sexta-feira, 27 de maio de 2011

MPF quer saber se há segurança efetiva no Campus da Universidade Federal do Acre


MPF instaura procedimento administrativo para averiguar a qualidade e a eficácia da segurança institucional da UFAC. Medida do procurador da República Ricardo Gralha Massia leva em conta, entre outras coisas, a segurança como um direito social dos cidadãos', afirma post no Twitter da instituição.

Oriobranco - A vice-coordenadora do curso de enfermagem da Universidade Federal do Acre Crisângela Santos, desmentiu na tarde desta sexta feira (20/05) o suposto crime de estupro ocorrido no fim da tarde de ontem (19/05) no campus da Ufac.

Crisângela teria estado com a suposta vítima ainda na manhã de hoje que relatou o que realmente aconteceu. A acadêmica que não teve seu nome divulgado, teria afirmado que estava em um ponto de ônibus do campus quando um homem a abordou e a levou para um local escondido e escuro utilizando um objeto que a mesma não conseguiu identificar. Em prantos e sob a ameaça de estupro, a jovem foi obrigada a entregar seus objetos pessoais e dinheiro.

Após o assalto e apavorada, a aluna teria se dirigido a um banheiro onde foi amparada por outras alunas. Tudo não teria passado de um susto.

Testemunhas

Embora a Universidade tenha negado o crime de estupro, alunos garantem ter testemunhado o momento em que a suposta vítima estaria sendo socorrida por colegas. Muitos ainda afirmaram ter visto a moça ensangüentada e dizem acreditar que a atitude da universidade em negar o ocorrido, é uma tentativa de "abafar" o caso.

Protesto

Depois da divulgação do ocorrido, mais de mil estudantes de diversos cursos da Universidade se reuniram na manhã desta sexta feira (20/05) em protesto contra as péssimas condições de infra-estrutura e segurança na universidade. Os estudantes caminharam por todas as salas convidando os demais alunos a participarem do ato. A manifestação percorreu todo o campus até a sala da reitoria onde foi realizada uma reunião com a presença da reitora Olinda Batista.

"Queremos prioritariamente segurança, mas o protesto também é contra as condições de estudo e de infraestrutura na UFAC". Afirmou Victor Vieira, acadêmico do 7º período de Sistemas de Informação, um dos representantes do movimento.

Falhas

Em entrevista a TV Rio Branco, a reitora da Universidade Olinda Batista Assmar admitiu as péssimas condições de infra-estrutura e segurança no campus. Segundo ela, a universidade não tem condições de garantir a segurança dos alunos no campus, pois faltam recursos para suprir tal necessidade.

A prefeita do Campus por sua vez, afirma que existem cerca de 30 agentes de segurança que se revezam diuturnamente. Porém, a universidade não tem condições financeiras para contratar agentes qualificados nem tampouco terceirizar o serviço de patrulhamento, visto que os agentes disponíveis são em maioria, homens de mais de 50 anos de idade e que não dispõem de ferramentas adequadas de proteção como armas ou afins. "É muito fácil dizer: a segurança não funciona, mas temos que ter dinheiro pra isso, nós não temos condições de dar mais segurança." Afirmou a prefeita

Fonte: Oestadodoacre.com 
Enviado por: Mozarte - UFRGS

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