O Governo Federal divulgou na quarta-feira (14 de dezembro) o Mapa da Violência 2011, que mostra que São Paulo foi o Estado que mais reduziu os homicídios de 2000 a 2010. Os dados são elaborados pelo Instituto Sangari, em parceria com o Ministério da Justiça.
Segundo os dados federais, a taxa nacional de homicídios por 100 mil habitantes se manteve estável do início da última década até o ano passado, oscilando de 26,7 para 26,2.
Em contrapartida, no mesmo período o índice no Estado de São Paulo caiu de 42,2 para 13,9, uma redução de 67%. São Paulo, que em 2000 tinha a 4ª pior taxa entre todos os estados, terminou 2010 com a terceira melhor, atrás apenas do Piauí e de Santa Catarina.
A queda é ainda mais expressiva quando comparadas somente as capitais. A cidade de São Paulo, que, assim como o Estado, tinha o 4º pior índice em 2000, agora possui a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes entre as capitais brasileiras. A redução, de 64,8 para 13, foi de 79,9%.
Os números estaduais mais atualizados, contabilizados pela Coordenadoria de Análise e Planejamento da Secretaria da Segurança Pública (SSP), mostram que São Paulo terminou o mês de outubro com uma taxa de homicídios por 100 mil habitantes de 9,8.
Em entrevista ao jornal O Globo, o sociólogo Júlio Waiselfisz, responsável pela pesquisa federal, apontou três fatores para a redução das taxas de homicídios: campanha do desarmamento, investimento em segurança pública e políticas estaduais.
Além das armas entregues voluntariamente, existem as que estão em situação ilegal e são apreendidas pela polícia em prisões em flagrante e operações. No ano passado, as polícias Civil e Militar retiraram 18.755 armas das ruas - de janeiro a outubro deste ano, foram 16.108.
Abaixo temos o resultado das taxas de homicídio divididos pelos estados:
Taxas de homicídio por 100 mil habitantes | |||
UF | 2000 | 2010* | Variação (%) |
Acre | 19,4 | 19,6 | 1,3 |
Amapá | 32,5 | 38,7 | 19,1 |
Amazonas | 19,8 | 30,6 | 54,6 |
Pará | 13 | 45,9 | 252,9 |
Rondônia | 33,8 | 34,6 | 2,5 |
Roraima | 39,5 | 27,3 | -30,8 |
Tocantins | 15,5 | 22,5 | 45,3 |
Alagoas | 25,6 | 66,8 | 160,4 |
Bahia | 9,4 | 37,7 | 303,2 |
Ceará | 16,5 | 29,7 | 79,8 |
Maranhão | 6,1 | 22,5 | 269,3 |
Paraíba | 15,1 | 38,6 | 156,2 |
Pernambuco | 54 | 38,8 | -28,2 |
Piauí | 8,2 | 13,7 | 66,4 |
Rio Grande do Norte | 9 | 22,9 | 153,9 |
Sergipe | 23,3 | 33,3 | 42,9 |
Espírito Santo | 46,8 | 50,1 | 7,1 |
Minas Gerais | 11,5 | 18,1 | 57,1 |
Rio de Janeiro | 51 | 26,2 | -48,6 |
São Paulo | 42,2 | 13,9 | -67 |
Paraná | 18,5 | 34,4 | 86 |
Rio Grande do Sul | 16,3 | 19,3 | 18,1 |
Santa Cata rina | 7,9 | 12,9 | 63,1 |
Distrito Federal | 37,5 | 34,2 | -8,8 |
Goiás | 20,2 | 29,4 | 45,6 |
Mat o Grosso | 39,8 | 31,7 | -20,2 |
Mat o Grosso do Sul | 31 | 25,8 | -16,7 |
Brasil | 26,7 | 26,2 | -2 |
Fonte: Instituto Sangari, com base no Ministério da Saúde *dados preliminares
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