segunda-feira, 30 de maio de 2011

PEC QUE CRIA A POLÍCIA UNIVERSITÁRIA FEDERAL

PRPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº           DE 2011.
(Da Sra. ANDREIA ZITO)

Dá nova redação ao artigo 144 da Constituição Federal, inserindo inciso e parágrafo.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º, do artigo 60, da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:

Art. 1º Inclua-se no art. 144 da Constituição Federal um inciso, a ser enumerado como IV, e um parágrafo, a ser enumerado como 3º, com a seguinte redação, renumerando-se os atuais incisos e parágrafo:

“Art. 144.       ......................................................................................
.............................................................................................................
IV- polícia universitária federal;

§ 3º A polícia universitária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo dos “campi” das universidades federais, dos institutos federais de educação e demais instituições federais de ensino.”

Art. 2º Esta Emenda entra em vigor no prazo de cento e oitenta dias subseqüentes ao de sua promulgação.

JUSTIFICAÇÃO

A Constituição Federal, em seu capítulo III – Da Segurança Pública, Art. 144, assim preconiza:- “A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:”. Daí, o Estado poder contar hoje, com a polícia federal, a polícia rodoviária federal, a polícia ferroviária federal, as polícias civis e as polícias militares e corpos de bombeiros militares. Há de se observar que cada uma dessas polícias instituídas tem suas políticas e atuações definidas constitucionalmente.

As motivações que me levam  a apresentar esta PEC, são as condições atuais em que se encontram os campi das instituições federais de ensino, inseguros em sua totalidade, não só para o corpo discente, como também para o corpo docente, servidores e demais usuários dessas instituições.

Na semana passada assistimos passivamente mais uma situação em que um estudante foi assassinado no campus da Universidade de São Paulo, a maior da América Latina. O crime aconteceu às 21h30m do dia 18/5/2011, no estacionamento da Faculdade de Economia e Administração, onde esse estudante cursava o quinto ano de Ciências Atuariais. O estudante foi atingido por um tiro na nuca, ao abrir a porta de seu carro blindado.

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, no campus do Fundão, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, de janeiro a março de 2011, aconteceram 5 seqüestros e 17 furtos, sendo oito automóveis. O reitor, em reunião com o secretário estadual de segurança, pediu mais patrulhamento para aquele campus. Ressalta-se que nesse campus, aumentou o número de seqüestro relâmpago. Desde a semana passada, a cidade universitária conta com um novo tipo de patrulhamento: o policiamento a cavalo. A medida, que pretende aumentar a segurança local, se tornou possível devido à parceria da UFRJ com o 17º Batalhão de Policia Militar. Mas não se sabe até quando essa parceria permanecerá.

Na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, no último mês de abril, uma jovem de 20 anos foi estuprada, na manhã de uma segunda feira por volta das 8 horas, dentro do campus.

No Acre, a polícia civil daquele Estado abriu inquérito para apurar o estupro de uma universitária de 19 anos, aluna do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Acre. A estudante teria sido abordada por dois homens quando esperava pelo ônibus.

Na Universidade Federal de Santa Catarina universitários são assaltados em locais mal iluminados no entorno da universidade. A segurança do campus até funciona, mas no entorno não há policiamento ostensivo nem preventivo da polícia militar.

Outro motivo que nos leva a pensar nesta proposição, além desses últimos acontecimentos aqui listados, é o que ora apresentamos: hoje, temos 64 universidades federais, detentoras de diversos campi universitários. 38 institutos federais de educação também espalhados por todas as regiões do país e também detentores de diversos campi. Ainda há dois centros federais de educação tecnológica, com diversos campi; o Colégio Pedro II, com diversas unidades descentralizadas; o Instituto Nacional de Educação de Surdos; e, o Instituto Benjamin Constant. Muitos deles com dimensões, muitas vezes, maiores que bairros inteiros das grandes cidades.

A polícia universitária federal será especializada e capacitada para executar os serviços de segurança ostensiva em todo o âmbito das instituições federais de ensino, executar medida assecuratória da incolumidade física das autoridades e executar fiscalização, em todo tipo de patrimônio no âmbito institucional, incluindo a segurança do trânsito e do transporte de bens, pessoas e todos os tipos de cargas.

