terça-feira, 8 de novembro de 2011

Polícia reduz valor da fiança para alunos detidos na USP

PM esvazia Reitoria da USP e 70 alunos são detidos
Após a desocupação da Reitoria da Universidade de São Paulo (USP), 70 estudantes (46 homens e 24 mulheres) foram levados em ônibus da Polícia Militar para o 91º Distrito Policial (Ceasa), na zona oeste da cidade. Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, todos deverão responder por desobediência por não terem cumprido a ordem judicial de abandonar o prédio até às 23 horas de ontem. Além disso, se a perícia no prédio comprovar danos, eles responderão pelo crime de dano ao patrimônio público.

Todos os alunos foram revistados dentro do prédio e serão fichados na delegacia pela Polícia Civil. A saída foi feita com um aluno por vez, para evitar tumulto. A ação de reintegração teve início às 5h10. Dois helicópteros sobrevoaram a região e 400 policiais da Tropa de Choque da PM realizaram o cerco por terra. Um grupo de estudantes realizou protesto, com palavras de ordem contra ação da PM, em frente ao prédio, mas não foram registrados confrontos.
A Tropa de Choque da PM desocupa o prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), na Cidade Universitária, nesta terça-feira (08). Os estudantes que foram contidos embarcaram em um ônibus da Polícia Militar e foram levados para o 93º Distrito Policial, do Jaguaré. Todos foram revistados dentro do prédio e serão fichados na delegacia pela Polícia Civil, podendo responder por depredação do patrimônio público e resistência. A saída foi feita com um aluno por vez, para evitar tumulto. A ação de reintegração teve início às 5h10.
FONTE: Estadão


Polícia reduz valor da fiança para alunos detidos na USP

A fiança arbitrada aos estudantes que foram detidos durante a reintegração de posse da reitoria da USP, nesta terça-feira (8), foi reduzida de R$ 1.050 para R$ 545, segundo o delegado Edvaldo Faria, da central de flagrantes que funciona no 91º DP (Ceasa). Os invasores do prédio foram autuados em flagrante por crime ambiental, desobediência a ordem judicial e dano ao patrimônio público. A polícia ainda apura a possibilidade de indiciá-los por formação de quadrilha.

“Mais de três pessoas se juntaram para depredar as viaturas da polícia. Isso é formação de quadrilha”, disse o delegado Dejair Rodrigues.

Os 73 estudantes detidos - inicialmente a polícia informou que eram 70 - foram levados em ônibus da Polícia Militar para o 91º Distrito Policial. Todos os alunos foram revistados dentro do prédio. A saída foi feita com um aluno por vez, para evitar tumulto. Advogados do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da USP estão 91º DP, mas disseram que ainda não representam os alunos da universidade. Muitos pais e advogados já chegaram à delegacia.

A ação de reintegração teve início às 5h10. Dois helicópteros sobrevoaram a rezgião e 400 policiais da Tropa de Choque da PM realizaram o cerco por terra. Um grupo de estudantes realizou protesto, com palavras de ordem contra ação da PM, em frente ao prédio, mas não foram registrados confrontos. 

Os policiais encontraram no prédio da reitoria paredes pichadas, portas arrombadas, câmeras de segurança quebradas e mais sete garrafas de coquetel molotov, seis caixas de morteiros e um galão de gasolina. Com a chegada da polícia, os estudantes também deixaram para trás muito lixo, colchões e colchonetes, mochilas, garrafas de bebida alcoólica e até documentos.

Revogação de convênio
Os estudantes devem protocolar ainda nesta terça-feira (8) um ofício pedindo a revogação imediata do convênio USP/PM e a implantação de medidas de curto e médio prazos de segurança nos campi. No mesmo ofício, será requisitada a presença do reitor João Grandino Rodas na audiência pública convocada pelo DCE para o dia 16, quando devem ser debatidas as medidas de segurança tomadas pela Reitoria e as propostas do movimento estudantil.

"Não é de hoje que temos propostas para um outro plano de segurança dos campi da USP: aumento da circulação de pessoas e integração da universidade com a sociedade (contra a "catracalização"), maior iluminação, aumento dos ônibus circulares, uma Guarda Universitária preventiva, gerenciada pela comunidade, com treinamento voltado para os Direitos Humanos e aumento do seu efetivo, principalmente feminino", disse o DCE da USP em comunicado.

*Com agências de notícias

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