terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Alerta na UnB

A Universidade de Brasília (UnB) é um dos pontos preferidos pelos criminosospara furtos de carros e de objetos “esquecidos” dentro deles.
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No último dia 14, três automóveis foram arrombados próximo ao complexo da Faculdade de Educação.Nessa época do ano, com a proximidade das festividades de Natal e ano-novo, a Polícia Civil ressalta que é comum o aumento de crimes em estacionamentos. O chefe da Delegacia de Repressão a Furtos (DRF), delegado Ailton Carlos da Silva, faz um alerta: “É preciso ficar atento, procurar estacionar em locais iluminados e não deixar objetos de valor dentro dos carros porque isso é chamariz parabandido.”
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Ciente dos riscos, o aluno de engenharia civil Bernardo Cascão Pires de Albuquerque, 19 anos, evita deixar o carro muito longe do prédio onde estuda, mas avalia que o perigo maior é a noite. “Acho que durante o dia não tem tanto problema, mas de qualquer forma sempre tento parar por perto. Já rodei uns 20minutos até achar vaga e geralmente não deixo meus pertences à vista para não chamar atenção de bandido”, garante.
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Pelos estacionamentos da universidade,diversas placas estão espalhadas e chamam a atenção dos estudantes para evitar ocorrências de furto na área. São mensagens do tipo: “Não deixe bens à vista nointerior do carro”, “verifique se seu carro está travado” e “verifique se o seu carro está com todos os vidros fechados”.
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Proteção
O delegado-adjunto da Delegacia de Repressão a Furtos de Veículos (DRFV), DanielGomes, confirma que a UnB é um dos alvos dos ladrões. “Uma vez nós fizemos uma interceptação telefônica e o criminoso dizia assim para o outro: ‘Rapaz, isso aqui é uma maravilha. Nunca vi tanto carro novo junto’”, contou. Para Gomes, como a área é extensa, fica difícil manter uma vigilância em tempo integral. “De um modo geral, o tombamento de Brasília que não permite a construção de garagens subterrâneas nos prédios facilita o furto de carros’”, avaliou.
Enquanto isso, os donos de carros tentam se proteger como podem, com instalação de travaselétricas e alarme, itens que hoje em dia nem sempre impedem a ação dosbandidos.

(MP):
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Cartilha de Segurança:
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Segurança (UFSJ):
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Câmera intensifica segurança na Universidade Federal de Juiz de Fora:
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A reitora da Ufal, Ana Dayse Dorea, recebeu a imprensa, na tarde destaquarta-feira, 4, para falar sobre segurança no Campus. A entrevista foi motivadapela tentativa de assalto ocorrida na última sexta-feira, 30 de outubro, quandohomens armados e disfarçados com jalecos de médico entraram no HospitalUniversitário e roubaram 140 mil reais de uma agência bancária.
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Segurança absorve verba de universidades:
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UFRN está investindo R$ 1 milhão em medidas de segurança:

Falta segurança nos campi da UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

CORREIO DE UBERLÂNDIA
29/12/09
De janeiro a outubro deste ano foram 246 ocorrências, 19 veículos furtados dentro da Univ. Fed. de Uberlândia.
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A direção da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) estuda liberar o acesso da Polícia Militar aos campi como forma de melhorar a segurança na instituição. Atualmente, a ronda é feita por 222 seguranças da universidade entre servidores próprios e terceirizados. “O problema é que o nosso pessoal não tem autonomia para abordar eventuais suspeitos, o que dificulta o trabalho”, afirmou o reitor Alfredo Júlio Filho.
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Os furtos e arrombamentos de veículos, objetos pessoais e bens patrimoniais são os problemas mais comuns. Segundo levantamento realizado pelo departamento de segurança da UFU, de janeiro a outubro deste ano foram registradas 246 ocorrências. Deste total, 91 são referentes a furtos, sendo 19 envolvendo veículos. O restante reúne desde acidentes de trânsito, brigas e vandalismo. No ano passado foram registrados 62 furtos nas dependências da universidade. Um aumento de 46,7%. “Fomos avisados pela PM que os ladrões roubam carros e deixam nos estacionamentos da UFU até que cessem o período de rastreamento dos seguros”, afirmou.
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Para Alfredo Júlio, este tipo de ocorrência, assim como o aumento no número de furtos, pode estar relacionado à falta de policiamento no interior dos campi. “A Polícia Militar só vem aqui quando é acionada, devido a uma Lei criada há 30 anos com a Ditadura Militar”.
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PM só pode atuar com autorização
Pela legislação federal, a Polícia Militar só pode atuar preventivamente nos campi após autorização formal da instituição por meio de convênio firmado pela direção da UFU e aprovado pelo Conselho Universitário. Segundo o reitor, o assunto deverá ser tratado nas primeiras reuniões do Conselho Universitário em 2010.
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Resistência
Em outubro, a falta de segurança nos campi da Universidade Federal de Uberlândia foi tema de uma reunião entre as polícias Federal, Militar e Civil, Ministério Público e membros da UFU. Uma das sugestões foi a liberação do patrulhamento preventivo pela Polícia Militar. O tenente coronel Hércules dos Reis Silva, presente na reunião, disse que a Polícia Militar aguarda deliberação do Conselho da UFU para passar a atuar sistematicamente na parte interna dos campi.A medida encontra resistência entre os estudantes. Para o diretor executivo do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFU, João Cláudio Amâncio, a presença da polícia representaria repressão ao corpo dicente. “O que nós queremos é uma segurança bem preparada, mas da própria universidade”, disse.
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Saiba mais: Furtos na UFU
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Janeiro a outubro de 2009
Veículos furtados: 19
Furtos em veículos: 4
Furtos de bens pessoais: 32
Furtos de bens patrimoniais: 7
Janeiro a outubro de 2008
Veículos furtados: 17
Furtos em veículos: 4
Furtos de bens pessoais: 20
Furtos de bens patrimoniais: 18

VIGIAS PRENDEM LADRÃO

Diário de Santa Maria
28/12/2009 N° 2380
UFSM
Um homem de 29 anos foi flagrado furtando fios de uma construção no campus da UFSM, na manhã de sábado. Uma viatura da equipe de vigilância da universidade fazia ronda pelo campus quando avistou o homem em atitude suspeita na obra do prédio do Centro de Ciências Rurais, por volta das 10h30min. Ao abordar o suspeito, os seguranças verificaram que ele estava com um rolo de fio de cobre, cinco rolos de fio de luz e duas extensões de 10 metros cada. Surpreendido, o ladrão fugiu. Ele foi alcançado e detido pelos vigilantes perto do arco de entrada da UFSM até a chegada da Brigada Militar. O ladrão foi levado ao presídio.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

PARECER DO RELATOR DO PLS 173 - Senador Wellington Salgado

Companheiros este é o parecer do relator do PLS 173 do senador Paulo Paim, agora é só começarmos a enviar e-mail para a CCJC do senado pedindo para ser incluído na pauta para apreciação dos senadores e, depois de aprovada irá para C.A.S, última instância do senado antes de ir para camara.

Vamos lotar a caixa de e-mail da CCJC. Seu presidente é Demostenes Torres.
Um abraço de um vigilante do sul do pais.
Mozarte Simões


PARECER Nº , DE 2009

Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, sobre o PLS nº. 173, de 2008, que Altera a Lei nº. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais, para acrescentar o adicional de risco de vida.

RELATOR: Senador WELLINGTON SALGADO

I – RELATÓRIO

Em apreciação nesta Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, o Projeto de Lei do Senado nº 173, de 2008, de autoria do Senador PAULO PAIM, que visa a promover alterações na Lei nº. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais, para acrescentar o adicional de risco de vida.

A proposição em tela está composta de dois artigos. O artigo 1º constitui o cerne das modificações pretendidas no denominado Estatuto do Servidor Público Civil da União. O artigo 2º. fixa a imprescindível cláusula de vigência, cujo termo inicial dar-se-á com a publicação da lei que resultar da sua aprovação.

Pretende-se alterar os artigos 61, 68 e 70 do Estatuto do Servidor, sem modificar a finalidade de tais dispositivos, mas visando adequar os dispositivos, de maneira a alcançar o adicional pelo exercício de atividades com risco de vida.

No prazo regimental, não foram apresentadas emendas ao Projeto.

II – ANÁLISE

Nos termos do inciso I e II, do art. 101 do Regimento Interno do Senado Federal, compete a esta Comissão opinar, no que toca à presente proposição, sobre a constitucionalidade , juridicidade e regimentalidade, bem como manifestar-se acerca do mérito da matéria nela vertida.

Na forma como apresentado, encontra-se cediço que o assunto pode ser objeto de deliberação pelo Poder Legislativo, uma vez que não afronta as disposições constantes do Texto Constitucional ou do Regimento Interno do Senado Federal, e se coaduna com os princípios gerais de Direito.

Neste particular, vislumbra-se que compete à União legislar sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais.

Por sua parte, a proposição acha-se vazada em boa técnica legislativa, adequando-se com exatidão às prescrições da Lei Complementar nº. 95, de 1998, com a redação dada pela Lei nº. 107, de 2001.

No mérito, é inquestionável a justeza da instituição do adicional de risco de vida para os servidores públicos. É cada vez maior o nível de insegurança de nossas cidades, levando a que os servidores cujas atribuições estão vinculadas às funções de segurança enfrentem, diuturnamente, situações em que suas integridades física e mental são colocadas em jogo. Uma vida não tem preço, mas o Poder Público não pode se esquivar de garantir uma compensação financeira aos servidores que, no exercício de suas atividades, vivenciam situações na quais ela é posta em grande risco.

III – VOTO

À vista do exposto, voto pela constitucionalidade , juridicidade, regimentalidade e adequada técnica legislativa do Projeto de Lei do Senado nº 173, de 2008, e, no mérito, pela sua aprovação.

Sala da Comissão,

, Presidente

, Relator

terça-feira, 10 de novembro de 2009

AS FALSAS LIDERANÇAS E SEUS ASSÉDIOS MORAIS NO MUNDO DO TRABALHO

Em resposta ao e-mail do Sr. Edilson Cosme Tavares, funcionário da UFRN e representante da ATENS (Associação dos Técnicos de Nível Superior).

Lamentável que pessoas destituídas de respeito, de compromisso moral e ético ataquem os trabalhadores em educação. Tenho acompanhado na lista os mais diferentes ataques aos vigilantes feitas por esse senhor e outros, que por falta de engajamento, compromissos políticos não estiveram ao lado dos trabalhadores ao longo da história, mas sim numa sala com ar-condicionado ao lado gestor de forma alienada. Hoje defendem um projeto pessoal, dividindo a categoria, as corporações, no caso especifico ao desconsidera a auxiliar de enfermagem que faz o mesmo serviço de uma técnica em enfermagem. O que ele pretende com essa divisão entre os trabalhadores? A serviço de quem está esse senhor?
Será que não conhece o verdadeiro PPP (Projeto Político Pedagógico), que vá ao encontro da comunidade como um todo, apoiado numa política de gestão de pessoas e não de RH (recursos humanos), esse último preocupado só com a estética do espaço físico das IFES e seu respectivo redimensionamento. Que SUS esse Sr. fala? O nosso é á partir da Reforma Sanitária de 1988 preconizando a saúde como um direito nosso e dever do Estado, cuja ação afirmativa compromete o Estado mínimo, dando a ele a verdadeira responsabilidade social com a sua população.

Reconhecidamente foi a luta do médico sanitarista Sergio Arouca e outros nessa construção,mas o que se vê atualmente é os conchavos,acordinhos dentro do espaço público com a privatização do HUs ,de um SUS cada vez mais privado.