Caberá também a polícia universitária federal a ação de reprimir no âmbito institucional, crimes contra a segurança nacional e a ordem política e social, crimes de tráfico de entorpecentes e de drogas afins, crimes contra a organização do trabalho institucional, contra a vida e contra o patrimônio no âmbito de todas as instituições federais de ensino.

Em face de tudo aqui exposado, solicito aos nobres pares desta Casa a aprovação desta Proposta de Emenda à Constituição.


Sala das Sessões,         de maio de 2011.

Deputada ANDREIA ZITO
PSDB/RJ

19 comentários:

  1. Infelizmente em nenhum momento, a "posição atual e futura" dos Vigilantes Federais foi salientada nesta emenda constitucional...(???)

    Att,

    Marcelo Vargas - Vigilante Federal/UFPel
    Tecnólogo em Gestão Pública
    Esp. Educação Ambiental em Curso.
    (53) 9977.9225
    Antes de imprimir pense em sua responsabilidade com o MEIO AMBIENTE

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  2. Vamos supor que os vigilantes das universidades passarão automaticamente para essa nova função.
    Então pergunto: Quem não quiser se enquadrar nessa nova função, terá a opção de continuar sendo vigilante?

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  3. O servidor prestou concurso para o cargo de vigilante e não para policial, portanto ele não pode ser obrigado a mudar de cargo e nem função.
    No entanto lembro que por enquanto só temos a PEC, é preciso que tenhamos acesso ao projeto completo dessa nova polícia, com carreira e atribuições, para depois podermos efetivamente darmos uma opinião mais consistente.

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  4. DISCORDAMOS TODOS NÓS DAS I.F.Es/MEC/PE DAQUE-
    LES COMPANHEIROS QUE SÃO CONTRÁRIOS A CRIAÇÃO DA
    POLÍCIA UNIVERSITÁRIA FEDERAL. JÁ TEMOS: Polícia
    Judiciária, Polícia Ferroviária sendo a última
    oriunda da vigilância ferroviária. Quanto as atribuições e carreira é a parte elementar do processo. Se quizermos defender vidas humanas
    dentro dos campi, só o faremos usando armas de fogo, não existe outro meio. Portanto a Polícia
    Universitária Federal é a solução, esperamos que
    os senhores congressistas também compreendam a
    importância dessa reivindicação dos VIGILANTES lotados nas I.F.Es/MEC.

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  5. NA REALIDADE JÁ EFETUAMOS ATIVIDADES TÍPICAS DE POLICIA. A PROPRIA LEGISLAÇÃO LEI 11091/2005, ELENCA VÁRIAS ATIVIDADES TÍPICAS DE POLICIA, PORÉM HÁ A NECESSIDADE DE SE APROVAR E REGULAMENTAR A ATIVIDADE DENTRO DOS CAMPI.
    ENTENDO QUE DA MANEIRA COMO ESTAMOS ORGANIZADOS PODEREMOS CONTRIBUIR MUITO PARA APROVAÇÃO DA PEC E MELHORIA DA SEGURANÇA UNIVERSITARIA POR ESTE BRASIL A FORA.
    LEANDRO LUIZ DE OLIVEIRA, VIGILANTE DESDE 1994, BEL. EM DIREITO, ESPECIALISTA EM DESENVOLVIMENTO GERENCIAL, DIRETOR DE SEGURANÇA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DESDE 2008.

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  6. SE HÁ JOVENS ESTUDANTES FILHOS DE DEPUTADOS FE
    DERAIS, SENADORES, GOVERNADORES, PREFEITOS E TAN
    TOS OUTROS IMPORTANTES MEMBROS DA POLÍTICA ATIVA
    NACIONAL, ENTÃO, ELES ESTÃO COMPONDO ESSA COMUNI
    DADE ACADÊMICA EM TODO O PAÍS E INFELIZMENTE ES-
    TÃO COMO TODOS OS OUTROS JOVENS PASSIVOS DE SO-
    FRER ASSALTOS E OUTRAS AGRESSÕES DENTRO DOS CAM-
    PI DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS. NÓS AGENTES DE
    VIGILÂNCIA/VIGILANTES LOTADOS NAS I>F>Es/MEC, ES
    PERAMOS QUE O CONGRESSO NACIONAL OBSERVE A IMPOR
    TÂNCIA DA CRIAÇÃO DA POLÍCIA UNIVERSITÁRIA FEDERAL NO ÂMBITO DAS AUTARQUIAS DO MEC.

