sábado, 12 de março de 2011

Alunas e professora são assaltadas dentro de sala de aula na Ufal

10/03/2011 Redação

Em menos de 24 horas, o campus da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em Maceió, registrou o segundo caso de violência. Na manhã desta quinta-feira (10), quatro alunas e uma professora do curso de pedagogia foram assaltadas dentro da sala da aula, no Centro de Educação. O caso ocorreu um dia após duas ossadas serem achadas do Campus.
Segundo uma das alunas assaltadas, que não quis se identificar, o homem que atacou estava só, armado e aparentava ser jovem e com sinais de nervosismo. Ela conta que, antes do assalto, o bandido – que chegou de bicicleta - estava no bebedouro do centro e, ao perceber a redução de número de alunos na sala de aula, invadiu o local e permaneceu por 10 minutos, assaltando todos os presentes. “Houve um pouco de agressão, já que uma das colegas ficou o braço vermelho. Ele ainda queria esperar os outros alunos chegarem para assaltá-los e nos ameaçou de morte”, disse.
Segundo o gerente de serviços gerais da Ufal, Elias Barbosa, o assalto desta quinta-feira é “absurdo” e “chama atenção pela ousadia”. “Nós tivemos dificuldades em agir nesse caso porque o assaltante coagiu as vítimas, e o assalto só foi informada à segurança da Universidade 30 minutos depois”, afirmou.
Segundo ele, o problema da Ufal é que a vulnerabilidade do campus ocorre por conta da falta de estrutura das comunidades vizinhas à Ufal. Para ele, o Campus é mais uma vítima da violência. “Não adianta erguer muros que a população os derruba para passar por dentro do Campus, em busca dessa segurança. O ideal era que todos os que entrassem na universidade se identificassem, mas infelizmente não é possível. O que falta é que a prefeitura cumpra sua parte e asfalte as duas ruas por trás da Ufal, para que possamos pôr em prática o nosso plano de segurança integrada”, informou.
De acordo com Marcelo Albuquerque, responsável pela empresa que faz segurança do Campus, o efetivo de 130 vigilantes é suficiente e não será ampliado. “O efetivo é o ideal para a área do Campus. O problema é que temos que ter atenção não só com os estudante, mas com pessoas de comunidades vizinhas”, afirmou.
Ossadas
Na quarta-feira à tarde, duas ossadas foram encontradas dentro do Campus. Segundo a Polícia Civil, elas são dos corpos de Luana Oliveira Marques, 15, e Fabiana Oliveira Marques, 19, que estavam desaparecidas há 26 dias.

Por conta dos casos de violência, estudantes afirmaram que vão realizar um ato público de protesto contra a falta de segurança no Campus, na próxima segunda-feira (14).
Enviado por: Noelma Sandra / UFAL

2 comentários:

  1. “ABSURDO chama a atenção pela “OUSADIA” isso foi o que disse o Gerente de Serviços Gerais, por acaso ele nunca ouviu falar de assaltos a delegacias e invasões de quartéis do exército, isso sim que é absurdo e ousadia, entrar em uma universidade e assaltar acadêmicos e servidores é simples. O crime está organizado, e muito bem. Cabe aos gestores de segurança, e estes sim, com conhecimento e técnica, promover uma situação menos tensa dentro dos campi das universidades brasileiras. Infelizmente quem sempre toma as decisões não é a pessoa que tem o conhecimento e pior nem sempre quer ouvir quem entende do assunto. Não conheço a UFAL, mas ter um efetivo de 130 homens na segurança e dizer que a população derruba os muros e a segurança não consegue evitar isso, para mim é falta de planejamento ou estes 130 homens que fazem a segurança são terceirizados? Não que eu queira dizer que os vigilantes das empresas terceirizadas não saibam trabalhar, mas em uma universidade a coisa extrapola o simples cuidar de prédios.

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  2. Concordo plenamente com você Alcântara, e mais ainda, Este senhor usa desse argumento para esquivar-se de sua responsabilidade. A grande verdade é que não conhece nada de planejamento estratégico em segurança.

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