Teoricamente podemos resgatar as origens dessa formulação ideológica velada de uma direita, baseado na educação, cuja essencialidade atualiza a teoria hegeliana onde o máximo é o “EU, Estado e a Igreja”, o que nos remete historicamente a seguinte citação: (... que os portadores de títulos universitários na sua maioria pertencem a setores parasitários da sociedade, improdutivos e alienados que gozam de situação vantajosa sem darem a ela uma correspondente cota de esforço, de trabalho socialmente útil.) Paschoal Lemme, pág. 249 do livro História das Idéias Pedagógicas, Moacir Gadotti.

Desconhece esse senhor que educar politicamente significa desvelar ao indivíduo o contexto social em que vive e sua posição social nele e assim possa ele exercer uma ação mobilizadora que somente a verdade possui. Penso que o verdadeiro papel do líder sindical é o de trazer essa orientação, a verdade, porque a maioria do país não consegue deixar de ser analfabeto político, enquanto uma minoria ínfima tem condições de alcançar o nível maior de educação e a população na sua maioria apenas sobrevive,determinada por essa educação baseada numa estrutura social e econômica capitalista e com seu respectivo Estado mínimo.

Precisamos ler e difundir mais o método Paulo Freire “Educação e Consciência de Classe”, ao afirmar que: a inteligência não é suficiente para servir à classe trabalhadora, mas é necessária a “Consciência de Classe”. Evidentemente, não se pode dizer que as consciências de classe das mesmas sejam “o conhecimento das leis históricas ou econômicas, que regem a vida dos homens”.

A partir dessa consciência, é preciso desconsiderar essa ideologia que oprime, que domina e essa vem desde a Grécia, da educação religiosa dos Jesuítas e da educação atual capitalista, que consiste na reprodução de uma sociedade de classes,e que toda essa ação pedagógico-ideológica é um imposição arbitrária da cultura das classes dominantes e sua reprodução de projetos que correspondem a duas classes fundamentais de sociedade sociais: a burguesia e o proletariado. Esse sistema impositivo liberal-burguês e sua falsa democracia busca a divisão social do trabalho,cujjo método é o de perpetuar a competição, o individualismo.

Portanto, sr. Edson Cosmes tavares, sua fala dá o verdadeiro sentido e significado para o substantivo Maquiavel e seu método, um adjetivo maquiavélico, pois fins não justificam, determinam os meios conforme o sr. quer. A luta e a construção de um novo olhar, onde cada trabalhador tenha a consciência de classe baseado na solidariedae e fraternidade e com esse olhar é permitido afirmar e sonhar e que (... Um outro mundo é possível).

Francisco Carlos Galho Arduim
Vigilante/UFPEL

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E-mail citado: Aos TNS (Técnicos de Nível Superior)
Para conhecimento de todos: A fasubra está em pé de guerra com TNS das IFES, confiram abaixo:

As carreiras em gestação no Mec
Mensagem veiculada na lista TNS-BR no dia 7 do 9 de 2009
Caros TNS das IFE, relatório da audiência no MEC apontou para a formação de duas carreiras no segmento dos TNS. A carreira de Especialista em Educação e a carreira dos Profissionais de Saúde, mais conhecida como Carreira dos HU's.
Estas duas carreiras são de grande importância no atual contexto das Instituições Federais de Ensino. O MEC trabalha com dois grandes projetos na área da educação brasileira que vem ao encontro da importância dos TNS nas IFE. O projeto de expansão da Rede Tecnológica e o REUNI.

Cada vez mais a função de nível superior torna-se, na área de recursos humanos das IFE, estratégica para os projetos do MEC. Esta força de trabalho pode e deve participar da gestão acadêmica das IFE, em iguais condições de trabalho, respeitando a liturgia da sala de aula.

Vejamos o exemplo da carreira dos HU's. O MEC, junto com o Ministério da Saúde, traz à tona essa carreira, sinalizando- a como uma carreira estratégica dentro do ambiente SUS. Hoje, por esse Brasil afora, são os hospitais universitários que dão conta da demanda do SUS, principalmente nos serviços de alta complexidade em saúde. Estes profissionais de saúde estão amarrados dentro do PCCTAE pela tabela visionária da fasubra. Uma tabela que foi construída pela visão das cabeças de vento da cúpula da fasubra, que tinham como noção estratégica de recursos humanos para uma IFE o modelo fabril das montadoras de automóvel. Daí porque, na visão dessa Fasubra, o mais importante numa fábrica é a segurança. Consequentemente, o cargo mais importante passa a ser o de vigilante!!!

Essas cabeças de vento não entendem que, para formar um médico de alta especialidade, como por exemplo a especialidade de neurocirurgia, se requer do profissional seis (6) anos de graduação e cinco (5) anos de residência em neurocirurgia, totalizando onze anos de formação. Isso sem levar em consideração que esse profissional poderá entrar para vida acadêmica de mestrado e doutorado.

Não tem como segurar esses profissionais de saúde na complexidade da questão saúde com a remuneração aviltante, humilhante do PCCTAE.
O MEC e o MS entenderam que não dá para conversar com a Fasubra. Não encontram interlocutora à altura para discutir esse momento estratégico do governo. Vão impor goela abaixo a Carreira dos HU's. Não darão nem tempo para a Fasubra chiar, até porque as cabeças de vento vão contraargumentar que, tudo bem, pode passar a carreiras dos HU's, mas a vigilância dos hospitais não pode ser terceirizadas. Viva a segurança dos hospitais!!

Para vocês TNS terem uma idéia da importância desse segmento, profissionais de saúde para a questão SUS. Dos 32.000 TNS das IFE, 16.000 são profissionais de saúde.
No caso da carreira de Especialista em Educação, estamos no mesmo patamar da situação da saúde, principalmente em relação à reposição de profissionais qualificados para ajudar na gestão acadêmica das IFE.
Os projetos de expansões da Rede Tecnológica e o REUNI das IFE são projetos estratégicos, cruciais para o desenvolvimento do país. O mundo roda e o Brasil avança na montagem de uma política estratégica de estado que tem como baluarte as reservas do Pré-Sal. Não foi à toa que governo colocou nas diretrizes do fundo social criado com a riqueza do Pré-Sal o gasto com as variáveis educação, ciência e tecnologia.
Aonde o governo pretende gastar com educação, ciência e tecnologia que não seja no âmbito das IFE? Entendendo o âmbito das IFE como unidades formuladoras e executoras de pesquisa e extensão, para o desenvolvimento de políticas de educação, ciências e tecnologia.
Daí a importância desse segmento TNS das IFE, como uma força de trabalho detentora das mesmas condições de titulação dos professores, na agenda de gestão estratégica das IFE.
O MEC sinalizou, na mesma audiência, que haverá concurso público para mais 17.000 vagas de TNS, para os anos 2010, 2011 e 2012. Coincidência ou não, são os mesmos anos programados para começar a atingir as metas do REUNI.

Aqui chegamos às mesmas situações dos profissionais de saúde, não tem como aprovar tantos TNS em concursos públicos, com essa remuneração aviltante e humilhante do PCCTAE.
A carreira de Especialista em Educação foi colocada claramente para a Atens Nacional, porque o MEC encontra na máquina político-partidá ria da Fasubra um entrave intransponível.

A Atens Nacional trabalha, conjuntamente com outras formas de organização da base, na organização do I FÓRUM TNS DA ATENS NACIONAL, para novembro de 2009. A dimensão política desse fórum está no fato de colocar para todos os TNS a possibilidade da discussão das carreiras de Especialista em Educação e a carreira dos HU'S. Vamos transformar esse fato político numa vontade política envolvendo a carreira de Especialista em Educação e a carreira dos HU's, gerando as dimensões políticas que podem dar sustentação aos argumentos do MEC quanto à criação das carreiras.

O momento político é de decisão para Atens Nacional. Nós somos uma diretoria provisória e os fatos políticos nos colocaram à frente da nossa missão inicial, a organização das bases da Atens nacional.
O momento requer de outras lideranças TNS um posicionamento equilibrado e responsável na condução desse processo junto à Atens nacional. Lideranças que demonstraram ao longo dessa caminhada dos TNS muita responsabilidade com o processo movimento TNS, como Parcianello, Michelini, Eduardo Maffia, Gustavo, Paulo Menezes, Edilson William, Eduardo Osório, Jorge Quércia, etc, etc, etc, não podem ficar fora dessa discussão. A Atens Nacional conta com vocês para enfrentar essa empreitada.

Rumo à construção da carreira de Especialista em Educação e carreira dos HU's!!!!!!! O movimento TNS vive!!!!!!!! !!!!
Edilson Cosme Tavares - UFRN

terça-feira, 3 de novembro de 2009

BANDO TENTA LEVAR CAIXA ELETRÔNICO DE FACULDADE

Jornal Correio de Uberlândia
02/nov/09
Cinco homens tentaram roubar, ontem, um caixa eletrônico do Banco do Brasil, instalado no prédio da Faculdade UNITRI, no bairro Jardim das Acácias, região sul de Uberlândia.
Os assaltantes armados com revólveres, escopetas e submetralhadoras renderam os vigilantes da instituição. A assessoria da faculdade disse no fim da tarde de ontem, que ainda não tinha tomado conhecimento sobre o caso. De acordo com informações da polícia, os criminosos arrancaram o cofre, mas não tiveram tempo para levá-lo.
No início do mês passado numa ação semelhante, um grupo assaltou a Cooperativa Agropecuária de Uberlândia (CALU). Nas duas ações, um dos integrantes do bando tinha sotaque paulistano. A polícia, no entanto, não tem informações sobre ligação entre as duas ocorrências. Ninguém foi preso.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

SEGURANÇAS DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS DO SUL DO PAÍS SE REUNEM COM O MINISTRO DA JUSTIÇA TARÇO GENRO

Os seguranças da UFPEL, UFSM, FURG e UFRGS foram recebidos pelo ministro da justiça Tarço Genro, reunião agendada pelo deputado federal Paulo Pimenta do PT gaúcho.
Pauta da reunião:
  • Inclusão dos vigilantes concursados no programa do MJ “PRONASCI”;
  • Porte de arma para os vigilantes das IFES e IFETS;
  • Assuntos gerais (concursos e PLS).
Os vigilantes presentes solicitaram ao Ministro que fossem reconhecidos como trabalhadores em segurança pública e incluídos no PRONASCI, para poderem se beneficiar dos cursos de capacitação que o MJ promove.

Foi solicitado também que o MJ flexibilize a retirada do porte de arma para que as seguranças das IFES, que não trabalham armadas e queiram adquirir o porte, possam fazê-lo. Neste caso foi entregue um estudo do chefe da segurança da UFRRJ, Renan Canuto, e um dossiê de ocorrências.

Foi pedido ainda ao Ministro que interviesse junto ao MEC no pedido de reabertura de concurso público para vigilante.

O Ministro informou que vai editar um ofício desburocratizando a retirada do porte, e que o porte poderá ser solicitado pelo reitores e os cursos exigidos pela lei 10.826 poderão ser executados dentro das Universidades Federais e a Universidade poderá contratar um estande de tiro para a retirada do porte.

O MJ vai incluir os vigilantes na página do PRONASCI, o Ministério irá comunicar o MEC e este a ANDIFES e FASUBRA, que assim comunicarão as Universidades quanto à inclusão dos vigilantes concursados na página e estes poderão se beneficiar dos cursos de capacitação.

Por fim o Ministro comprometeu-se a falar com o MEC a respeito da abertura dos concursos.

