sábado, 2 de julho de 2011

Bando inseriu 29 servidores fantasmas na folha de pagamento da Secretaria Estadual de Saúde

Rio - Operação Saldo Zero da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança prendeu ontem 23 pessoas acusadas de fraude na Secretaria Estadual de Saúde. A quadrilha inseriu pelo menos 29 servidores fantasmas na folha de pagamento e deu um prejuízo de R$ 220 mil em apenas três meses, de fevereiro a abril deste ano. Ao todo, 31 foram indiciados e mais 13 são investigados, entre eles, outra funcionária terceirizada da secretaria.

A líder da quadrilha é Giovana Santos, funcionária terceirizada do setor de Recursos Humanos da secretaria e já presa. Ela é acusada de incluir na folha de pagamento pessoas que nunca trabalharam lá para receber R$ 1.365 por mês. Os servidores fantasmas são amigos e vizinhos, 10 deles de uma mesma família. Giovana aproveitava para acrescentar os fantasmas quando tinha que inserir os dados de candidatos que verdadeiramente passaram em concursos públicos.

Todos sabiam da fraude e abriram contas para receber o salário com documentos verdadeiros, o que facilitou o rastreamento dos envolvidos.

Marido de Giovana, Alexandre Augusto de Moura, também foi preso. Segundo a polícia, na conta dele eram depositados três salários. Dos R$ 1.365, R$ 800 eram dados à líder e o restante ficava com o falso funcionário.

Pena para acusados pode chegar a 12 anos de prisão

A fraude foi descoberta a partir do controle dos profissionais recém-admitidos em concurso. Um funcionário do Hospital Adão Pereira Nunes, em Caxias, denunciou que lá havia duas pessoas que jamais apareciam para trabalhar.

O bando cadastrava os fantasmas como médicos, assistentes sociais e técnicos de enfermagem. Após auditoria, a Superintendência de RH da secretaria denunciou o caso à polícia.

O grupo foi indiciado por inserção de dados falsos, peculato e formação de quadrilha. Somadas, as penas chegam a 12 anos de prisão. As investigações tiveram o apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e Núcleo de Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil. Delegado da Draco, Alexandre Capote vai fazer o levantamento de bens do grupo para que o dinheiro seja devolvido.

Estado investe em segurança

A Secretaria Estadual de Saúde informa que desenvolve mecanismo para evitar novas fraudes. A funcionária terceirizada será desligada e tinha senha porque trabalhava no setor de pagamento. Para prevenir golpes, a folha de presença é confrontada com a de pagamento.

Reportagens de Felipe Freire, Marcello Victor e Maria Inez Magalhães
FONTE: O Dia

2 comentários:

  1. Mas porque uma matéria que não envolve nem vigilantes, nem seguranças, nem servidores públicos federais aqui no blog?

    Porque envolve terceirizados realizando serviços que deveriam ser feitos por servidores públicos.

    Aqui na UFU vários terceirizados que foram contratados para realizar função de recepcionista, foram transferidos para trabalharem como secretárias, realizando inclusive compras pelo SIE da Universidade, com senhas e tudo mais.

    A terceirização no serviço público tem que acabar urgentemente. É claro que essa mulher que realizava as fraldes não tinha medo, por que deveria? ela não acreditava que seria pega e além disso ela não tinha vínculo nenhum com a instituição que a empregava, poderia ser demitida ou se demitir a qualquer momento. Só o que importava para ela era o "hoje".

    Por isso, Concurso público urgente, principalmente para quem atua na área de segurança.

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  2. Realmente, Wesley, isso é uma vergonha, quando será que os governos vão enxergar isso, pessoas sem comprometimento algum com o serviço público atuando em postos estratégicos.

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