quarta-feira, 22 de junho de 2016

Violência nos campi da UFC

17 de junho de 2016


A insegurança nas imediações e na área interna nos campi da Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza, já se tornou algo comum na rotina diária de estudantes e funcionários da instituição. Depois de uma estudante do curso XII de Maio (cursinho preparatório ao Enem coordenado por estudantes da Faculdade de Medicina) sofrer uma tentativa de estupro dentro do campus do Porangabuçu, alunos, pais e vendedores ambulantes denunciam a insegurança dentro das instituições.

Em entrevista ao programa Barra Pesada, da TV Jangadeiro/SBT, a mãe de um aluno da UFC de Porangabuçu disse que o medo é constante. “A segurança aqui é uma decepção. Aqui a lei não funciona. Quando acabam as aulas, os alunos saem correndo pra entrar no ônibus com medo da insegurança daqui. Eu estou ficando doente. Se meu filho sair de casa e esquecer o celular, eu vou até aonde ele estiver só pra entregar o celular pra ele poder me dar notícia”, conta uma mãe.

Mas não são apenas pais que vão buscar e acompanhar seus filhos na instituição por medo. Parentes e até namorados se revezam para buscar alunos que ficam até tarde na universidade.

“Quase todas as noites eu venho pra dar um apoio da segurança da minha namorada. Eu nunca fui vítima, mas já escutei que alunos já foram assaltados por falta de segurança na universidade. Aqui, transita quem quer. Pode entrar pessoas desconhecidas e fazer o que quiser. A segurança que tem aqui, na verdade, é pra garantir a integridade física dos prédios”, disse Felipe de Lima, namorado de uma aluna do cursinho.

Segundo o superintendente de Infraestrutura da UFC, professor Ademar Godim, a universidade conta com uma segurança preparada e atenta para evitar esses acontecimentos. “Nós temos um efetivo que transita a todo instante dentro das universidades exatamente para evitar qualquer crime dentro da universidade”, destaca Ademar.

A assessoria da UFC informou que a instituição possui monitoramento central dia e noite em cada um dos campi, além de postos fixos de vigilância, ronda permanente e câmeras de segurança em alguns locais. Em caso de ocorrências nas dependências da Universidade, a orientação é de que a segurança interna seja acionada através do telefone de emergência 24 horas, que é o 3366.9190.

Outros Campus

Apesar do acontecimento dentro do Campus Porangabuçu, a insegurança não se restringe apenas a ele. Há um mês, alunos da Feaac (Faculdade de Economia, Administração Atuárias e Contabilidade) procuraram o Tribuna do Cearápara relatar onda de assaltos na região do campus do Benfica.

Segundo a estudante Everlene Pessoa, quem precisa realizar o tráfego entre o prédio antigo e o novo da Feaac sofre com furtos. “Nós realizamos direto o trânsito entre o prédio velho e o novo, até porque a biblioteca fica no novo edifício. Com isso, nós deixamos as coisas no antigo prédio para não sair nas ruas com objetos de valor, mas muitas vezes já registramos furtos dentro da universidade”, explica.

Para tentar diminuir a insegurança, os alunos criaram a campanha ‘Feaac + Segurança’. A ideia era incentivar estudantes a registrarem queixas. Nós escutamos várias reclamações e reclamações. Quando a gente procura os órgãos competentes, eles dizem que como não tem registro Boletim de Ocorrência, o bairro é identificado como uma região segura, fato que não é. Então a nossa campanha é pra incentivar as pessoas a realizarem queixa”, explica a estudante, que cursa Ciências Contábeis.

Na época da denúncia, a UFC informou que já estava discutindo formas de melhorar a segurança do local. Mas que já havia reforçado com a atenção maior ao controle de portarias e atuação de vigilantes durante o funcionamento do campi.

Mais informações no site: http://tribunadoceara.uol.com.br/noticias/segurancapublica/alunos-se-dizem-assustados-com-onda-de-violencia-nos-campi-da-ufc/

Fonte: http://tribunadoceara.uol.com.br/noticias/segurancapublica


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