Mozarte Simões
GT Segurança UFRGS

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ex-presidiário é detido após furtar notebook do Centro de Informática da UFPE

Caríssimos(as) Vigilantes,

Em relação a este vídeo do Youtube aqui postado, a qual contém declaração do Delegado José Cavalcanti, Titular da Delegacia do Prado – Recife – PE, na qual o mesmo fala que “a segurança entendeu que deveria dar uma chance”, deve ser esclarecido que:

(1º) O vídeo, no qual o infrator se movimenta numa biblioteca (entre estantes, cadeiras e bancas), nessa data (fevereiro/2009) , ele (o infrator) conseguiu se evadir. Ficou apenas o registrado através das câmeras.

(2º) Em outra ocasião, (agosto/2009) , o referido infrator foi reconhecido e abordado por vigilantes que compõe o GTO (Grupo Tático Operacional) desta UFPE, porém, nada foi encontrado em seu poder, não houve vítimas e/ou testemunhas para que o mesmo pudesse ser conduzido à uma Delegacia Especializada.

(3º) No dia 27/10/2009 (terça-feira) as 17h40, o infrator – JOSÉ EDINALDO DA SILVA, foi pego em flagrante delito após furtar um NOTEBOOK de um aluno. O mesmo foi conduzido à Delegacia Especializada e autuado em flagrante. Obviamente que nesta oportunidade houve: Produto do roubo (NOTEBOOK); Vítima (ALUNO) e TESTEMUNHAS.

Este é o esclarecimento que repasso à V.Sªs., para que não pairem dúvidas quanto ao exposto pelo Senhor Delegado no tocante a “chance ao elemento infrator”.

Carlos Germano
Vigilante da UFPE

REUNIÃO DOS VIGILANTES DAS IFES COM O MINISTRO DA JUSTIÇA TARSO GENRO

Aconteceu no dia 26 de outubro de 2009 audiência onde o Ministro da Justiça Tarso Genro recebeu os GTs Segurança das Universidades Federais do Rio Grande do Sul. Estiveram presentes os GTs de Santa Maria, Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre, além do Deputado Federal Paulo Pimenta.
A audiência com o Ministro Tarso foi altamente positiva, conseguimos tudo que desejavamos tivemos o apoio do Dep. Paulo Pimenta que esplanou ao Sr. Ministro algumas particularidades de nosso serviço, logo após Mozarte repassou alguns documentos sobre nosso CBO e falou sobre os PLs dos Senadores Paim e Zambiaze, onde os mesmos criam junto ao Senado o adcional de risco de vida para a nossa categoria, demanda esta também tramitando na Câmara Federal de autoria do deputado Pimenta, ali presente. Foi entregue, também, dossiê sobre algumas vigilâncias das IFES do Sul e documento solicitando ao Ministro a nossa inclusão ao PRONASCI onde neste constava as assinaturas dos GTs ali presentes (Porto Alegre (UFRGS), Rio Grande (FURG), Pelotas (UFPEL) e Santa Maria (UFSM), além do material que foi mostrado na audiência pública no Senado Federal.
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Falou-se sobre a questão dos problemas que enfrentamos quanto ao porte de arma e concurso para vigilante das IFES. As intervenções mostraram ao Ministro a importância da função do vigilante no contexto Universitário, partindo sempre do princípio que temos uma tarefa nao só de segurança mas também pedagógica, citamos algumas funções que exercemos como transporte de valores nos campi, dando como exemplo valores dos RUs que alcançam várias somas de dinheiro diariamente, a vigia sobre caros equipamentos e pesquisas tecnológicas onde hoje parte disto tudo esta sendo cuidado por tercerizados que poderão usar informações previlegiadas afim de cometerem possíveis delitos. A questão sobre o REUNI também foi lembrada, como algo que é muito bom em sua essência, mas que nos preocupava pois já está, minimamente, duplicando os campi além do número de matrículas, docentes e técnicos em educação. Pedimos apoio ao Ministro para intervir junto ao Mec para abertura de concurso público.
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Em Resposta o Sr. Ministro falou que em relação ao PRONASCI era possível sim a nossa inclusão e irá verificar a questão mas acredita que não haverá nenhum problema. No tocante ao porte de arma irá junto a Polícia Federal flexibilizar o acesso ao mesmo, somente pedindo que os reitores façam os pedidos juntos a este órgão, disse que entende nossas demandas e que gestionará junto ao Ministro Hadad a questão do concurso público e em relação ao risco de vida que quando chegar no Ministério do Planejamento conversará com o Ministro desta pasta.
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Saímos da audiência certos que seremos atendidos em nossos pleitos mas temos que continuar lutando e cobrando de todos os parlamentares em nossos estados e reitores de nossas IFES por entendermos que só a contínua mobilização nos levará á vitória que todos merecemos.
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Teremos que manter um contato constante com o Deputado Pimenta para que o mesmo possa cobrar do Ministro da Justiça (que é candidato ao Governo do estado do RGS) todas estas demandas e para finalizar antes da entrada do ministro o Deputado Pimenta nos falou sobre o relator do PLC do risco de vida de sua autoria, pediu-nos para não nos preocuparmos, pois este voto de relatoria não tem grande importância e o projeto vai ter o seu andamento normal e nos prometeu uma caravana em todos os campi das universidades federais do RGS.

Um forte abraço a todos e até a vitória.

Rudnei Greque da Silva
Coordenador Gt Segurança Universidade Federal de Rio Grande

sábado, 24 de outubro de 2009

Compromisso técnico e político na busca da Eqüidade

Lamentável que o deputado Sr. Gladson Cameli não tenha se instrumentalizado o suficiente com os vigilantes das IFES e com o judiciário, esse último permitiria a ele ciência da jurisprudência com a sentença favorável a um grupo de vigilantes da UFPEL.
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Uma das formas de se romper com a falta de cidadania parte de um legislativo que rompa de vez com a sua característica, a de ser o prolongamento histórico das desigualdades sociais, a exemplo a falta de isonomia entre os funcionários públicos. Sabemos que os poderes constituídos representam uma democracia representativa e assim devem se basear na dialética que vá de encontro a essa metafísica desconstituída de materialidade, que é "o pensamento do pensamento", por isso que é necessário buscar de forma inalienável a eqüidade em relação aos vigilante das IFES. Por outro lado soubemos que verdades e mentiras são convenções e estão presas a um certo espaço e tempo ao longo da história, por isso que existem paradigmas e esses precisam ser quebrados.
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Com essa plasticidade permite-nos buscar uma nova estética. Na Pós-Modernidade é caracterizado por uma nova eticidade capaz de romper com tendências e trabalhar perspectivas, nesse sentido o deputado Paulo Pimenta através da PL 4863 de 2009, trabalha a idéia e o compromisso de forma engajada com a coisa pública, ao efetivar assim ações afirmativas que dêem conta desse novo olhar, sensibilidade essa capaz de construir relações de fraternidade, solidariedade e inclusão social ao referendar o PL em foco.
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Portanto,é necessário reconhecer esse projeto que: juridicamente falando é representativo pois efetiva a eqüidade, ao responder os anseios de uma categoria; é democrático pois resgata o verdadeiro papel do legislativo de produzir leis á partir lideranças, que ao perceberem a demanda atendem as bases e provocam avanços o que caracteriza serem esses os verdadeiros líderes.
Nesse sentido solicito o encaminhamento com resolutividade das propostas já levantadas pelo PL 4863.

Diante do exposto podemos afirmar que tais medidas são juridicamente legais, cientificamente sustentáveis e socialmente justas.

Francisco Carlos G. Arduim
Universidade Federal de Pelotas
farduim@yahoo.com.br

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Projeto de lei de autoria do deputado Paulo Pimenta - PT/RS , foi rejeitado pelo voto do relator deputado Gladson Cameli - PP/AC

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

PROJETO DE LEI No4.863, de 2009
Autoriza o Poder Executivo a instituir o adicional por atividade derisco para os vigilantes de Instituições Federais de Ensino Superior, InstitutosFederais de Educação, Ciência e Tecnologia - IFETS, Escolas Técnicas Federais -ETFs, Escolas Agrotécnicas Federais - EAFs, Escolas Técnicas vinculadas àsUniversidades Federais e de Instituições de Pesquisa Científica e Tecnológica.
Autor: Deputado Paulo Pimenta
Relator: DeputadoGladson Cameli

I - RELATÓRIO
A proposição especificada na ementa concede autorização aoPoder Executivo para criar adicional por atividade de risco. A referida vantagemseria devida aos vigilantes das entidades federais de ensino superior, deeducação tecnológica e de escolas técnicas ou agrotécnicas, sejam essasautônomas ou vinculadas a outra instituição.

A referida parcela seria fixada, por regulamento, entrecinquenta e cem por cento do valor do vencimento básico do cargo, bem comoincorporada aos seus proventos de aposentadoria.

A justificação da proposta invoca semelhança entre asatribuições de vigilantes e de policiais civis e militares, posto que osprimeiros seria acionados, esporadicamente, para proteger alunos, professores efuncionários da rede federal de educação.

Nenhuma emenda ao projeto foi apresentada, durante o prazoregimentalment e previsto, a esta Comissão de Trabalho, de Administração eServiço Público.

A proposição se sujeita à apreciação conclusiva destecolegiado e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

II - VOTO DO RELATOR
Preliminarmente, cabe notar que o pagamento de adicionalseria a menor consequência do eventual reconhecimento de exercício de atividadede risco por parte de vigilantes. Ao julgar o Mandado de Injunção nº 788/DF, aCorte Máxima decidiu:

"EMENTA: DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DEINJUNÇÃO. SERVIDORA PÚBLICA. ATIVIDADES EXERCIDAS EM CONDIÇÕES DE RISCO OU INSALUBRES. APOSENTADORIA ESPECIAL. § 4º DO ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR. MORA LEGISLATIVA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIASOCIAL.
1. Ante a prolongada moralegislativa, no tocante à edição da lei complementar reclamada pela parte final do § 4º do art. 40 da Magna Carta, impõe-se ao caso a aplicação das normas correlatas previstas no art. 57 da Lei nº 8.213/91, em sede de processo administrativo.
2. Precedente: MI 721, da relatoria do ministro MarcoAurélio.
3. Mandado de injunção deferido nesses termos." (grifamos)

(MI 788, Relator: Min. CARLOS BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 15/04/2009, DJe-084DIVULG 07-05-2009 PUBLIC 08-05-2009 EMENT VOL-02359-01 PP-00013 RSJADV jul.,2009, p. 58-59 RT v. 98, n. 886, 2009, p. 117-119).

Portanto, os servidores que exercem atividades de risco fazem jus a aposentadoria especial, com redução do tempo de contribuição.

Não se vislumbra, contudo, diferença entre as atividades exercidas por vigilantes das instituições de ensino e de outros órgãos ou entidades públicas. A rigor, diante de situações de risco, um vigilante deve apenas acionar a polícia, e não exercer atribuições tipicamente policiais.
Com respeito à aventada incorporação de adicional de risco aos proventos de aposentadoria, a hipótese é insubsistente. Não há como criticar o entendimento do Superior Tribunal de Justiça sobre a questão, abaixo expresso:
"........... ......... ......... ......... ......... ......... ......... ......... ........"
3. O adicional de periculosidade possui pressuposto vinculado ao tipo de função e seu exercício, constituindo vantagem de caráter transitório, que cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa à sua concessão. E por ser vantagem pecuniária de caráter transitório, não deve integrar os proventos de aposentadoria.
............ ......... ......... ......... ......... ......... ......... ......... ........"
(REsp 576.446/PB, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 17/08/2006, DJ 25/09/2006 p. 299)

Ademais, as alíneas "a" e "c" do inciso II do § 1º do art. 61 da Constituição Federal reservam ao Chefe do Poder Executivo a iniciativa das leis que disponham, respectivamente, sobre aumento de remuneração e sobre a aposentadoria de servidores públicos. Como se não bastasse, o inciso X do art.37 da Carta Política ainda reforça a reserva de iniciativa, ao preceituar que a remuneração dos servidores públicos somente pode ser fixada ou alterada "por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso..."

