizava o serviço desde outubro de 2011 em caráter emergencial, devido à saída da empresa Vise, terminou no dia 28 de março.

"Nós estamos fazendo tudo corretamente e dentro da lei. Estou com os documentos que comprovam tudo o que precisa ser pago", disse um funcionário da Albatroz que se identificou ao G1 Piracicaba e Região apenas como Carvalho. "O que acontece é que sempre há reclamação", completou Carvalho.

Pelo menos 100 vigilantes reuniram-se com representantes da empresa nesta segunda, de manhã, para assinarem as demissões. "Não pagaram nada direito. As férias trabalhadas não foram pagas e eles não disseram se vão pagar. Eles também deram um mês de aviso prévio, mas hoje disseram que eu estou como trabalhador ativo da empresa. Enfim, está uma bagunça", disse o vigilante José Gonçalves.

O vigilante Alan Júnior Lopes dos Santos também reclamou da situação e diz que tudo terá que ser resolvido na Justiça. "Se nós acharmos que há algo errado, no caso do pagamento, nós vamos pra Justiça", disse Santos. "Eu cheguei aqui 7h e até às 11h não resolvi nada. Estou aqui parado e eles não vão pagar nada corretamente", acredita o vigilante Leandro Aparecido, de 29 anos.

"Nós alertamos os vigilantes para não assinarem os papéis sem ler os documentos. Eu acho que não estão pagando corretamente essas pessoas. Eles têm que pagar férias, 13º salário e outros direitos trabalhistas. Eles precisam pagar tudo isso", comentou o diretor financeiro do Sindicato dos Vigilantes de Piracicaba e Região, Edilson da Silva Oliveira, durante homologação realizada no Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região.

Fonte: G1

Em protesto, alunos da Uefs fecham acessos à universidade

Os alunos protestam contra a má qualidade da comida, a falta de condições de higiene do restaurante e pedem também a ampliação do refeitório.

Da Redação

Os estudantes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) fizeram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (16) pedindo melhorias para o restaurante da instituição. Os protestos acontecem desde a quarta-feira e hoje (16/04/2012) cerca de 100 estudantes bloquearam todos os acessos à universidade.

Os alunos protestam contra a má qualidade da comida, a falta de condições de higiene do restaurante e pedem também a ampliação do refeitório, além da extensão da gratuidade para todo os estudantes.

Em nota, a Reitoria da universidade diz que “a Administração tem agido no sentido de adequar o serviço, através de ações como a readequação do cardápio, pequenas reformas de adaptação do prédio, elaboração de projeto de ampliação do espaço físico, estabelecimento de comissão de acompanhamento permanente, e aumento da cota diária de refeições subsidiadas a R$ 1”. 

Quanto à bolsa alimentação, a Reitoria relata que a reivindicação não é plausível, pois “todos os ‘excedentes’ demandantes que se inscreveram no processo de avaliação e atenderam aos critérios sócio-econômicos de seleção, foram contemplados”. 

Na nota, a Reitoria da Uefs declara ainda que está em andamento o processo para abertura de processo licitatório do restaurante.

Fonte: Correio 24 horas