quinta-feira, 19 de maio de 2011

Projeto de segurança da FEA-USP estará completo até agosto, diz diretor

Reinaldo Guerreiro diz que falha em segurança é conhecida e medidas estão sendo tomadas. Ontem, estudante morreu assassinado.
Carol Garcia, iG São Paulo

O diretor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Reinaldo Guerreiro, afirmou nesta quinta-feira que já é conhecida a falha da segurança da universidade e que providências estão sendo tomadas desde o início deste ano. Na noite de quarta-feira, o estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, foi morto com um tiro na cabeça no estacionamento do campus Butantã, na zona oeste da capital paulista.

Guerreiro afirma em entrevista ao iG que todo o projeto de segurança para a principal unidade do edifício da FEA conta com várias etapas de implantação. A primeira estapa foi concluída este mês com a instalação de mais de 150 câmeras de vigilância em corredores e salas de aula.

Guerreiro reconhece, no entanto, que tais câmeras não auxiliam o aluno na parte mais perigosa do dia, o retorno pra casa. "Além das câmeras, até o final de agosto, teremos fortalecido a iluminação externa até os estacionamentos. A iluminação atual não tem sido suficiente diante do grande número de árvores no campus."

Outra etapa do projeto é a implantação de catracas nas unidades que atendem mais de 3.500 alunos. Para Guerreiro, tal medida seria de extrema importância para gerenciar a circulação de pessoas no local.

"Hoje em qualquer prédio comercial tem esse tipo de segurança, nada mais justo criarmos o nosso tão rígido quanto (esse)."
Segundo o diretor, a reitoria da universidade tem direcionado forças para a segurança, como a criação de uma coordenadoria especilizada e a discussão da eficiência da guarda universitária, que atualmente é responsável pela segurança patrimonial da instituição.

"Estamos com um modelo de segurança que precisa ser revisto. Precisamos entender que estamos tratando de uma cidade que não tem polícia", defende. Sem rodeios, o diretor se posiciona favoravelmente à ideia de que a PolÍcia Militar se responsabilize pela segurança da universidade.

"Quem tem poder de prender e atuar é a Policia Militar. Não adianta inventar uma força que não tenha poder nenhum. A guarda universitária é um meio de suprir, mas ela não tem condições de fazer mais que isso, nem arma ela tem", conclui.

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