segunda-feira, 30 de maio de 2011

VIOLÊNCIA NAS UNIVERSIDADES

Luiz Renato de Araújo Pontes é pró-reitor de Integração Universidade Setor Produtivo da Universidade Federal da Paraíba.

A violência no Brasil tem tomado proporções alarmantes. É quase impossível não encontrar uma pessoa que não tenha sofrido algum tipo de violência, diretamente ou indiretamente. A própria pessoa, um amigo, um filho, um parente, etc., ou seja, ninguém está imune a esse mal que se alastrou nos quatro cantos do nosso país.

Essa violência também não escolhe lugar: nas ruas, nas praças, nas casas, nas igrejas, enfim até mesmo dentro das universidades. As pessoas estão sendo violentadas de diferentes maneiras da sua condição de cidadãs.
Recentemente, um estudante da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo foi assassinado no estacionamento daquela conceituada instituição.

Na Universidade Federal do Matogrosso do Sul (UFMS) uma jovem foi estuprada dentro da instituição, após ser rendida por um homem com uma faca e ser levada para dentro de um matagal.

O assassinato e o estupro desses jovens dentro da universidade reproduzem infelizmente um quadro que já se tornou corriqueiro em todas as cidades brasileiras. Fatos lamentáveis dessa natureza não ocorrem apenas nessas duas instituições. Casos semelhantes vêm ocorrendo com certa frequência em muitas outras universidades brasileiras.

A segurança nas Universidades Públicas Brasileira vem sendo realizada na grande maioria por empresas de segurança privadas contratadas pela instituição ou em alguns casos podemos observar um misto de seguranças do quadro efetivo de vigilantes das universidades e os terceirizados.

O vice-reitor da UFMS, João Ricardo Tognini, em reunião realizada com uma comissão dos estudantes afirmou que as mudanças na legislação extinguiram os vigilantes do quadro funcional das universidades e com isso agravou a crise da segurança nas mesmas.

No meu entendimento, a segurança das universidades deveria, mesmo respeitando a idoneidade das empresas de vigilâncias privadas, serem realizada por agentes de segurança pertencente ao próprio quadro da universidade. É importante registrar que a falta de contratação de vigilantes para o quadro funcional fez com que o número dos mesmos fosse reduzido drasticamente ao longo do tempo por aposentadoria ou por falecimento.

Este número reduzido de vigilantes impossibilita o atendimento de toda instituição, fazendo com que os reitores sejam obrigados a terceirizar parte da segurança das universidades com recursos que deveriam estar sendo utilizados para outro fim.

Acredito, portanto, que os Reitores devem mostrar ao governo federal, através da Andifes, a importância de termos um quadro de vigilantes pertencentes às próprias universidades. Modificando a legislação, se for o caso, com o objetivo de ampliar o quadro funcional dessa categoria.  
Comentário:

Mozarte Simões (mscjpop.com.br):

» Trabalho na segurança da UFRGS, faço parte de um grupo de trabalho de segurança nacional que estuda a segurança das universidades federais a mais de oito anos, ja comprovamos para ANDIFES, MEC e FASUBRA que o cargo de segurança das IFES e IFETS não esta extinto, com vários pareceres inclusive com um nota técnica do senado federal, temos concluido inclusive um plano de politica de segurança para as IFES e IFETS, mas infelismente só se fala em segurança quando acontece algo com repercussão nos meios de comunicação, ja tinhamos avisado aos orgãos competentes que as ocorrências dentro dos muros formadores do futuro do Brasil iriam ficar cada vez mais com grau de periculosidade maior do que os ja conhecidos, pois segurança dentro de uma instituição de ensino tem que ser algo mais pedagógico, não podendo ser copiado devido a atividade fim da instituição, tem que se apresentar uma segurança diferiênciada, com o cumprimento das leis é claro. Enquanto não tratarmos este tema com proficionalismo e com o respeito que o tema merece serão tomadas medidades paliativas, e contunuaram tapando o sol com a peneira, e a comunidade universitária continuara a merce deste bandidos que entram nos campi para fazer todo tipo de barbarie. Mozarte Simões

Do site: MaisPB
Enviado por: Iovany Veloso

Um comentário:

  1. CONCLAMAMOS A FASUBRA ENQUANTO FEDERAÇÃO REPRE
    SENTANTE DOS SINDICATOS DE SERVIDORES PUBLICOS FEDERAIS, PARA QUE EMPUNHE NOSSA BANDEIRA DE LU-
    TA. NÃO PENSAMOS QUE SERIA FÁCIL A CRIAÇÃO DE U-
    MA POLÍCIA UNIVERSITÁRIA MAS, JÁ TEMOS NA CAMARA
    E NO SENADO (04) PROJETOS DE LEI, CRIANDO O NOS-
    SO RISCO DE VIDA E AUTORIZANDO O USO DE ARMAS DE
    FOGO EM HORÁRIO E LOCAL DE SERVIÇO. NÃO PODEMOS
    MAIS FICAR OLHANDO IMPOTENTES AS AGRESSÕES, ESTU
    PROS, SEQUESTROS E MORTES DE JOVENS ESTUDANTES UUNIVERSITÁRIOS. NÃO EXISTE OUTRA SAÍDA AGORA, O
    CONGRESSO NACIONAL TEM TRAMITANDO EM SEU INTERI-
    OR OS P.L.S N* 173/08, 179/08 e 287/08. RISCO DE
    VIDA E ARMAMENTO JÁ!
    aluiziobezerra ufpe

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