Inegável, portanto, a inconstitucionalidade formal do projeto sob análise. Vício da espécie, conforme pacífica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é insanável. Isso significa que a lei eventualmente resultante da aprovação do projeto, pelo Poder Legislativo, seria desprovida de valor jurídico tanto na hipótese de sanção presidencial como na de derrubada de veto pelo Congresso Nacional.

Ressalte-se, ainda, que o caráter autorizativo não elide o vício de iniciativa, conforme reiterado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

A despeito do valoroso trabalho dos vigilantes e de outros servidores públicos, que merecem retribuição pecuniária condizente com as atribuições de seus cargos, não se pode ignorar os insuperáveis óbices jurídicos à proposta sob comento. Nessas circunstâncias, nenhum benefício adviria para a categoria caso este Colegiado deliberasse favoravelmente à proposta ora analisada.
Por todo o exposto, embora reconhecendo o valor dos serviços prestados pelos vigilantes, não me resta alternativa senão votar pela rejeição do Projeto de Lei nº 4.863,de 2009.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

REUNIÃO DO DIA 06 DE OUTUBRO DE 2009 NA ANDIFES SOBRE CONCURSO PÚBLICO PARA VIGILANTES

Em reunião do gt segurança da Rural do Rio com o decano(pró-reitor) de assuntos administrativos da UFRRJ Prof. Pedro Paulo que também é membro da comissão de políticas e recursos humanos da ANDIFES e participou da reunião do dia 06\10\2009, este relatou aos companheiros do gt que no início da reunião ele teve um grande embate com os presentes na ANDIFES sobre o concurso público para vigilantes, onde percebeu que todos reconhecem que o cargo de vigilante não consta entre os cargos extintos. O Prof. Pedro informou que sobre concurso público específico para vigilantes o posicionamento dos membros da reunião é sugerir ao Pleno da ANDIFES que o combate a terceirização deve ser tratada para todos os cargos e não para um cargo específico(vigilantes). Sobre o posicionamento de alguns representantes, o professor informou que ocorreram várias manifestações favoráveis e desfavoráveis tendo o representante da UFRN, que se manifestou favorável a terceirização, o que foge das informações passadas pelos colegas da UFRN, que ao final este membro até se posicionou favorável, ele destacou como favorável o posicionamento da representante do Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, ele nos informou também como muito tímida a participação dos membros da FASUBRA João Paulo, Rogério e Paulo Henrique.

Segue abaixo a ata da reunião, para visualisá-la é necessário salvar no computador.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Modelo de Porte Funcional da UFRRJ



Andifes busca espaço no debate sobre gestão de pessoas nas Ifes

Por Ana Paula Vieira - Andifes
Publicado em 28 de setembro de 2009




O presidente da Comissão de Políticas de Recursos Humanos (CPRH) da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) reitor Ricardo Motta (UFRRJ) e o secretário executivo da Associação Gustavo Balduino foram recebidos pelo secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) Duvanier Ferreira na manhã da última sexta-feira (25) em Brasília.

A direção da Andifes solicitou audiência ao representante do MPOG tendo como pauta a gestão de pessoal nas Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes). O presidente da CPRH reitor Ricardo Motta explicou ao secretário que as Comissões Temáticas da Andifes tem o papel de analisar as informações relativas ao tema em questão e levá-las ao Conselho Pleno da Associação. Por este motivo, o reitor defendeu a importância da participação da Andifes como interlocutora nas discussões sobre recursos humanos nas Ifes, tais como o plano de carreira dos docentes e técnico-administrativos. “Nos colocamos à disposição para participar dos debates e solicitamos que nos coloquem à par dos acontecimentos, para gerar resultados mais positivos”, sugeriu o reitor.

Ressaltando o objetivo do MPOG de democratizar as relações de trabalho por meio da construção coletiva, Duvanier Pereira concordou ser “absolutamente importante” o interesse da Andifes. O secretário informou que levará a demanda para os interlocutores do Ministério da Educação (MEC). “Vamos buscar uma dinâmica de acompanhamento com participação permanente da Andifes”, encaminhou Duvanier Ferreira.

Como representante da Andifes, o reitor Ricardo Motta destacou a importância do relacionamento do coletivo de reitores com os Ministérios, que afirmou ser “extremamente positivo para todos”. “A participação da Andifes nestas tratativas já se faz quase que naturalmente”, afirmou o presidente da CPRH, destacando que não poderia ser diferente nas questões relativas à gestão de pessoas nas universidades.

O secretário executivo da Andifes Gustavo Balduino destacou o conceito de autonomia universitária, que, segundo ele, deve ser lembrado nas discussões. Neste contexto, o secretário da Andifes falou sobre o decreto 6944, do último dia 21 de agosto, que estabelece orientações para a realização de concursos públicos. O secretário de Recursos Humanos do MPOG reconheceu que a regulamentação não é adequada não só para as universidades, como também para outros ambientes. “O decreto vai ser revisto. Ele foi pouco discutido, está inadequado”, assegurou Duvanier, informando que a SRH já tomou esta iniciativa dentro do Ministério.

O secretário do MPOG informou que nesta semana a Andifes deve receber informações sobre a demanda apresentada.

O presidente da Comissão de Políticas de Recursos Humanos da Andifes reitor Ricardo Motta conversa com o secretário de Recursos Humanos do MPOG Duvanier Pereira

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

SEGURANÇA EM UNIVERSIDADES - CUSTO DIFICULTA SEGURANÇA

Terceirização eleva os custos da vigilância
Reportagem publicada em 14/08/04

Os dissídios coletivos dos seguranças que trabalham nas universidades federais têm sido o principal fator de reajuste nos contratos firmados entre essas instituições e as empresas terceirizadas de vigilância, segundo a Andifes.

Em 2003, o reajuste salarial foi de 18% em média e, neste ano, de 15%. Esses custos acabam sendo bancados pelas instituições de ensino na renovação de contratos. As universidades têm autonomia para administrar os recursos.

Segundo Paulo Sarkis, presidente da comissão de orçamento da Andifes, até o momento as terceirizações são "um caminho sem volta" em razão da extinção do cargo de vigilante, em 1992, e da proibição de novas contratações por meio de concurso público ou de caráter temporário.

Com o passar do tempo, esses profissionais -- cujos salários saíam do orçamento de pessoal, que não está incluído no custeio -- foram se aposentando e as universidades, terceirizando a função com dinheiro proveniente da verba de custeio.

"Está inadministrável. Há déficit de pessoal e temos que contratar pelo meio mais caro. Aquela conta que o governo pagava e que não entrava no custeio agora entra e o custeio não aumentou para cobrir isso", diz Ana Lúcia Gazzola, presidente da Andifes.

Só na UFMG, houve perda de 33% dos funcionários contratados -- por aposentadoria, morte ou exoneração. "Somos um paciente da UTI", resume Gazzola, reitora da UFMG. Segundo ela, nos últimos nove anos o orçamento de custeio só caiu e mesmo a pequena melhora que houve no ano passado foi rapidamente engolida por terceirizações, alta das tarifas públicas e gastos com segurança.

Além dos vigilantes, as universidades têm contratado, por meio de empresas terceirizadas, funcionários para outras funções para as quais não há concurso público previsto. "Temos, por exemplo, apenas um engenheiro eletricista no nosso quadro de funcionários. A UFMG tem 550 mil m2 de área construída. É possível essa situação?", questiona Gazzola.

Na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), no interior de São Paulo, a situação não é diferente: há um desfalque de 90 docentes e 250 funcionários. As aulas são assumidas por professores substitutos contratados por no máximo dois anos. Já os funcionários acumulam funções. Segundo o reitor Oswaldo Baptista Duarte Filho, hoje há menos funcionários e docentes do que em 1991. A universidade enfrenta uma greve de funcionários há mais de 40 dias. Além da falta de pessoal, a instituição vive uma situação de precariedade que atinge laboratórios (equipamentos obsoletos) e bibliotecas (falta de livros).

Para a reitora da UFMG, não haveria problema com os cargos extintos se existissem recursos. "Não acho que todos os cargos devam ter funcionários públicos, mas é necessário haver verba para as contratações." Para o Orçamento de 2005, o Ministério da Educação está propondo 34% a mais para custeio e manutenção. A lei orçamentária ainda depende de aprovação no Congresso.

Fonte: Folha On OLine

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

PARECER DA PROCURADORIA DE PERNAMBUCO


LEI QUE EXTINGUIU OS CARGOS EM 1998

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

Conversão da MPv nº 1.606-20, de 1998
Dispõe sobre a extinção de cargos no âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, e dá outras providências.

Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚBLICA adotou a Medida Provisória nº 1.606-20, de 1998, que o CONGRESSO NACIONAL aprovou, e eu, ANTONIO CARLOS MAGALHÃES, PRESIDENTE, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte Lei:

Art.1º Os cargos vagos integrantes da estrutura dos órgãos e entidades relacionados no Anexo I desta Medida Provisória ficam extintos, e os cargos ocupados, constantes do Anexo II, passam a integrar Quadro em Extinção.

Parágrafo único. Os cargos ocupados serão extintos quando ocorrer a sua vacância, nos termos do art. 33 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, assegurando-se a seus ocupantes todos os direitos e vantagens estabelecidos, inclusive promoção.

Art. 2º As atividades correspondentes aos cargos extintos ou em extinção, constantes dos Anexos desta Lei, poderão ser objeto de execução indireta, conforme vier a ser disposto em regulamento.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo às atividades de Motorista e Motorista Oficial.

Art. 3º Ficam convalidados os atos praticados com base na medida Provisória nº 1.606-19, de 2 de abril de 1998.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Congresso Nacional, em 7 de maio de 1998; 177º da Independência e 110º da República.

Senador ANTONIO CARLOS MAGALHÃES
Presidente do Congresso Nacional

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 8.5.1998

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Nova portarira substitui portaria nº 4

PORTARIA Nº 05, DE 07 DE JULHO DE 2009

Atualiza os valores limites para contratação de serviços de vigilância em substituição aos valores limites publicados pela Portaria nº 4, de 18 de maio de 2009 para as Unidades Federativas que menciona.

O SECRETÁRIO DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. nº 54 da Instrução Normativa nº 02, de 30 de abril de 2008,

PORTARIA Nº 05, DE 07 DE JULHO DE 2009.

Atualiza os valores limites para contratação de serviços de vigilância em substituição aos valores limites publicados pela Portaria nº 4, de 18 de maio de 2009 para as Unidades Federativas que menciona.

O SECRETÁRIO DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. nº 54 da Instrução Normativa nº 02, de 30 de abril de 2008,

RESOLVE:

Art. 1º Atualizar os limites máximos para a contratação de serviços vigilância, executados de forma contínua em edifícios públicos e celebrados por órgãos/entidades integrantes do Sistema de Serviços Gerais – SISG, para as Unidades Federativas relacionadas, conforme Anexo I desta Portaria, em substituição aos valores limites publicados pelas Portarias nº 7, de 17 de dezembro de 2004, Portaria nº 3 de 15 de agosto de 2006, Portaria nº 6 de 28 de dezembro de 2007 e Portaria nº 3 de 21 de fevereiro de 2008.