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  7. PODERIA EXITIR UMA POLÍCIA PATROMONIAL FEDERAL, E NÃO AGENTE DE VIGILANCIA FEDERAL.

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  8. SOU AGENTE DE VIGILANCIA FEDERAL, PODERIA FAZER UMA SÓ POLICIA, SENDO POLÍCIA PATRIMONIAL FEDERAL, MAS SOMENTE PARA AGENTE DE VIGILANCIA FEDERAL 9 CONCURSADO NA POLÍCIA FEDERA.

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  9. CARGO: Agente de vigilância (Adm. direta);
    Vigilante (Adm. indireta (autarquias e fundações)
    CARGO QUE SE PRETENDE CRIAR:
    POLÍCIA UNIVERSITÁRIA FEDERAL (I.F.Es/MEC)ocorreria com a transposição de todos os CARGOS
    DE VIGILANTE, AUXILIAR DE SEGURANÇA E AGENTE DE
    SEGURANÇA E OUTROS, A CRITÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO
    CENTRAL (M.P.O.G/MEC/CONGRESSO NACIONAL).
    Polícia Universitária Federal,CARGO: TAE/MEC AUTÁRQUICO, NÍVEL INTERMEDIÁRIO QUE PASSARIA A
    COMPOR NAS TABELAS SALARIAIS DOS SERVIDORES DAS
    I>F>Es/I.Fs E CEFETs NO ÂMBITO DO MEC.
    aluizio bezerra vigilante ufpe.

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  10. Angelo Martins, assessor da junstiça federal.
    Deve-se esperar primeiramente a confirmação da criação e autorização para funcionamento da policia universitária federal.
    O cargo de vigilante nas universidades estão sendo extintos gradualmente, e contrados vigilantes de empresas privadas. Já o poder de polícia só será dado aqueles que forem concursados e preparados por academias, provavelmente da polícia federal e, ou polícia rodoviária federal, já que a pec relata sobre a função de controle de trânsito nas áreas do campi.
    Lembre-se, está iniciando a formação de uma nova polícia, e com ela, novas exigências.

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  11. Pessoal estamos numa relidade nova de varías demandas, porte arma, risco de vida,abertura concurso, aposentadoria especial, inclusão no pronace,policia universitaria federal, mandato de injunção, isso é fantastico pois se nada der certo que é quase impossivel ja valeu apena pois conheci colegas de todo o Brasil que jamais teria essa oportunidade. Então pessoal vamos pensar positivo e até breve aqui em Pelotas para nosso XX Seminario de Segurança das IPES.

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  12. Esta deputada tem que frizar se os atuais vigilantes serão capacitados e enquadrados na nova polícia. Então temos que lutar por isto.

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  13. A polícia Rodoviária eram patrulheiro e depois foram transformados em Polícia.

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  14. Eu também sou vigilante federal, e como tal para dar minha contribuição, gostaria de pedir a todos os interessados que esta PEC prospere de maneira madura e consciente, que meus pares enviem e-mails ao seu deputado de preferência solicitando empenho no sentido de trazer luz ao texto da PL, precisamos saber acerca do aproveitamento dos vigilantes já existentes, a maneira como serão integrados neste contexto.
    Ademais, há um caso semelhante ocorrido em Minas Gerais na década de 70, a polícia militar deste Estado propôs aos funcionários do DER sua incorporação sem concurso, todos que quisessem já seriam incorporados na PM com patentes de 2º tenente.
    Obrigado.
    Humberto - Uberaba/MG
    humbertonogueirah@hotmail.co

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  15. marcelo vigilante da ufv21 de novembro de 2011 às 06:51

    Como vigila da UFV,que possui uma das maiores area de campi do país,tenho a disser que ha interesses particulares em acabar com o quadro de vigilantes das universidades púlbricas por partes de donos de empressas particulares de seguranca e de alguns políticos ligados a eles por mero interesse financeiro em detrimentro a questão da necessidade de enquadrarmos a nova realidade das verdadeiras questões da seguranca dentro das areas das universidades púlblicas deste país que estão abertas a todos. A burocracia emperra um fato necessário que é dar mais autonamia para os vigilantes atuarem com maior eficassia,pois até nossas armas foram retiradas,enguanto vigilantes particulares usam armas que são restritas as forcas armadas.A quem tudo isto interessa?

