sexta-feira, 20 de maio de 2011

Vigilantes terceirizados de escolas municipais do Rio ameaçam parar por atraso nos salários

Cerca de 70 vigilantes que prestam serviço nas escolas municipais do Rio ameaçam cruzar os braços a qualquer momento caso a empresa que presta serviço para a Prefeitura, não pagar os salários há três meses atrasados, segundo membros da categoria. De acordo com trabalhadores, alguns profissionais de segurança já faltam ao trabalho por não estarem recebendo o vale-transporte.
"O Sindicato está entrando com pedido de retenção das faturas da União Forte na Prefeitura, com objetivo de quitar os débitos com os mais de 60 vigilantes que prestam serviço da Secretaria Municipal de Educação. O Sindicato também comunicou a secretaria municipal do Trabalho as irregularidades", disse o comunicado.
"Dono não respeita direito de ninguém"
A assessoria Sindicato dos Vigilantes do Município do Rio informou ao SRZD que a seção de gestão de segurança da Prefeitura informou que o contrato com a empresa União Forte terminou em dezembro do ano passado, mas o dono, Mauro Bacelar, não compareceu até hoje à Prefeitura com a documentação que exigiram para renovação do contrato emergencial. Se a empresa não regularizar sua situação o contrato anterior será rescindido para ser feita uma nova licitação.
"O dono é o mesmo de outra empresa que também tem histórico de atrasar pagamentos e nem pagar, o dono é Mauro Bacelar, ele não respeita o direito de ninguém. Queremos que a Prefeitura passe o dinehro do dono diretamente para os gilantes", disse o assessor do sindicato, Cláudio José Alves.
Dirigentes do sindicato constaram irregularidades
Em nota divulgada nesta quarta-feira, dirigentes do Sindicato dos Vigilantes visitaram várias escolas municipais: Tia Ciata, na Avenida Presidente Vargas; Orlando Villas Boas, no Bairro de Fátima; e CIEP da Rua do Lavradio, no Centro, entre outras, constatando que em todas elas os vigilantes estão com os salários atrasados e desmotivados.
"Eles podem paralizar em qualquer hora, mas até sexta-feira eles devem entrar como o pedido, porque os vigilantes estão sem receber há tres meses, alguns já não estão não indo porque não tem vale-transporte, o dono não aparece na prefeitura. E as escolas podem sofrer. Com porteiro já é perigoso, sem vigilante é pior ainda".
Os momentos de apreensão estão longe de terminar nas escolas do município. A tragédia na Escola Municipal Tasso da Silveira em Realengo, deixou doze crianças mortas e outras dez feridas, e de um novo susto na noite da última segunda-feira, um homem armado teria ameaçado uma ex-aluna que se refugiou no colégio.
Fonte: SRZD

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