Art. 2º Os valores limites estabelecidos nesta Portaria consideram apenas as condições ordinárias de contratação, não incluindo necessidades excepcionais na execução do serviço que venham a representar custos adicionais para a contratação. Existindo tais condições, estas poderão ser incluídas nos preços das propostas, de modo que o seu valor final poderá ficar superior ao valor limite estabelecido. Entretanto, descontando-se o adicional, o valor proposto deve estar dentro do valor limite estabelecido, sob pena de desclassificação.

Art. 3º Os valores limites estabelecidos nesta Portaria não limitam a repactuação de preços que ocorrer durante a vigência contratual, mas apenas os preços decorrentes de nova contratação ou renovação de contrato, tendo em vista que o art. 37, inciso XXI da Constituição Federal assegura aos contratados o direito de receber pagamento mantidas as condições efetivas da proposta.

Art.4º Quando da prorrogação contratual, os contratos cujos valores estiverem acima dos limites estabelecidos nesta Portaria deverão ser renegociados para se adequarem aos novos limites, vedando-se a prorrogação de contratos cuja negociação resultar insatisfatória, devendo o órgão proceder a novo certame licitatório.

Art. 5º A repactuação poderá ser dividida em tantas parcelas quanto forem necessárias em respeito ao princípio da anualidade do reajuste dos preços da contratação, podendo ser realizada em momentos distintos para discutir a variação de custos que tenham sua anualidade resultante em datas diferenciadas, tais como os custos decorrentes da mão de obra (data do último acordo ou convenção) e os custos decorrentes dos insumos necessários à execução do serviço (data do encaminhamento das propostas).

Art. 6º A atualização dos valores limites estabelecidos nesta Portaria é uma prerrogativa discricionária da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que poderá, inclusive, reduzi-los, caso verifique que os atuais valores estão acima do valor de mercado, por qualquer motivo.

Parágrafo único. Os valores limites estabelecidos nesta Portaria são válidos independentemente da ocorrência de novos acordos dissídios ou convenções coletivas, e enquanto não forem alterados ou revogados por nova Portaria.

Art. 7º A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão poderá disponibilizar no COMPRASNET, para fins de acompanhamento, os preços praticados na prestação destes serviços, onde os órgãos e entidades integrantes do SISG deverão manter o registro atualizado dos contratos firmados.

Art. 8º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

ROGÉRIO SANTANNA DOS SANTOS

Secretário

Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União de 8 de julho de 2009, seção 1, páginas 60 e 61.

ANEXO I

SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA - PREÇO MENSAL DO POSTO Limite Máximo para Contratação dos Serviços Em R$

UF

Posto 44h/semanais DIURNO

Posto 12x36h DIURNO

Posto 12x36h NOTURNO

AC

1.880,00

3.540,00

3.870,00

AM

2.060,00

3.920,00

4.240,00

AP

1.990,00

3.930,00

4.340,00

ES

1.860,00

3.560,00

4.250,00

MG

2.530,00

4.970,00

6.070,00

MS

1.870,00

3.600,00

3.950,00

PB

1.690,00

3.280,00

3.580,00

PR

2.610,00

5.100,00

5.600,00

RS

2.430,00

4.580,00

4.990,00

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Portaria n. 04 que estabelece os valores limites para contratação de serviços de vigilância

Eis abaixo a Portaria n. 04 que o Alcântara havia sugerido na postagem anterior. É importante conhecermos estas portarias pois assim podemos estar atentos aos editais emitidos por nossas IFES, de modo a estarmos conscientes dos valores, legais ou não, sugeridos nestes editais para contratação de serviços terceirizados.
.........................................................................................................
Ministério do Planejamento, Orçamento e GestãoSecretaria de Logística e Tecnologia da InformaçãoDepartamento de Logística e Serviços Gerais
PORTARIA Nº 04, DE 18 DE MAIO DE 2009.
Atualiza os valores limites para contratação de serviços de vigilância em substituição aos valores limites publicados pelas Portarias nº 7, de 17 de dezembro de 2004, Portaria nº 3 de 15 de agosto de 2006, Portaria nº 6 de 28 de dezembro de 2007 e Portaria nº 3 de 21 de fevereiro de 2008 para as Unidades Federativas que menciona.

O SECRETÁRIO DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. nº 54 da Instrução Normativa nº 02, de 30 de abril de 2008,

RESOLVE:
Art. 1º Atualizar os limites máximos para a contratação de serviços vigilância, executados de forma contínua em edifícios públicos e celebrados por órgãos/entidades integrantes do Sistema de Serviços Gerais – SISG, para as Unidades Federativas relacionadas, conforme Anexo I desta Portaria, em substituição aos valores limites publicados pelas Portarias nº 7, de 17 de dezembro de 2004, Portaria nº 3 de 15 de agosto de 2006, Portaria nº 6 de 28 de dezembro de 2007 e Portaria nº 3 de 21 de fevereiro de 2008.

Art. 2º Os valores limites estabelecidos nesta Portaria consideram apenas as condições ordinárias de contratação, não incluindo necessidades excepcionais na execução do serviço que venham a representar custos adicionais para a contratação. Existindo tais condições, estas poderão ser incluídas nos preços das propostas, de modo que o seu valor final poderá ficar superior ao valor limite estabelecido. Entretanto, descontando-se o adicional, o valor proposto deve estar dentro do valor limite estabelecido, sob pena de desclassificação.

Art. 3º Os valores limites estabelecidos nesta Portaria não limitam a repactuação de preços que ocorrer durante a vigência contratual, mas apenas os preços decorrentes de nova contratação ou renovação de contrato, tendo em vista que o art. 37, inciso XXI da Constituição Federal assegura aos contratados o direito de receber pagamento mantidas as condições efetivas da proposta.

Art.4º Quando da prorrogação contratual, os contratos cujos valores estiverem acima dos limites estabelecidos nesta Portaria deverão ser renegociados para se adequarem aos novos limites, vedando-se a prorrogação de contratos cuja negociação resultar insatisfatória, devendo o órgão proceder a novo certame licitatório.

Art. 5º A repactuação poderá ser dividida em tantas parcelas quanto forem necessárias em respeito ao princípio da anualidade do reajuste dos preços da contratação, podendo ser realizada em momentos distintos para discutir a variação de custos que tenham sua anualidade resultante em datas diferenciadas, tais como os custos decorrentes da mão de obra (data do último acordo ou convenção) e os custos decorrentes dos insumos necessários à execução do serviço (data do encaminhamento das propostas).

Art. 6º A atualização dos valores limites estabelecidos nesta Portaria é uma prerrogativa discricionária da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que poderá, inclusive, reduzi-los, caso verifique que os atuais valores estão acima do valor de mercado, por qualquer motivo.

Parágrafo único. Os valores limites estabelecidos nesta Portaria são válidos independentemente da ocorrência de novos acordos dissídios ou convenções coletivas, e enquanto não forem alterados ou revogados por nova Portaria.

Art. 7º A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão poderá disponibilizar no COMPRASNET, para fins de acompanhamento, os preços praticados na prestação destes serviços, onde os órgãos e entidades integrantes do SISG deverão manter o registro atualizado dos contratos firmados.

Art. 8º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
ROGÉRIO SANTANNA DOS SANTOS
Secretário
..............................................................................................................
ANEXO I
SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA - PREÇO MENSAL DO POSTO Limite Máximo para Contratação dos Serviços
Em R$

UF - Posto 44h/semanais DIURNO - Posto 12x36h DIURNO - Posto 12x36h NOTURNO
AC - 1.870,00 - 3.470,00 - 4.000,00
AL - 1.440,00 - 2.750,00 - 3.000,00
AM - 1.820,00 - 3.390,00 - 3.670,00
AP - 1.670,00 - 3.180,00 - 3.510,00
BA - 1.520,00 - 2.830,00 - 3.300,00
CE - 1.880,00 - 3.600,00 - 3.950,00
DF - 3.080,00 - 5.630,00 - 6.160,00
ES - 1.800,00 - 3.360,00 - 4.010,00
GO - 2.100,00 - 3.990,00 - 4.380,00
MA - 1.590,00 - 2.970,00 - 3.260,00
MG - 2.250,00 - 4.360,00 - 5.370,00
MS - 1.600,00 - 3.010,00 - 3.300,00
MT - 1.720,00 - 3.270,00 - 3.740,00
PA - 2.090,00 - 3.980,00 - 4.360,00
PI - 1.730,00 - 3.320,00 - 3.940,00
PB - 1.540,00 - 2.930,00 - 3.190,00
PE - 1.830,00 - 3.460,00 - 3.730,00
PR - 2.520,00 - 4.760,00 - 5.200,00
RJ - 2.110,00 - 4.030,00 - 4.420,00
RN - 1.920,00 - 3.790,00 - 4.190,00
RO - 1.750,00 - 3.240,00 - 3.560,00
RR - 1.300,00 - 2.400,00 - 2.760,00
RS - 2.080,00 - 4.030,00 - 4.400,00
SC - 1.970,00 - 3.680,00 - 4.330,00
SE - 1.490,00 - 2.830,00 - 3.070,00
SP - 2.240,00 - 4.330,00 - 4.750,00
TO - 1.770,00 - 3.380,00 - 3.720,00
Dados do site: http://www.comprasnet.gov.br/ Legislação / Portarias

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Portaria atualiza valores limites para contratação dos serviços de vigilância.

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, publicou portaria atualizando os valores limites para a contratação dos serviços de vigilância, para ver a portaria na íntegra, acesse o sítio www.comprasnet.gov.br e clique em legislações e depois em portarias e procure pela portaria nº 4 de 18 de maio de 2009.

DECRETO QUE AUTORIZA A FAZER 30 HORAS, A VIGILÂNCIA É UM DOS SETORES BENEFICIADOS

Abaixo o decreto presidencial que dá autonomia aos dirigentes das IFES para que seus quadros possam fazer 30 horas, partindo dela muitas vigilâncias podem mudar suas escalas, é interesse de alguns mas não de outros, porém fica aqui a colaboração para socializar esta informação ao GT Segurança da FASUBRA e postagem no blog.

Na nossa Universidade, a Federal de Rio Grande, já fazemos e na Federal de Pelotas está sendo implantado.

Um forte abraço,
Rudnei Greque da Silva



Decreto 4836/03 Decreto Nº 4.836, de 9 de setembro de 2003
Altera a redação do art. do Decreto nº 1.590, de 10 de agosto de 1995, que dispõe sobre a jornada de trabalho dos servidores da Administração Pública Federal direta, das autarquias e das fundações públicas federais.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 19 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, DECRETA:

Art. 1º O art. do Decreto nº 1.590, de 10 de agosto de 1995, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 3º Quando os serviços exigirem atividades contínuas de regime de turnos ou escalas, em período igual ou superior a doze horas ininterruptas, em função de atendimento ao público ou trabalho no período noturno, é facultado ao dirigente máximo do órgão ou da entidade autorizar os servidores a cumprir jornada de trabalho de seis horas diárias e carga horária de trinta horas semanais, devendo-se, neste caso, dispensar o intervalo para refeições.

§ 1o Entende-se por período noturno aquele que ultrapassar às vinte e uma horas.

