sábado, 8 de junho de 2013

Falta de segurança preocupa estudantes de universidades públicas

Em 2011, durante uma tentativa de assalto, um estudante foi morto no estacionamento da Universidade de São Paulo.

A violência continua preocupando os moradores de São Paulo. Estudantes reclamam da violência em universidades públicas. Na USP, a falta de iluminação agrava o medo que os estudantes têm de assaltos.

A solução para o problema é simples: melhorar a iluminação. A reitoria da USP promete resolver o problema até o começo de 2014. Para quem estuda lá, é uma resposta que vem tarde, depois da morte de um estudante. A USP não é a única universidade do país a ser ameaçada pelo problema da violência.

Um campus na escuridão. Na USP, falta iluminação nas ruas e calçadas. “Dá muito medo porque uma vez que a gente não sabe quem está na próxima esquina, quem está atrás das arvores. Então para nós que ficamos até um pouco mais tarde na faculdade é muito perigoso”, afirma o estudante Lucas de Oliveira.

Os estacionamentos são mal iluminados. Um deles fica ao lado de uma área de mata. Tudo isso favorece a ação dos ladrões. Muitas vezes, o ataque ocorre quando a pessoa vem pegar o carro para poder ir embora.

“Geralmente eu estou de carro e fico com medo, olhando para todos os lados para entrar no carro e para sair”, conta a administradora Nilta Miglioli.

“Fico apreensiva. Passo correndo, já fecho os vidros. É complicado. Sem iluminação é terrível”, comenta a auxiliar administrativa Maria Salles.

Em 2011, durante uma tentativa de assalto, um estudante foi morto no estacionamento da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP.

O reitor disse nesta quarta (5) que serão investidos R$ 40 milhões em um novo sistema de iluminação no campus. Ao todo, sete mil lâmpadas deverão ser instaladas.

“O campus foi colocado na prancheta, foram estudados os locais onde as pessoas passam mais, os locais mais perigosos. Nós sabemos que luz é segurança”, explica João Grandino Rodas.

A falta de segurança também atinge outras universidades. No Rio de Janeiro, a UFRJ diz que no campus do Fundão, em 2012, foram praticados 52 furtos, 20 roubos e nove sequestros-relâmpagos. Em janeiro e fevereiro de 2013, já foram 28 furtos e cinco roubos.

Em Minas Gerais, câmeras de segurança registraram quando bandidos armados entraram no prédio da engenharia da UFMG e fizeram 14 reféns - entre alunos, professores e funcionários. Os ladrões roubaram caixas eletrônicos e levaram as notas em uma mochila e em uma mala.

A Universidade Federal de Minas Gerais informou que está implantando há três anos um plano diretor de segurança que prevê aumento para 200 no número de câmeras de vigilância e instalação de sensor nas portarias.

A federal do Rio informou que está adquirindo 99 câmeras de segurança.

Edição do dia 06/06/2013
06/06/2013 08h45

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