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  16. Tenho certeza absoluta que a solução para maior segurança das IFEs encontra-se na Criação da Policia Universitária. Quanto a inserção dos atuais vigilantes e agentes de segurança do patrimônio, servidores federais, a nova carreira, quero crer ser possível e extremamente interessante aproveitar suas experiencias e suas habilidades, sem no entanto, passarem por atender todas as exigências que esta carreira solicita para admissão. Com relação a tudo que já foi dito aqui por outros colegas, relevante é manifestação do marcelo da ufv.

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    Respostas

    1. CARO COMPANHEIRO ANÔNIMO.
      VOCÊ ACREDITA MESMO QUE HAVERÁ BENEFÍCIOS À CATE
      GORIA FUNCIONAL DE VIGILANTE NAS I.F.Es AUTARQUIAS
      DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO? CERTAMENTE NA HORA EM QUE FÔSSE CRIADA A NOVA NOMENCLATURA: (Polícia Universitária Federal), PODE TER CERTEZA DE UMA COISA, SE HOUVESSE A POSSIBILIDADE DE OS VIGILAN-
      TES NESSE NOVO 'QUADRO'SERIAM MUITO POUCOS. CERTA-
      MENTE A MAIORIA SERIA OCUPADO NÃO POR AQUELES ORI-
      UNDOS DO QUADRO DOS VIGILANTES MAS, POR peixinhos PROTEGIDOS DO SISTEMA ADMINISTRATIVO DAS I.F.Es.
      VOCÊ ACREDITA QUE TODAS E TODOS QUE OCUPAM O CARGO DE VIGILANTE HOJE FORAM AQUELES QUE PRESTA-
      RAM CONCURSO PARA VIGILANTE? Acorda companhero!

      Excluir
  17. Além de tudo que foi neste blog relatado, insistimos em lem
    brar que a CATEGORIA FUNCIONAL DE AGENTE DE VIGILÂNCIA, efeti
    vou-se a partir de outras tais como: GUARDA MARINHA, GUARDAS
    DO EXTINTO I.B.D.F, AUXILIARES DE SEGURANÇA e outras. As I.F.Es autarquias do Ministério da Educação e do Desporto, ho
    je sob a batuta do Senador da República ALOISIO MERCADANTE, com suas respectivas CLASSIFICAÇÕES DE AUTARQUIAS ESPECIAIS,
    podem a qualquer tempo, criar mecanismos que quizer para aper
    feiçoar seus sistemas de segurança. Se o SENADO FEDERAL man-
    tém o P>L>S 173/08 de autoria do SENADOR PAULO PAIM, em Comis
    são e não acha interessante aprová-lo, quando se o fizesse teria dado um grande passo para agilizar a criação da POLÍ-
    CIA INSTITUCIONAL UNIVERSITÁRIA FEDERAL. Sabendo-se que ser-
    vidor (Vigilante) está proibido uzar arma de fogo por força
    da legislação atual, e diante da falta de representatividade
    na Câmara e Senado Federal, só resta esperar a aposentadoria
    por tempo de serviço chegar premiando o esforço de uma vida
    dedicada ao trabalho.

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  18. Acredito que devemos exigir um novo padrão de reenquadramento do Cargo para que possamos atender as novas demandas SOCIAS, POLÍTICAS E JURÍDICAS apresentadas nas universidades federais brasileiras. Existem universidades que são maiores que muitas cidades e que possuem enormes problemas sociais (furto, roubo, estupro, sequestro relâmpago) acho que deve ser criada sim a PFU só que não através de Emenda a Constituição e sim de uma maneira menos burocrática que seria a edição de lei transformando o cargo de vigilante em PFU, não seria assenção funcional como muitos podem pensar apenas uma reorganização, reenquadramento do atual cargo para atender as necessidades da sociedade e comunidade universitária. Outra coisa importante que não temos ainda é uma POLITICA NACIONAL DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL essa política snedro criada iria dar forças e novas perspectivas a nossa categoria, pensem nisso. Aritan Ventura. UFRPE Especialista em Gestão Estratégica e Mestrando em Tecnologia e Gestão em educação.

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