§ 2o Os dirigentes máximos dos órgãos ou entidades que autorizarem a flexibilização da jornada de trabalho a que se refere o caput deste artigo deverão determinar a afixação, nas suas dependências, em local visível e de grande circulação de usuários dos serviços, de quadro, permanentemente atualizado, com a escala nominal dos servidores que trabalharem neste regime, constando dias e horários dos seus expedientes. " (NR)

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 9 de setembro de 2003; 182º da Independência e 115º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Guido Mantega

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Preocupação com segurança universitária

TEXTO EXTRAIDO DO BLOG TEMPOS MODERNOS

O caso do professor universitário que foi agredido dentro da sala de aula repercute...

15/07/2008

Luís Gustavo de Almeida

O assunto segurança é algo que está sempre presente na vida dos brasileiros. Há cerca de um mês, alunos da UFF (Universidade Federal Fluminense) protestaram contra a inclusão do curso de graduação de Segurança Pública, alegando que a presença de policiais no campus seria um risco à democracia e à liberdade de expressão. Na verdade, não são incomuns casos de violência que chegam ao interior das instituições de ensino. Para discutir este assunto, FOLHA DIRIGIDA promoveu um debate sobre segurança, especificamente no ambiente dos campi das instituições de ensino superior. Estiveram presentes o professor e prefeito do campus da Ilha do Fundão da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Hélio de Mattos, o professor e coordenador do curso de Segurança Pública da UFF, Roberto Kant de Lima, e um dos coordenadores do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFFRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), Rodrigo Ferrerez.Entre os temas discutidos estavam medidas para se evitar a violência nos campi, esclarecimento da diferença entre violência e criminal idade, e pedidos para contratação de vigilantes e atualização destes. Confira o que os convidados têm a dizer:

Como as universidades vêm lidando com o problema da segurança pública no Rio de Janeiro. Na opinião dos senhores, esta relação está satisfatória? Rodrigo Ferrerez - Pelo que tenho acompanhado, esse problema de segurança pública nas universidades não é recente, mas está sendo tratado. A gente vê que é um problema que está surgindo aos poucos, pelo menos na Rural, e está sendo tratado com muito cuidado. A gente sabe que os recursos são destinados à segurança, mas a violência aumenta cada dia mais e isso se reflete dentro da universidade. A relação não está satisfatória, mas está sendo encaminhada. Está sendo tratada como deve ser tratada. Isso já acontece há muito tempo, mas só agora que as autoridades e universidades estão parando para pensar nisso, que a violência da área urbana está se refletindo dentro da universidade. Está acontecendo um processo de mudança de contratação na Rural e também está se montando um planejamento sobre segurança, especificamente, o que nunca foi feito. E acho que é mais ou menos por aí.

Hélio de Mattos - A universidade vem observando e tomando as ações dentro do seu âmbito. A violência não é um problema só da cidade do Rio de Janeiro, mas do estado e do país todo. Os índices de violência urbana são cada vez mais crescentes. Diminui em um delito mas aumenta no outro. Porém, a violência é um dos problemas que mais afligem a toda a população, em especial nas grandes cidades. E a universidade é atingida. Ela não é imune a isso. Somos um espaço acadêmico, aberto. Então, todo tipo de problema que tem na cidade chega ao nosso campus. Temos que tomar também medidas internas em relação a isso, sempre com a clareza de que, no nosso caso, a universidade não é uma ilha fechada, e não pode se trancar e ficar imune a esse tipo de problema. Então, assistimos, com muita preocupação, a tudo isso. Na ida e na vinda para a universidade também somos suscetíveis a esse tipo de violência. Nós analisamos a questão globalmente, não somente no âmbito da universidade.

Roberto Kant - A UFF, especificamente, tem investido em pesquisa e formação nessa área de segurança pública. Uma das questões que acho mais importantes é pensar um pouco no próprio conceito de segurança pública. No Brasil, essa palavra "pública" tem tido uma associação com estatal. Então, a segurança pública parece que é a segurança do Estado. Essa é uma questão complicada porque a segurança pública é uma segurança de todos. É uma segurança que deve ser pensada, ainda mais em um país democrático, onde o Estado não tem mais uma segurança própria contra a sociedade. Ou seja, a segurança da sociedade se confunde com a do Estado. Quanto mais segura a sociedade estiver, mais segura estão as instituições democráticas. Isso representa uma grande diferença na avaliação e na concepção do que seja segurança pública. O que se nota é que é muito difícil desconstruir essa imagem da segurança do Estado na cabeça das pessoas. E por isso mesmo é que estamos propondo um curso de graduação em Segurança Pública e Social, lá no Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, sob a perspectiva das ciências humanas e sociais, para poder exatamente socializar novos profissionais voltados para essa área de segurança pública e não necessariamente policiais. Quer dizer, pessoas que trabalhem como assessores, consultores, secretários municipais de segurança pública, etc. Hoje em dia, existe todo um mercado nisso que é ocupado apenas por policiais. De alguma maneira, temos tentado contribuir, na pesquisa e no ensino, com essa questão.Existe uma maneira de impedir ou evitar que a violência externa chegue ao campus? Como fazer isso nas instituições públicas onde costuma ser livre a circulação de pessoas?Hélio - Acredito que existe e não existe. A universidade não é imune a essa violência urbana. O próprio espaço nosso é um espaço acadêmico, de livre circulação. Tomamos medidas de inibição de alguns delitos. A UFRJ gasta, anualmente, 25% de seu orçamento, aproximadamente R$26 milhões, no item segurança. Nós gastamos R$15 milhões com vigilantes e porteiros terceirizados nos principais prédios e edifícios, fazendo um controle e saída de pessoas. À noite, quando o prédio é fechado, temos uma vigilância interna patrimonial que faz ronda interna. Isso custa muito caro. Temos, no campus da cidade universitária, seis viaturas, próprias da UFRJ, fazendo a ronda ostensiva nas principais ruas e avenidas, entre 6 e 23 horas. É um campus grande, que tem uma área que equivale mais ou menos aos bairros de Ipanema e Leblon juntos. Temos também 19 câmeras de alta resolução monitorando essas ruas e avenidas. Um sistema de monitoramento ligado a uma central de segurança, que quando alguém vê qualquer fato interessante nas câmeras, passa para as viaturas e elas fazem uma ação de inib ição. Nós temos um plano integrado de segurança onde tudo está inserido. Temos 12 vigilantes fazendo a ronda no campus. Nós temos que investir nessa área e procuramos sempre investir. E tem vindo investimento do governo federal. Nosso orçamento aumentou muito comparado ao início da gestão, mas ainda é pouco. O governo federal não tem nenhuma preocupação em abrir concurso para vigilância interna. Nossos vigilantes, daqui a uns 10 anos, vão se aposentar e não há nenhuma previsão para novas contratações. E esse é um tipo de trabalho que tem que ser feito por pessoas qualificadas. A vigilância federal é concursada. Nossos vigilantes têm 25 anos de casa e sabem lidar com os estudantes e com o público. E a vigilância terceirizada é complementar. Então, não é só o Estado que faz. Mesmo que terceirizada, faz parte da segurança pública. Ela guarnece os prédios à noite, durante o dia eles fazem controle de saída. Vários prédios nossos têm crachá de identificação. É muito importante para você fazer uma inibição desses delitos que chegam no campus. Algumas medidas que tomamos foram fundamentais para inibir. Ao colocarmos esse sistema de câmeras, ronda, 3 guaritas controlando as entradas, e fechando os principais portões, deixando somente um para poder controlar a entrada, nós zeramos delitos muito importantes, como roubo de automóveis. A ronda policial inibe o delinquente. Você é suscetível a essa violência urbana, mas não pode ficar parado, vendo nosso espaço acadêmico ser cada vez mais atingido.

Roberto - Se você pensar que o espaço público não é um espaço do Estado, que é um espaço da sociedade, você tem que pensar que nesse espaço público não se pode fazer tudo que se quer. O lugar que se pode fazer tudo que se quer é no espaço privado. O espaço público tem que ter uma relação de respeito entre as pessoas. Tem uma série de coisas que você não pode fazer porque prejudica o espaço. Esse espaço público depende que as pessoas se controlem. E para isso, elas precisam achar que é legítimo que elas se controlem. Na UFF, muitas pessoas acham que podem fazer o que bem entender no espaço público. Tem uma questão pedagógica em dizer a essas pessoas que não se pode fazer tudo que se quer no espaço público. A universidade tem e deve exercer um ensino sob seus alunos, professores e funcionários dentro dessa perspectiva, pois universalmente, todos são submetidos às mesmas regras. Essa reação ao controle precisa ser desconstruída, na medida em que todos ficariam mais confortáveis se todos obedecessem a determinadas regras concensuais. Porque também acho que cada espaço tem a sua regra. Não é uma mesma regra para todo mundo. Não se trata de obedecer à lei, mas sim às regras daquele espaço. Isso remete também a uma autonomia que a universidade tem do que pode ou não pode fazer. Que é diferente da coisa do crime, que é uma coisa da lei, que tem uma outra conotação. E aí a gente entra na fase de se pode ou não pode a violência. Algumas ocasiões podem gerar uma série de conflitos que não são necessariamente criminais e que podem redundar em crimes, mas estes conflitos podem ser administrados. O campus tem essa capacidade de administrar os conflitos que surgem no âmbito da sua circunscrição. A universidade deve desenvolver sistemas de administração entre conflitos existentes no campus. E isso pode gerar violência e desconforto para as pessoas que se sentem desprotegidas diante de certos conflitos. Isso deve ter um tratamento distinto do que se chama de crime. São políticas diferenciadas para questões diferenciadas. Essa questão do material humano, as pessoas devem estar treinadas e acostumadas para isso. As firmas brasileiras que contratam essa segurança chamada de patrimonial são muito precárias. Elas não dão uma formação para os vigilantes. Eles vão na Polícia Federal e fazem meio dia de instrução e saem todos fantasiados de vigilantes. A formação de vigilantes é fundamental para que possam reagir convenientemente a situações em que estão inseridos. Já aconteceu de terem assaltado uma agência de banco no Valonguinho e o segurança dizer que não tem nada com aquilo e um PM dizer a mesma coisa. Ninguém quis se meter na situação, o que nos dá brechas para imaginarmos coisas. Porque a gente sabe que esse sistema se entrelaça.

