quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Senadores condenam conduta da polícia do Senado com estudante da UnB durante votação do Código Florestal

Por Catarina Alencastro (catarina.alencastro@bsb.oglob | Agência O Globo
Estudante foi paralisado com arma de choque e depois arrastado

BRASÍLIA - A sessão de votação dos destaques ao relatório do Código Florestal desta quarta-feira virou de debate sobre a ação da Polícia do Senado, que atingiu ontem com uma arma de choque um estudante da UnB que protestava contra o texto aprovado pelas comissões de Ciência e Tecnologia (CCT) e de Agricultura (CRA). Antes de as emendas serem lidas, o presidente da CCT, Eduardo Braga (PMDB-AM), e um dos relatores do Código, Jorge Viana (PT-AC), condenaram a violência usada pela Polícia Legislativa para conter os manifestantes.

- Lamentavelmente na parte exterior do plenário tivemos um episódio em que jovens estudantes da Universidade de Brasília expressavam legitimamente seu posicionamento sobre esta matéria e poderíamos ter encontrado uma mediação para que os exageros fossem evitados, mas acho que o exagero maior veio por parte daqueles que são preparados para lidar com isso e que se mostraram não preparados. Acho extremamente lamentável esse episódio. É necessário que a Polícia do Senado possa encontrar uma maneira para lidar com os problemas que nós temos aqui no dia a dia sem fazer uso dessa violência que nós vimos ontem. Espero que não se repita - afirmou Viana.

Já o senador Reditario Cassol (PP-RO), reclamou da "bagunça" feita pelos estudantes e exigiu respeito, já que, segundo ele, sofreu constrangimento ontem por parte dos estudantes, que o teriam perseguido no corredor e o xingado.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afastou ontem o segurança que disparou a arma de choque contra Rafael Pinheiro, aluno de Geologia da UnB, que participava do grupo que protestava do lado de fora do plenário das comissões enquanto o relatório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) era aprovado.

Estudante é indiciado após manifestação contra Código

A Polícia do Senado indiciou o estudante da Universidade de Brasília (UnB) Raphael Rocha por desacato a autoridade e resistência, ao final da manifestação realizada por ele e por cerca de 15 outros colegas em protesto contra a votação do Código Florestal nas comissões de Ciência e Tecnologia (CCT) e Agricultura e Reforma Agrária (CRA).
Raphael foi atingido por um disparo da arma Taser, cujas ondas causam paralisia temporária. Ele foi arrastado, aparentemente desmaiado, até o elevador e mais tarde, ao lado do pai de e de advogados, se recusou a fazer exame do Instituto Médico Legal (IML). Na versão da polícia legislativa, o estudante teria tentado agredir os seguranças.
Os alunos da universidade, por sua vez, acusam um policial à paisana de ter começado a confusão, na tentativa de expulsá-los do local.
Estudante de antropologia, Caio de Miranda, disse que estavam lá para protestar contra o novo código, mas não soube dizer qual é a lei ambiental que defende. "Só tinha um pequeno agricultor lá (nas comissões), o resto era ruralista", justificou.
Segundo ele, só três estudantes conseguiram entrar na sala de reunião das duas comissões. Em protesto, os estudantes fizeram coro, gritando para os senadores "não nos representa, não nos representam" e chamando-os de corruptos.
Miranda acusou os policiais de terem se irritado quando ele os acusou de serem "ladrões porque defendem ladrão". Caio de Miranda disse que defende o "código de antes", mas ele não soube precisar se falava do texto aprovado pelos deputados ou do texto defasado que está em vigor.
FONTE: ESTADÃO.com

Um comentário:

  1. nada ,os policiais estao ai pra defender. depois entra um delinquente e armado e mata alguem ? dai sim a policia do senado nao faz nada? ai eu nao entendo .... os coitadinho dos manifestantes nao tem o que fazer,saem de casa pra fazer baderna..
    e direito deles sairem gritando e acusando os outros de ladrao? ainda dentro do senado?
    a policia ta ai pra colocar ordem na casa.
    gostei de ver,parabens pra policia do senado,
    como diz a lei ( operante na area ostensiva).
    por isso portadores de deficiencia nao faz o concurso . deixo aqui minha opniao.

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