sexta-feira, 20 de maio de 2011

Alunos ainda sentem insegurança no campus da UFMS em Campo Grande

Em 11 de abril uma estudante foi estuprada à luz do dia.
Comissão de segurança foi formada para tomar medidas emergenciais:

A instalação cerca de 50 metros que isola a passagem dos alunos da área de preservação permanente da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) foi concluída nesta quinta-feira (19). O objetivo é evitar que pessoas estranhas entrem no campus pela mata.

O delegado Fernando Nogueira afirma que é possível criar um órgão de segurança pública dentro da universidade, mesmo tratando-se de área federal. "Há um entendimento que em crimes comuns praticados contra comuns, a competência é estadual e não federal", diz.

Foi no local que uma estudante de 20 anos foi estuprada no dia 11 de abril, em plena luz do dia. O agressor, Robson Vander Lan, confessou o crime e está preso. De lá pra cá uma comissão de segurança foi formada na universidade, com a proposta de montar um projeto para melhorar a segurança no local.

O presidente da comissão, Rogério Mayer, diz que um dos objetivos é reduzir a sensação de insegurança dos alunos e professores que frequentam a UFMS. "Pretendemos elaborar um plano de segurança que já está bem avançado, e algumas ações emergenciais já estão sendo tomadas", afirmou.

Crime em SP
A questão da segurança nas universidades públicas voltou a ser discutida em todo o pais porque na noite de quarta-feira (18) um jovem de 24 anos foi baleado no estacionamento da Universidade de São Paulo (USP), campus da capital paulista.

Felipe Ramos de Paiva cursava ciências atuariais. Testemunhas viram o jovem sendo seguido por um homem. O crime chocou colegas e principalmente a família do estudante. Um vigilante ouviu um tiro e viu uma pessoa fugindo em seguida. A polícia investiga o caso.

Em Mato Grosso do Sul, a comissão de segurança é composta por professores, estudantes, polícias civil e militar, e representantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Medidas emergenciais foram tomadas após o estupro, como aumento no número e no horário de permanência dos seguranças no campus, além da instalação de seis câmaras de monitoramento.

A estudante de psicologia Juliana da Silva comenta que muitos alunos têm aulas à noite, o que contribui para a sensação de insegurança no campus. "A faculdade é muito extensa. Em questão de segurança acho que ainda falta muito a se fazer", diz.

O projeto ainda prevê medidas de longo prazo, como a instalação de cancelas em todas as entradas da UFMS, aquisição de catracas eletrônicas para a identificação dos alunos e a construção de bases das polícias Civil e Militar dentro do campus.

Fonte: portal G1
Link: http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2011/05/alunos-ainda-sentem-inseguranca-no-campus-da-ufms-em-campo-grande.html

Enviado por: Marcelo Vargas - UFPeL

Um comentário:

  1. Quero deixar aqui minha preocupação quanto ao que as pessoas dizem sobre o sentimento de insegurança dentro dos campi universitários, e em especial, no caso aqui da UFMS. Bem sabemos que a questão dos crimes e da violência no Brasil são tratados de forma pontual, minha opinião, quando acontece um delito ou crime as autoridades pensão logo em proteger aquele local, isso é uma atitude que pode resolver momentaneamente a situação, mas não resolve em definitivo. E como fica a situação de outros milhares de brasileiros que vivem inseguros em seus próprios lares, reféns da marginalidade.
    Atualmente, aquele que tem poder aquisitivo procura se resguardar da melhor forma que pode; condomínios fechados, circuito de TV, seguranças 24 horas, porteiros, sistemas de alarmes, etc.
    A questão da violência não pode ser vista somente do âmbito das escolas ou das universidades, temos que pensar em um sistema que acabe com a impunidade, não tenho aqui um estudo sobre a reincidência de crimes, mas, o pelo que conhecemos e pelo que é divulgado na mídia, maior parte dos crimes é cometida por: quem já tem passagem na justiça ou quem esta foragido, seja do semi aberto ou por que fugiu de um presídio, etc.
    Pelo que vejo, quando algum crime acontece dentro de uma universidade, isto se torna uma coisa inadmissível. Então diante disso, fica a pergunta, como poderemos nos desvencilhar disso. A meu ver algumas mudanças nas leis contra os crimes deverão ser feitas e os órgãos públicos, como o caso das universidades, deverão investir mais e cada dia mais em segurança, seja na área de pessoal ou na de equipamentos. E isso nós do GT-Segurança das Universidades e Ifets, já vimos a muitos anos lutando por concursos na área de segurança.

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