Rodrigo - Especificamente na Rural, a gente tem um problema de segurança muito recente. É uma universidade que está na Baixada e que está começando a refletir a violência da Baixada. É complicado porque a Rural tem um dos maiores alojamentos do Brasil de universidade federais. Então, tem um grande número de pessoas que circulam dia e noite. A questão dessa violência externa, o tipo de comportamento de alunos acaba refletindo na sociedade. A pessoa que mora na cidade em torno da universidade acha que esta é uma beleza. Ela acha que pode ir lá a hora que quiser e que ninguém se importa. É uma parte do que as pessoas que estão dentro da universidade refletem para a sociedade. A gente sabe que cada instituição tem uma especifidade diferente, tanto na questão da segurança quanto de campus. Na Rural só tem uma guarita para um campus muito grande. Então, temos várias entradas sem guarda. Isso é muito complicado. Temos um prédio na beira d a estrada Rio-São Paulo sem guarita. Ultimamente, têm acontecido muitos assaltos e estupros na região. Isso é uma situação que preocupa muito, principalmente com a criação de novos cursos. Se a situação atualmente já é complicada, imagina quando tivermos nove ou dez cursos com o Reuni. O DCE está puxando o encontro com a reitoria e a administração. Mas a administração está mudando em outubro... Então, estamos tentando pressionar para que o plano de segurança saia o mais rápido possível, porque ele prevê a contratação de novos vigilantes e o treinamento dos já existentes com 25, 30 anos de casa, que sabem lidar com estudantes. Mas ainda assim é preocupante. Eles sempre alegam que são seguranças do patrim??nio, mas os estudantes e funcionários sempre ficam meio de lado. Que patrim??nio é esse? Só o físico e estrutural? E o patrim??nio humano? Porque a universidade é feita de pessoas. Temos que parar para pensar nisso. Se a violência externa c hega ao campus, é uma falha da segurança. Falta de treinamento. Recentemente que a Rural colocou uma ronda noturna. Mas sempre tem que acontecer alguma coisa para que seja tomada uma providência.
Em algumas instituições, como a UFRJ, já cogitou-se a presença de patrulhas e quiosques da PM no campus, mas a idéia encontrou forte resistência, principalmente dos alunos. Afinal, qual é o problema em relação à polícia no campus. Ela fere realmente a democracia ou os alunos estão preocupados com outras questões, como consumo de álcool e de drogas?Roberto - Que polícia é essa que vai para o campus? A primeira questão que eu coloco é essa. Agora estamos vivendo uma série de acontecimentos que mostram que a polícia tem uma preparação e uma maneira de agir absolutamente incompatível com as formas de sociabilidade urbana e de uma sociedade democrática. A questão de ter a segurança no campus é uma. Agora colocar um policial armado que vai dar tiro quando vir qualquer conflito vai piorar a situação de segurança das pessoas. Porque elas não têm uma representação muito positiva da polícia aqui no Rio de Janeiro. Por outro lado, a população procura a polícia. Como a polícia devolve o conflito para a sociedade, essa violência civil acaba virando um crime. A polícia está sujeita a conviver no lugar onde tem tráfico de drogas e é criticada porque não apreende armas e drogas, mas isso não é função dela. Ela está ali para administrar e mediar conflitos que são apresentados. Tem pessoas que acham que a polícia é apenas para resolver crimes. Não se tem no Brasil uma formação dos policiais nem uma qualificação dessa atividade fundamental de administração de conflitos. Conter distúrbios e investigar crimes é relativo.

Rodrigo - A grande questão é essa. Que polícia que será colocada? Li uma matéria sobre a colocação de polícia militar dentro do campus da UnB. Li vários relatos dizendo que virou meio que um militarismo. Eles se aproveitam da forma que entram e começam a coibir qualquer tipo de ação, mesmo do movimento estudantil. Isso é muito complicado. Os alunos enxergam que a polícia entrando vai coibir algumas ações do movimento estudantil. Lá na Rural, recentemente, teve uma invasão da reitoria por causa do Reuni. Imagina se tivesse a Polícia Militar (PM) lá. Os alunos iam apanhar com certeza porque a gente sabe que a PM tem um histórico de coibição mesmo. É muito complicado ver essa questão de colocar a PM dentro do campus. Quanto a colocar quiosques, também não concordo. Acho que tem que colocar guarita com a segurança da universidade. Não sei se a PM em uma universidade federal é constitucional. Pelo que eu li, é constitucional a nã o-entrada de militar dentro de uma unidade federal. Lá na Rural, temos um histórico de entrada de policial no campus, quando houve um assalto ao banco Real. Mas foi diferente, pois a polícia entrou a pedido da universidade com o intuito de rastrear esses assaltantes. Essa foi uma das poucas vezes que vi entrar PM lá. Mas a presença constante da polícia no campus não funcionaria. E a maioria dos alunos não é a favor. Não é nem pela questão do consumo de álcool e drogas porque a gente sabe que isso tem em todo lugar. Não é só dentro da universidade. Hélio - Essa questão foi cogitada em outras gestões, não na atual. A reitoria se bate em relação à autonomia da universidade, porque essa expressão está intimamente ligada a ela ter a sua própria segurança. A presença da polícia dentro do campus está, historicamente, sempre ligada à extrema violência. A universidade tem um trauma muito grande. Os problemas em relação a movimentos estudantil e dos servidores e manifestações que temos na universidade são problemas internos nossos. São discutidas dentro do âmbito acadêmico da universidade. Não é necessário nem a interferência da segurança interna da universidade. No ano passado, aprovamos o nosso Reuni e em nenhum momento a nossa própria segurança esteve presente nas manifestações. Os alunos invadiram os conselhos e impediram sua realização e houve diálogo. Nós resolvemos no diálogo, academicamente. Fomos terminantemente contra a colocação de forças policiais para questões desse tipo. Sou prefeito do campus desde 2005. Me cabe, como prefeito, coordenar as ações de segurança do campus. A PM entra como uma força de apoio no combate a determinados tipos de crimes. Mas 70% de nossos alunos estão na cidade universitária. Na Praia Vermelha ou no Centro da cidade, a PM é proibida de entrar nos prédios. A não ser que ela prenda algum bandido para levá-lo algemado par a a delegacia. Ou se alguém for assaltado lá, ela entra para fazer a ocorrência. Fora isso, não há motivo. Nosso alunos pedem constantemente policiamento no entorno dos prédios para inibir assaltos e furtos que ocorrem nesse entorno. Na ilha da cidade universitária, a PM é importante. Nós temos 25 mil veículos no campus. Freq??entemente temos acidentes. É ela a responsável pelas ocorrências. Se uma agência bancária é assaltada, e nós só tivemos um assalto nos últimos quatro anos, cabe à PM ir lá fazer a ocorrência e perseguir os bandidos, se for necessários. É papel dela fazer isso. Até pouco tempo, nós tínhamos 2 viaturas da PM ajudando a fazer a ronda dentro do campus. É importante, junto conosco, inibir assaltos nos pontos de ??nibus, furto e roubo de automóveis. Nós tivemos um "boom" de fluxo de automóveis em 2005. Graças a uma ação da nossa segurança, junto da PM, prendemos uma quadrilha que furtava 100 veículos. São ações típicas e atribuições dessas polícias. Diferente de você criminalizar os movimentos sociais. Há uma onda de criminalização de movimentos sociais e isso não deve acontecer. Cabe aos dirigentes dar apoio às livres manifestações de movimentos sociais. O batalhão que estava previsto para ficar dentro da Ilha do Fundão ficou na Linha Vermelha. A comunidade não vê com bons olhos.
Estudantes e sindicalistas afirmam que a polícia não pode entrar no campus. Alguns dizem que somente a Polícia Federal teria esta autoridade. Quem está certo? A polícia pode ou não atuar dentro do campus universitário? Rodrigo - Tenho ouvido as opiniões dos estudantes da Rural, que não acham positiva a entrada da polícia no campus. Algumas pessoas dizem que só a Polícia Federal (PF) pode entrar por que isso já está no estatuto não só da universidade, mas acho que também na Constituição Federal. E isso passaria por cima de uma coisa que já foi decidida. Ao ver dos estudantes, achamos que a PM e a Civil só devem entrar em caso de necessidade, como o professor Hélio exemplificou. Quando há necessidade a polícia deve entrar sim, pois o efetivo da guarda nem sempre é suficiente para coibir algumas ações. Dentro da universidade, quando precisamos da ação da PM ou Civil é por conta de atos vindos da cidade de Serop? ?dica. Às vezes é uma pessoa moradora da cidade ou um criminoso que invade a Rural. Neste caso, as ações são necessárias.

Hélio - A polícia pode e deve entrar no campus, depois de analisadas as situações. Para a PF, por exemplo, é dada a ela a permissão em relação a qualquer furto ou dano ao patrim??nio, pois é papel constitucional da PF averiguar nestes casos. Como dirigente, se tenho uma unidade do campus que é roubada ou furtada, é minha obrigação abrir imediatamente uma sindicância, fazer um registro na PF e, se um membro do meu corpo social, um estudante, um professor ou um técnico, têm o veículo roubado, como dirigente tenho a obrigação de chamar a polícia para fazer a ocorrência. Temos que constitucionalizar aonde a polícia entra. Não se pode confundir isso com a criminalização do movimento social. A polícia deve entrar no campus sob monitoramento da sua autoridade, o dirigente que chama a polícia para coibir o movimento social deve responder a isso politicamente, pois está ferindo a autonomia. A universidade não tem o papel de fazer registro de ocorrência de furto de automóvel, a PF tem a obrigação de abrir inquérito de fatos que tenham causado danos ao patrimônio. Esses são papéis que não podemos confundir. Não há esse problema: se a polícia pode ou não entrar. Não vejo nenhum problema dela estar presente para poder fazer essas ações que são constitucionais. Mas não é atribuição dela fazer a criminalização e repressão de movimentos sociais.

Roberto - Quando propusemos o curso de Segurança Pública, teve uma série de colegas e alunos que protestaram. Primeiro confundiram segurança pública com polícia, que não tem nada a ver. O curso não é para polícia, é para formar pessoas que a polícia não forma. Não forma nas academias de PM nem nas de Polícia Civil ninguém preparado para lidar com segurança pública. Segundo lugar: quando você abre um curso para a universidade, você não pode impedir que policiais, individualmente, se candidatem, passem no vestibular e entrem. Aliás, há muitos. Em vários cursos, há muitas pessoas cujo emprego é policial, onde o curso vale para a profissão dele. E a universidade está aí para aperfeiçoar as pessoas, sejam elas quem for. Pode até o cara estar preso. Acho que se ele puder fazer um curso superior, é uma coisa que contribui para a sociedade como um todo. Então, acho que nesse assunto há muito preconceito. Isso que o professor Hélio falou é correto. Acontece lá na UFF também: tivemos muitos furtos de computadores no IFCS, ICHF e IACS e está rolando um inquérito da PF. Temos problema de furto de automóveis, assalto a agências bancárias, etc. Se você tiver uma agência dentro do campus, é lógico que ela corre o risco de ser assaltada. Tem que chamar a polícia para resolver isso. Não pode ser um particular que vai dar conta dessas questões. Outra coisa é que não se pode criminalizar nenhum movimento social. Isso é um absurdo. Portanto, a polícia jamais pode entrar no campus para tratar desses assuntos.

A contratação de vigilantes e seguranças patrimoniais pode inibir a ação de criminosos? Sabe-se que as universidades possuem um déficit de seguranças. Como equacionar esta questão?

Hélio - Infelizmente, devido ao aumento da criminalidade, recursos que deveriam estar sendo aplicados em atividade strictu-sensu acadêmica, como melhoria da sala de aula, são aplicados em segurança. No caso da UFRJ, nós gastamos 25% do nosso orçamento e temos que fazer. É fundamental contratar vigilância patrimonial. São os porteiros e os vigilantes que guarnecem, durante o dia e à noite, os principais prédios e edifícios da universidade. No caso da UFRJ, nós pedimos ao governo federal, ao Ministério do Planejamento e de Desenvolvimento, a abertura de 100 vagas para vigilantes em 2005 e até hoje não tivemos resposta. A política do governo é de não abrir concurso nessa área. Quer dizer, ter um efetivo federal é muito importante. Há prédios aqui que têm equipamentos de R$6 milhões. Outros têm mais de R$200 milhões. É muito importante fazer uma vigilância naquele equipamento e das pessoas também. É necessário que o governo federal aloque recursos com rubricas específicas para que isso seja feito e bem feito. Um rigor maior às licitações para se contratar vigilantes, um treinamento, que ele tenha um curso de porte de armas. Todos os nossos vigilantes federais usam armas dentro do campus. Nos últimos cinco anos, nós tivemos zero de ocorrência em casos de mal uso da arma. Não tivemos nenhum tiro disparado. Isso mostra que eles são profissionais bem treinados. Procuramos dar um curso anualmente para eles. Quer dizer, toda filosofia nossa é baseada na inibição do delito. Dentro de dez anos, esse efetivo vai desaparecer se o governo federal não abrir concursos.

E quem vai fazer este controle? Por isso é importante abrir concurso para esse setor.

Roberto - A segurança privada tem que ser bem preparada e bem treinada. O contrato também deve ser bem feito. Na UFF, quando houve o assalto aos prédios, o segurança que fica na portaria disse que não sabia de nada. Que o negócio dele é fazer segurança do prédio e não do que está dentro. Quer dizer, se eu meter uma picareta no prédio ele vai dizer que não posso, mas se eu carregar tudo que estiver dentro do prédio ele não tem nada a ver com isso. Isso é um contrato mal feito. Tem que olhar os contratos e o preparo das pessoas que estão lá. Tem uma outra coisa também: se esses vigilantes particulares usam armas ou não. Diz no contrato que eles não usam, mas se você olha eles estão armados. Ele tem preparo para usar uma arma? Inclusive porque tem estudantes, professores e funcionários ali. Este indivíduo não pode usar arma para atacá-los.

Deveria haver uma segurança própria da universidade, especializada nessa segurança universitária.

Rodrigo - Acho fundamental a contratação de vigilantes porque a gente sabe que o efetivo é pequeno. Em contrapartida, o governo não abre concurso para esse setor. Então, o governo acha que a contratação por terceirização é mais viável para eles economicamente. Isso é uma questão muito complicada, porque a gente vê cada vez mais vigilantes que já têm um bom tempo de serviço se aposentando - e eles não são repostos. E não adianta ter um efetivo terceirizado que não sabe portar uma arma ou lidar com o aluno. É preciso ter treinamento adequado. Então, é preciso terceirizar o serviço, mas com qualidade. Na hora que a universidade for contratar a empresa, ela deve exigir que eles sejam treinados. Acho que essa é uma das formas de inibir a ação dos criminosos, mas não é a única.

Muitos pais temem pela segurança dos seus filhos em campi de universidades públicas, como no Fundão e na Rural e, por vezes, preferem até pagar a mensalidade em outra universidade. Temem que esse fator venha a comprometer algumas universidades públicas? Em alguns casos, o estudo nesses locais está se tornando, de fato, inviável?Roberto - Tem uma diferença entre o que as pessoas acham que é segurança e o sentimento de segurança. Como os campi da UFF são urbanos e fragmentados, não temos essa coisa de grande extensão. Lá é muito mais fácil ter um controle sobre essas questões, embora noticiem, tanto do entorno quanto dentro do campus, casos de agressões, estupros, roubos... Você tem que manter a autonomia universitária e controlar o que acontece no campus, mas, ao mesmo tempo, tem que dar liberdade aos estudantes, professores e funcionários para circularem e exercerem suas atividades. Então, você não pode ter uma se gurança absoluta em lugar nenhum, pois a segurança absoluta é a segurança totalitária, aquela que está em todo lugar, com câmeras vigiando todo mundo o tempo todo, o que muitas faculdades particulares fazem. Tem câmeras até na sala de aula para vigiar o professor, o que ele está dizendo, o que é um absurdo. Então, o cliente da universidade pública tem que optar se ele vai socializar seu filho em um ambiente aberto, democrático, universalista, onde, evidentemente, existe perigo, como existe em qualquer lugar. A universidade está situada dentro da sociedade. Ela não é uma ilha. O que não pode é ter mais perigo dentro da universidade do que fora. Aí seria um absurdo. A câmera foi feita para inibir, não espionar. São dois usos completamente diferentes. Acho que essa coisa de universidade pública ou privada em termos de segurança é só uma questão de opção. O sentimento de insegurança não deve ser confundido com segurança propriamente dita.

Rodrigo - Essa questão é uma coisa que foi meio estereotipada. A sociedade acha que as universidades públicas têm a imagem de um cara vai entrar lá e começar a fumar e depois vai se perder. É mais um dos preconceitos da sociedade. Na verdade, é um preconceito um pouco mascarado. Não só na questão da segurança, mas em várias coisas. Na Rural, a questão de segurança pública é muito complicada. Além de ser distante, é um campus muito grande e mal iluminado. É um campus com déficit total na segurança. Só temos uma guarita com entrada de carros, mas temos outros acessos sem guarita que você entra de moto, bicicleta e à pé. Então, tem ali uma vulnerabilidade tremenda. Não se sabe quem está saindo ou está entrando. Um rapaz foi assaltado dentro do campus à mão armada e de capuz. A guarda só ficou sabendo disso dois dias depois e aí foi tomar providência.

Hélio - Não concordo que os pais temem em colocar seus filhos nas universidades públicas. Realmente alguns pais temem, vamos dizer assim. E alguns, quando têm condições, mandam seus filhos para o exterior. Todo pai sonha com seu filho na universidade pública. Ela é procurada não porque é gratuita, mas pela sua excelência. O sonho de todo pai é ver seu filho fazendo Medicina, Direito ou Engenharia na UFRJ ou na UFF e Agronomia na Rural. E o sonho de todo filho também. Haja vista a procura por nossos cursos. A relação candidato/vaga aumenta cada vez. Então, os alunos procuram, sim, as universidade públicas. Os pais temem pela violência na cidade, e também no campus. O campus é suscetível ao que acontece na cidade. A gente teme não é somente no campus, é na ida e vinda para casa. Esse é o principal terror, não do espaço das universidades. Elas estão fazendo seu papel com muitas dificuldades. Todas as ações que a UFRJ têm feito n a área de segurança são para inibir o delito e tentar aumentar a sensação de segurança para aqueles que frequentam o campus. Nós não temos nenhuma ilusão de que vamos acabar com a violência no campus, que não é uma ilha. Alguns pais são privilegiados e podem se dar ao luxo de pagar uma mensalidade para seu filho fazer sua graduação fora do país, mas a grande maioria fica pela sua qualidade. Também há uma campanha da mídia sobre nós. No nosso entorno, lá na cidade universitária do Fundão, temos oito universidades particulares. A segurança para aqueles alunos não é muito diferente da nossa. Eles são assaltados na Linha Vermelha igualmente aos nossos, mas a mídia joga pesado em cima das dificuldades que temos na universidade pública. Quando um aluno é assaltado dentro do campus, aquilo vira uma tragédia, vai a todos os meios de comunicação.

Há necessidade da criação de um cargo específico de segurança para ambientes de instituições de ensino? Qual deve ser o perfil deste profissional?

Rodrigo - Esse curso de Segurança Pública deveria ser ampliado para as outras universidades. Tudo bem que vai abrir na UFF. Mas, por exemplo, um homem que vá trabalhar na Rural tem que fazer o curso na UFF. O papel da universidade é procurar fomentar a criação desse novo curso.
Hélio - É importante o governo federal abrir vagas para isso. O perfil tem que ter concurso público e ser de nível superior. É importante o surgimento de cursos de segurança pública com esse perfil. É uma segurança diferenciada. Assim, como mudou o perfil da segurança dos estádios de futebol, aqui no Rio de Janeiro, criando a polícia de estádios, é necessário que tenhamos agentes treinados para as universidades.

Roberto - O segurança tem que saber o que é a universidade e o que tem dentro dela. Não é qualquer pessoa que saberá disso. É um campo profissional específico e um respeito à instituição que ele está protegendo. Em relação ao perfil, concordo com o Hélio. Por isso que estamos querendo criar um curso, para poder formar um profissional que seja apto a participar dessas oportunidades de ocupação que vão surgindo no mercado.

Como a universidade pode contribuir para as discussões sobre violência e segurança?

Hélio - A universidade produz ensino, saber e é por natureza uma academia. É muito importante a universidade não fugir dessa discussão. O professor Kant deu uma contribuição grande mostrando o que é segurança pública, que não é uma questão meramente de Estado, mas do coletivo, público. Não uma segurança voltada pelo enfrentamento e criminalização do movimento social. Com seus dados e sua pesquisa, colocando o dedo na ferida no lado social e direitos humanos, mostrando as desigualdades sociais, podemos montar cursos de graduação. A universidade é a casa do saber. É a casa da excelência. Por si só, ela tem a tolerância do debate. Nós temos que ter a tolerância entre nós para debater para produzir o conhecimento e o saber. Essa é a contribuição. Ela não combate a criminalidade nem vai terminar com ela. A universidade não é o Estado nem o substitui. Mas tem essa contribuição para as políticas públicas de segurança, o que é muito importante. O Estado tem que ter políticas públicas de segurança e não somente o combate ao crime. Política pública de segurança não é combater o crime organizado. É completamente diferente.

Roberto - Tem mais uma coisa muito importante, que é a observação da prática. No Brasil, essas questões de segurança pública, primeiro, erradamente estão associadas à polícia, e segundo, o próprio nome, com essa associação errada, está falando da polícia. A justiça criminal é outra coisa. Em outros países, isso é um sistema, e aqui não é. Cada uma das corporações defende um pedaço particularizado da sua responsabilidade nisso e culpa as demais pela ineficiência. Então, você não consegue nunca estabelecer responsabilidades coletivas nessa área e avaliar o funcionamento do sistema porque cada corporação diz estar fazendo sua parte. A universidade também serve como um fórum de discussão dessas diferentes corporações que têm que se entender para que esse sistema possa funcionar. A universidade não vai fazer esse sistema, mas vai contribuir para que se encontrem saídas. A universidade, além da pesquisa, ensino e extensão , também serve como fórum de discussão, incorporando a sociedade, trazendo o movimento social para discutir uma segurança que seja realmente universalista, na medida do possível, porque todos nós sabemos que as desigualdades sociais não serão resolvidas também pela universidade.

Rodrigo - No caso da Rural, os debates que começamos sobre violência foram muito ricos, porque trouxeram a comunidade do entorno, as polícias, militar e civil, e algumas pessoas da segurança pública do estado do Rio. A gente começou a fomentar um debate também para a conscientizaçã o. Muitas pessoas não têm consciência da violência pelo fato de ser uma coisa recente, algo que está sendo jogado agora para discussão. Assim, muitas pessoas saem sozinhas à noite, andam por locais escuros, sem documento. Uma questão é tentar conscientizar as pessoas através de um fórum de discussão permanente dentro da universidade. Ali você vai implantando o sistema de segurança e vai vendo qual o resultado do plano: se está sendo satisfatório, qual foi o erro, se tem como voltar atrás, quais são as medidas que estão sendo tomadas. Esclarecer isso para a comunidade acadêmica e para a comunidade ao redor. O trabalho integrado da polícia é uma coisa muito legal de se fazer. Na Rural, começamos a fomentar esse debate, mas a conscientização ainda é muito pequena. A gente percebe que as pessoas continuam andando por lugares que não deveriam e sozinhas. Quer dizer, as pessoas não têm muita consciência do perigo, pelo fato de não ter esse histórico na Rural. A única coisa que a gente vê de segurança pública informando os alunos é uma notinha no jornal que circula lá durante a semana, dizendo "ande com seu documento", "evite locais escuros". Quer dizer, uma notinha bem pequena no jornal da universidade é uma coisa muito simplória. Esse debate tem que ser divulgado para as pessoas poderem participar e as informações sobre segurança serem repassadas. Tem que juntar os três segmentos da universidade e a comunidade e tentar levar isso para fora do campus. Porque as pessoas da comunidade estão dentro da universidade e nós também estamos dentro da comunidade. Tem que ter essa troca para que essa questão se ja bem discutida. Não adianta ficar discutindo se a gente não tem nenhuma ação efetiva, nenhum resultado.

fonte: Folha Dirigida